quinta-feira, 14 de julho de 2022

G20 alerta para combinação de menos crescimento, taxas de juro e inflação

O Financial Stability Board (FSB), que reúne os países do G20, alerta para a perigosa combinação de crescimento económico mais lento, inflação alta e taxas de juro mais elevadas.


Frankfurt, Alemanha, 13 jul 2022 (Lusa) - O Financial Stability Board (FSB), que reúne os países do G20, alerta para a perigosa combinação de crescimento económico mais lento, inflação alta e taxas de juro mais elevadas.

Numa carta, o presidente do FSB (Conselho de Estabilidade Financeira), Klaas Knot, dos Países Baixos, diz aos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G20 que as perspetivas de estabilidade financeira pioraram.

"A combinação de um crescimento económico mais lento, inflação crescente e condições financeiras globais mais apertadas pode cristalizar vulnerabilidades anteriormente existentes ou novas no sistema financeiro global", disse Knot na carta.

Os ministros das Finanças e os governadores dos bancos centrais do G20 vão estar reunidos em Bali nos dias 15 e 16 de julho.

Knot adverte em particular para o elevado endividamento soberano, empresarial e familiar.

O FSB regista as tensões nos mercados de mercadorias e possíveis repercussões para o sistema financeiro global e considera que a saída da pandemia da covid-19 está em curso e que é importante reconstruir um espaço de prudência macroeconómica onde as condições nacionais o permitam.

A FSB considera que a pandemia tem o potencial de prejudicar o crescimento no futuro e salienta os progressos feitos no ano passado na abordagem dos riscos relacionados com o clima e a importância de continuar neste caminho e melhorar a qualidade dos dados em particular.

O FSB quer que os mercados de criptomoedas sejam regulados devido aos riscos de contágio às finanças tradicionais, especialmente aos mercados de financiamento a curto prazo.

O Conselho de Estabilidade Financeira, sediado na cidade suíça de Basileia, foi criado na reunião do G20 em Londres em 2009 em resposta à crise económica e tem vindo a supervisionar a estabilidade financeira desde então.

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