terça-feira, 30 de agosto de 2005

(Re)Nasci mais um ano

Tenho uma vontade inexplicável
de estar com a Terra, com a minha Companheira e com os meus Amigos.
Amo o riso da Terra, solto em dias e estações
Amo a minha Mulher , a mais linda estrela por que me apaixonei,
partilhando juntos promessas, sofrimentos e sonhos
Amo os meus Amigos, são pedaços de mim,
caminhando da nascente para a descoberta
Sempre com esta vontade inexplicável
E é tão bom renascer cada ano assim!!
João Soares

Foto retirada do site da Quinta da Fraguinha, Serra da Gralheira - Viseu

segunda-feira, 29 de agosto de 2005

População Humana- Vidas Comuns


  VídeoPremiado no Typophile Film Festival, 2007 — Opening Credits de Cole Nielsen


Num mundo muito desequilibrado ainda...por exemplo:

Bill Rankin, criou estes gráficos sobre a distribuição da população mundial de uma forma bastante interessante. Utilizou para isso a Latitude e Longitude para verificar a distribuição da população mundial.


Qual é então a população óptima? 
A população humana irá subir dos actuais 6.8 biliões para 9.15 biliões em 2050.  O World Population Clock continua a contagem. Estamos rapidamente a desestabilizar o clima e destruir o natural world dos quais dependemos hoje e para o futuro das gerações vindouras.

Attenborough é a favor da redução da taxa da  população humana .


Concerned about the speed of global warming?
About food, water and energy scarcity - the effects of overpopulation on a plundered planet?
 
Conheça mais:
Support the Optimum Population Trust
Support research into optimum population sizes

Read the report: Fewer emitters, lower emissions, less cost by Thomas Wire.

domingo, 28 de agosto de 2005

Música do BioTerra: Tom Waits & Keith Richards - That Feel


This song, featured on the album "Bone Machine" by Tom Waits, was written by Keith Richards and Tom Waits. It also features Keith on guitar and backing vocals.

Well there's one thing you can't lose
It's that feel
Your pants, your shirt, your shoes
But not that feel
You can throw it out in the rain
You can whip it like a dog
You can chop it down like an old dead tree
You can always see it
When you're coming into town
Once you hang it on the wall
You can never take it down

But there's one thing you can't lose
ANd it's that feel
You can pawn your watch and chain
But not that feel
It always comes and finds you
It will always hear yo ucry
I cross my wooden leg
And I swear on my glass eye
Itt will never leave you high and dry
Never leave you loose
It's harder to get rid of than tattoos

But there's one thing you can't do
Is lose that feel
You can throw it off a bridge
You can lose it in the fire
Yo can leave it at the altar
But it will make you out a liar
You can fall down in the street
You can leaveit in the lurch
Well you say that it's gospel
But I know that it's only church

And there's one thing you can't lose
And it's that feel
It's that feel

Biografia e discografia
Youtube

Site

sábado, 27 de agosto de 2005

Herança e tributo a Luíz Saldanha

Exposição I MAR GINÁRIO de Catarina Saldanha

Na imagem seguinte é de um livro. Esta publicação é um tributo a LUIZ SALDANHA de alguns dos seus amigos e admiradores e pretende ser uma contribuição não somente à ciência marinha mas para que se perpetue também a sua memória.

BISCOITO, M., A. ALMEIDA & P. RÉ (Editors) (2001/2005). A tribute to Luiz Saldanha. Boletim do Museu Municipal do Funchal (Supl. 6).

Quem foi Luiz Saldanha (biografia)?

Índice
Desenhos da capa por Luiz Saldanha

sexta-feira, 26 de agosto de 2005

Poema da semana - Buzios, por Ruben Dario





En la playa he encontrado un caracol de oro
macizo y recamado de las perlas más finas;
Europa le ha tocado con sus manos divinas
cuando cruzó las ondas sobre el celeste toro.

He llevado a mis labios el caracol sonoro
y he suscitado el eco de las dianas marinas,
le acerqué a mis oídos y las azules minas
me han contado en voz baja su secreto tesoro.

Así la sal me llega de los vientos amargos
que en sus hinchadas velas sintió la nave Argos
cuando amaron los astros el sueño de Jasón;

y oigo un rumor de olas y un incógnito acento
y un profundo oleaje y un misterioso viento...
(El caracol la forma tiene de un corazón.)


Rubén Darío

quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Os fogos e o direito de propriedade - é necessário uma Reforma



Subscrevo inteiramente o texto que recebi por mail de Carlos Aguiar, atraves da lista Ambio. Creio que desperta uma série de questões importantes para um debate e urgência da Reforma da propriedade no nosso País, como meio preventivo de gerir e combater o flagelo dos fogos que envergonha o País.

Por Carlos Aguiar

A limitação dos direitos de propriedade deveria ser estendida aos baldios, quando não acabar com esta figura legal de propriedade.

Depois, há as tais áreas marginais. Espaço de fora de ZIF’s e PROF’s, que ninguém quer, nem sabe como gerir ou com que objectivos gerir. As áreas marginais são demasiado pobres para a floresta e agricultura, extensivamente pastadas (quando o são) por uma pastorícia de percurso sem futuro, porém importantes no fornecimento de importantes serviços ecossistémicos (e.g. ciclo da água, refugio de biodiversidade, etc.) não valorizados pelo mercado.

Está o estado português preparado, e com vontade, para gerir entre 10 e 20% do território nacional, isto é de 1 milhão a 2 milhões de hectares? Não creio. Mais. Estão os proprietários ausentes ou incompetentes dispostos a perder direitos de propriedade; também acho que não. E ... profissionalizar bombeiros? Privatizar a caça? Cadastro da propriedade rústica?

Formação de um corpo técnico de gestores de áreas marginais? etc. Não, não se adivinha.

Portanto, não são de esperar grandes modificações ao actual cenário de fogo em Portugal continental nos tempos que se aproximam. Porque o que ardeu em 2003 pronto entrará na fileira do fogo e o que este ano arder também não demorará muito.

Entretanto, o fogo retém o coberto vegetal em estádios sucessionais muito regressivos, quando melhores e mais serviços poderiam ser fornecidos à nossa espécie pelo território continental português emerso. É pena, não tanto por nós, gerações actuais, porque para nós os fogos têm um impacto pouco significativo: os serviços que a terra actualmente nos fornece aparentemente bastam-nos!

O maior impacto dos fogos actuais acontecerá nas geração futuras porque herdarão um território profundamente oligotrofizado, de baixa produtividade.

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

É urgente interiorizar a equação Bio+Geo+Homo=1

Por vezes ponho-me a reflectir perante tantos fundamentalismos e tantos apelos ao humanismo e constato que na equação de desenvolvimento económico e qualidade de vida é (quase sempre) ignorada a componente Ambiente. Muito me agradaria a ideia que muitos de nós tivéssemos em mente a utópica equação Bio+Geo+Homo=1 para representar o grande Ecossistema que é a Terra - e note-se é apenas e só o único planeta com Vida- e o garante de um equilíbrio evolutivo e por muitas gerações .
Mas perante o problema da banalização dos incendios em Portugal, por exemplo ou a nível global, das alterações climáticas sem que o Homem se proponha a mudar o status quo das suas sociedades verdadeiramente insustentáveis , não será que a equação mais correcta seja Bio+Geo = Terra - Homo??? Penso que não, mas depende de todos nós.


Esta fotografia foi tirada por mim na Serra da Arada- S.Pedro do Sul em Maio de 2005.

P.S: No contexto da cíclica devastação causada pelos incêndios florestais, aconselho a leitura de um manifesto que a Liga para a Protecção da Natureza apresentou para enfrentar os problemas que crê estarem na base deste flagelo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2005

Não consigo dormir com esta ferida

Acordamos e deitamo-nos com o céu constantemente toldado de nuvens cinzentas em consequência dos inúmeros incêndios nos últimos dias em volta do Porto- Valongo, Paredes, Gondomar e Penafiel...
Todos nós estamos a ver o País de Norte a Sul a arder e outros portugueses estão a viver a angústia de perder os seus haveres....é uma ferida aberta!
À cidade chegam-nos os fumos, uma luz estranha do Sol que não é a luz clara e plena do Verão, o ar fica irrespirável e as cinzas espalham-se pelos jardins,pelos passeios, entram nas nossas casas.
Anos que vivemos sempre esta tragédia, os meios de combate e de prevenção já deviam existir, os cidadãos deviam ser mais sensíveis ao ordenamento territorial e onde está a valorização da floresta???
Mais de 140 mil hectares de mato e de floresta ardidos!!Parques naturais foram atingidos: a Serra da Estrela, o Alvão e novamente os parques da Arrábida e Montesinho.
Srs. Ministros só culpa do calor e da seca???
Impossível ignorar, impossível estar indiferente a este avanço da desertificação e delapidação do património agroflorestal sem apuramento de responsabilidades e uma verdadeira politica florestal.

domingo, 21 de agosto de 2005

Música do Bioterra: Radiohead- Reckoner

Eco-Vídeo dos Radiohead que acerta na perfeição aquilo que temos que fazer: mais coragem e ainda mais determinação. Faça a sua parte!




Reckoner
You can't take it with yer
Dancing for your pleasure

You are not to blame for
Bittersweet distractor
Dare not speak it's name
Dedicated to all human beings

Because we separate like ripples on a blank shore
In rainbows
Because we separate like ripples on a blank shoree

Reckoner
Take me with yer
Dedicated to all human beings

quarta-feira, 17 de agosto de 2005

Vamos muito brevemente ser um Estado sem território


O alarme é dado por Gonçalo Ribeiro Telles, que considera trágico não existir uma política agrícola nacional baseada em matas, sebes e compartimentação do espaço.
«É urgente fazer o reordenamento do território "a sério," não para a floresta mas para as árvores em todas as suas funções», afirma. Tudo porque o nosso País «não é um País florestal».

«É um abuso inqualificável dizer que está a arder uma floresta em Portugal. Cientificamente, esta afirmação não tem qualquer validade».

Para o fundador do Movimento Partido da Terra, o que está a funcionar como um barril de pólvora são povoamentos mono específicos (de uma só espécie) desprovidos de qualquer variedade biológica. Não se trata de mata ou de floresta, mas sim de mato, que exige a permanente limpeza para a produção de madeira destinada à indústria.

Considerado o primeiro ecologista português, Ribeiro Telles acusa os Governos, os autarcas e as universidades de «ignorância atroz», por terem uma noção completamente errada do território e por defenderem «a floresta inexistente». «É uma anedota absurda», lamenta.

O que deve ser feito, então, urgentemente? O ordenamento do território implica o investimento na mata, que deve funcionar por «zonagem», ao preencher as zonas frágeis em termos de erosão, ou seja, nos grandes declives e nas barreiras. Ao mesmo tempo, é importante construir as sebes para a agricultura, com o objectivo de defender as culturas. «A sebe é o estádio final da mata para permitir a agricultura do homem», explica, e «nada disto está a ser feito».

A terceira aposta, deve ser a recuperação dos montados de sobro ou de azinho (cortiça) ou dos soutos (castanheiros). O montado é uma interface entre a agricultura e a pecuária, uma pastagem «que raramente arde e que regenera facilmente».

Outro aspecto fundamental no ordenamento do território é a ocupação do espaço e a recuperação da aldeia. Para o arquitecto paisagista é necessário valorizar o sistema aldeão, porque corremos o risco de ter o País despovoado e à mercê dos grandes empreendimentos, idêntico à exploração dos madeireiros da floresta Amazónica.

«Numa escala diferente, estamos também a expulsar os índios, como acontece quando vimos as populações a correr quando há os fogos».

Encara como «embuste», a forma recorrente de se responsabilizar os proprietários por «deixarem os terrenos ao abandono». Diz que os donos das terras vieram para a cidade e perderam a orientação dos marcos, que foram sendo retirados ao longo dos tempos. Hoje é impossível reproduzir o cadastro, porque não sabem quais são os limites da propriedade.

«DESASTRE» COM ORIGEM NOS ANOS 30
Gonçalo Ribeiro Telles enuncia três etapas que contribuíram para «a destruição do País». Os erros começaram no século XIX com plantação de pinhal bravo, que existia apenas nas areias do litoral. O País, que era um carvalhal compartimentado por culturas, passou a ter uma percentagem excessiva de pinheiro bravo. Mais tarde, por volta de 1930, assistiu-se à arborização de 400 mil hectares de baldios, no Gerês, com pseudo-tesugas, pinheiros, cedros, faias e carvalhos-americanos, que acabou por «expulsar» as comunidades de agropecuária do Norte.

Recorda que a política da época está retratada no livro «Quando os Lobos Uivam» de Aquilino Ribeiro.
A seguir, apareceram os eucaliptos, e novamente os pinheiros, para satisfazerem as indústrias de celulose e de madeiras para a construção civil. «Assim desapareceu a agricultura no fundo dos vales, a cabra que dava leite e cabrito, o leite que dava queijo, ou os matos que davam o mel e a aguardente de medronho. Um cenário muito diferente daquele que existe, onde se vê crescer o pau com destino para a celulose».

«Estas produções podiam não ter grande peso para o Produto Interno Bruto (PIB) mas contribuíam para a fixação de população no local», sublinha.

«Hoje somos um País sem população no interior - entregue às grandes extensões de povoamentos para a indústria - com taxas de emprego altíssimas no litoral. Portugal está transformado num deserto».

O ex-ministro de Estado e da Qualidade de Vida culpa ainda as autarquias por «não entregarem» as aldeias aos emigrantes que regressam à terra de origem e responsabiliza-as por disponibilizarem loteamentos, ao longo das estradas, sem um sistema de planeamento, equipamento e de concentração.
«Depois vê-se as pobres populações aflitas, metidas em casas no meio da chamada "floresta", quando os culpados são as autarquias que deviam ter incrementado o desenvolvimentos das aldeias».
«A política florestal tem sido desastrosa», e nenhum Governo, desde a década 30, conseguiu ter consciência das necessidades do País.

«É preciso iniciar imediatamente um verdadeiro ordenamento do território, o que demoraria menos de uma geração».

«A árvore está a ser perdida todos os dias. Se a árvore deixa de estar na mata, na sebe, nos pomares, no montado, na cidade, o que temos é uma cultura artificial que pode dar muito dinheiro durante um curto intervalo de tempo a alguns mas que pode acabar com o País», conclui, ao lamentar ainda a inexistência do Programa Nacional de Ordenamento do Território.

Entrevista que Gonçalo Ribeiro Telles concedeu ao semanário «O Diabo», de 17 de Agosto de 2005

Papagaios de papel que pintam...Projecto Automatic, de William Lamson




William Lamson construiu três máquinas de desenho feitas a partir de garrafas de plástico, corda e madeira de sucata. Estas máquinas funcionam por meio das forças naturais como o vento e o mar. Esta é alimentada por um papagaio de papel.

sexta-feira, 12 de agosto de 2005

Menina folha ao luar, por Maria Gabriela Llansol





Maria Gabriela Llansol — Herbais, 16 de Agosto de 1981 

Hoje, passada a madrugada, continuei o dia com a minha parte mais sombria; soltaram-se-me as minhas recordações, presentes, passadas e futuras, e não encontrava caminho linear entre elas. 
Não só importa escrever sucessivamente, mas saber quem me sucederá numa constelação de sentidos. 
 O que é a descendência? 
A seiva sobe e desce numa árvore, estende-se pelos ramos, e é regulada pelas estações; eu e a árvore dispomo-nos uma para a outra, num lugar por nomear. 
Este lugar não tem significação de dicionário, não transmigrou para nenhum livro. 
Agora o sol, o solo, a solo, encadeiam-me nas palavras. Esta madrugada aproximei-me da certeza de que o texto era um ser.

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