domingo, 31 de dezembro de 2017

Carl Sagan e as Árvores

PT
"Nós, humanos, parecemos bastante diferentes de uma árvore. Sem dúvida, percebemos o mundo de forma diferente do que uma árvore faz. Mas no fundo, no coração molecular da vida, as árvores e nós somos essencialmente idênticos. "~ Carl Sagan, Cosmos

EN
We humans look rather different from a tree. Without a doubt we perceive the world differently than a tree does. But down deep, at the molecular heart of life, the trees and we are essentially identical.” ~ Carl Sagan, Cosmos

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

As ruas e a arte de caminhar

A pé vê-se muito intensamente as cidades e paramos, pelo menos eu, travo e fixo e reflito e aprendo sempre mais. Mas também espanto-me e sinto as mesmas emoções com as "ruas" que as redes sociais nos dão a mostrar.
E pelas ruas não encontro "medos": Converso, falam comigo, há alguém que passeia um cão, indicam-me caminhos, não uso muito gps ou faço do gps móvel pretexto para conversar e sentir o barómetro da cidade, do local onde estou a caminhar.  E encontramos mensagens, nas paredes (refiro-me a arte de rua), a magia e a emoção e sonhos e mistérios quando avisto uma casa abandonada, uma quinta histórica. Por vezes estou em grupo. E o mais relevante  desligo o wifi e estar atento. Simples.

Arte de rua  Lisboa
Foto de autor

Review "The End of Nature" by Bill McKibben


What will the end of the world look like? In 1989, Nicholas Wade reviewed Bill McKibben’s “The End of Nature,” which argued that society’s unchecked materialism and hunger for natural resources would lead to humanity’s end. Read an excerpt below.

When, Milton reports in “Paradise Lost,” Adam asked the archangel Raphael to explain the movement of the heavens, he was rebuffed with some frosty words about man dwelling in “An edifice too large for him to fill, / Lodg’d in a small partition, and the rest / Ordain’d for uses to his Lord best known.” Bill McKibben, a frequent contributor to The New Yorker, quotes the put-down with approval at the conclusion of his interesting essay, “The End of Nature.” The greenhouse effect is his text, and his moral is that humankind should stick to its small partition, halting its implicit program of polluting, dominating and managing the natural world.

By the end of nature Mr. McKibben means the end of nature as a force independent of man. He sees nature being dominated in two ways. First, the pollution created by human societies has now begun to have global impact. The feared climatic warming from the greenhouse effect, which Mr. McKibben considers to be a sure thing, is another.

It would be easy to dismiss the thesis as a restatement of the limits-to-growth debate or as yet another instance of how everyone uses the greenhouse effect to promote his own agenda. It would be reasonable to argue with his unmitigated trust in the computer models used to predict the greenhouse warming and his exaggeration of the present powers of genetic engineering.

But all such pretexts for dismissing the book would be easy ways of avoiding the hard questions it raises. The economic frame of reference in which most public debate takes place sets no intrinsic value on natural beauty or uniqueness. Unless protected by special lawslike the Endangered Species Act, natural habitats almost always yield to the bulldozer.

The conventional reply to critics like Mr. McKibben is that prosperity and individual choice are also high values, that economic systems always adapt with unexpected success to scarcity or the constraints imposed by antipollution laws and that better or more cleverly applied technology is a surer answer to environmental destruction than repudiating technical advance. If the climate heats up, and if the rate of warming should prove too fast for natural systems to adapt to, then there could be widespread ecological collapse. Most climatologists are unwilling to state that any degree of greenhouse warming has begun. But for a man preaching apocalypse, Mr. McKibben speaks in a measured and civilized voice that deserves a hearing. Even those who reject his idea that humans should not exceed the limits of their small partition may pause to wonder if the balance between man’s progress and nature’s decline has been struck at the right point.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Poema da Semana: Onde a Lua cruza os espinhos das estrelas, por João Soares

Onde a Lua cruza os espinhos das estrelas


Onde a Lua cruza os espinhos das estrelas
Onde o Sol espreita pelas raízes da erva
Onde no oceano, no frio do abismo, se descobre o mais profundo prémio da vida

Onde no fruto se antecipa o universo à espera
do infinito ao infinito

Onde na curva do ramo da árvore a silhueta esbelta
do limbo do Éden sagrado

Onde enfim dialogo com os cogumelos e os insectos
e serei água e solo e luz e fogo

Possuo uma agenda cósmica, acima das fronteiras
acima do ódio, bem no alto do mais alto penhasco

João Soares, 17.12.16.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Franklin D. Roosevelt e as Florestas


"Uma nação que destrói os seus solos está a autodestruir-se.  As florestas são os pulmões da nossa terra, purificando o ar e dando nova força para o nosso povo~ Franklin D. Roosevelt

"A nation that destroys its soils destroys itself. Forests are the lungs of our land, purifying the air and giving fresh strength to our people "~ Franklin D. Roosevelt

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Poema da Semana: Vastidão de pétalas soltas na língua, por João Soares

Vastidão de pétalas soltas na língua


Sim, vastidão de pétalas soltas na língua

Sim, amplos campos nos dedos de vento e pólen

Sim, gigantes faúlhas de cores amestradas pela Lua e Sol,

perdido contente entre as nuvens do éter dos poetas

dos loucos dias e momentos cravados em pele e pétalas

e os cheiros tremendos da carqueja e esteva e

além os abelharucos

num exotismo presente, aqui, nada mais

aqui e, sim, à vastidão das pétalas soltas na língua.

João Soares, 16.12.16

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Encontros Improváveis- Nadir Afonso (citação) e Álfheimer - Pretty (música e video)


"O homem volta-se para a geometria como as plantas se voltam para o sol: é a mesma necessidade de clareza" ~ Nadir Afonso


O Natal cuja celebração original era Celta/Pagã, celebrava, no solstício do inverno, o fim da obscuridade e o retorno da luz e da esperança.

Portanto o Natal é uma transição interior e de harmonia que faça sentido. Esperança, Partilha. Genuíno. Renovação. Tempo de ação.

Um feliz Natal para todo os meus leitores e amig@s.
Merry Eco-Xmas to all my followers and friends

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Documentário- "Cowspiracy: O Segredo da Sustentabilidade" (dublado)


Um documentário dirigido por Kip Andersen e Keegan Kuhn, que trata de questões ambientais. Lançado em 26 de junho de 2014, o documentário debate sobre como a agropecuária intensiva tem contribuído para diminuição dos recursos naturais e aumento na emissão de gases.

Kip Andersen, protagoniza o papel de investigador onde vai a procura das organizações ambientais mais prestigiadas do mundo, como por exemplo, a Greenpeace, com a finalidade de questionar o porquê que tais organizações evitam ou temem falar sobre como a criação animal tem trazido impactos ao meio ambiente.

Contando com 1h30min de duração, o documentário trás diversos questionamentos, críticas e conclusões. Quem assiste pode sentir-se motivado a analisar as próprias práticas de consumo e pesquisar sobre os dados mostrados, seja para concordar ou discordar, o ponto é que, o documentário gera um senso crítico e de conscientização.

Saber mais:

Página Oficial 


Criticismo sobre o filme

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Estudo Internacional revela que os eucaliptos reduzem de forma dramática a biodiversidade do território


O investigador Daniel Montesinos, do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), participou num estudo internacional, já publicado na revista "Global Ecology and Biogeography", juntamente com investigadores da Austrália, Chile, EUA e Índia.
Daniel Montesinos revela que "as substâncias químicas presentes nas folhas dos eucaliptos impedem o crescimento das raízes de outras espécies nativas, motivo pelo qual os eucaliptais contêm muita pouca biodiversidade fora da sua área nativa, na Austrália" e que "a plantação de eucaliptos é altamente prejudicial. O empobrecimento de espécies gerado pelos eucaliptos tem impacto em todo o ecossistema, por exemplo, ao nível do controlo da erosão dos solos ou da manutenção da biodiversidade".
O investigador, ressalva ainda que fora da Austrália, "ironicamente, algumas das espécies que de facto conseguem sobreviver debaixo dos eucaliptais são também espécies exóticas, criando um círculo vicioso de reduzida biodiversidade e espécies invasoras. Os resultados do trabalho mostram, já sem qualquer dúvida, o empobrecimento das superfícies plantadas com eucalipto, que mesmo que de longe possam ter uma aparência “verde”, são na realidade “desertos".

Fonte: Notícias de Coimbra

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Há cinco anos, o Brasil perdia Oscar Niemeyer, o Gênio do Concreto

Há cinco anos, o Brasil entrava em luto pela morte do artista que revolucionou a arquitetura moderna mundial e deu ao país um patrimônio que entrou para a história. Oscar Niemeyer (1907-2012) é considerado, ainda hoje, o maior arquiteto brasileiro. Reconhecido internacionalmente, o Gênio do Concreto deixou como legado a cidade que continua impressionando moradores e visitantes: Brasília.

A capital federal, maior e mais famosa obra de Niemeyer, é chamada pelo professor aposentado de arquitetura e urbanismo da Universidade de Brasília (UnB) Antônio Carlos Cabral de "obra indelével". Cabral, paulista, veio para a cidade por influência do trabalho de Niemeyer ; queria aprender com o ícone.

O preferido do próprio Niemeyer, segundo o também professor da UnB Frederico Holanda, era o Congresso Nacional. Holanda lembra a genialidade do mestre também no projeto do Palácio Itamaraty, que resgata influências clássicas, como nas colunas ao redor, parecidas com o Partenon, na Grécia, e ao mesmo tempo homenageia o antigo palácio, no Rio de Janeiro, com arcos plenos (meio círculos) nas janelas.

No entanto, Holanda acredita que a verdadeira revolução de Niemeyer aconteceu antes mesmo de Brasília: no início da década de 1940, o carioca projetou o conjunto arquitetónico da Pampulha, em Belo Horizonte, e depois considerou esse o seu verdadeiro começo. "Ele introduz uma dimensão poética que não era comum e se insurgiu contra a linha dominante, mais racional, canônica, de modulações rígidas, traçados reguladores e ortogonalidade", explica o professor da UnB. Enquanto Le Corbusier, mestre e "guru assumido" de Niemeyer (ler Carta de Atenas)  e Lucio Costa, era racionalista, Oscar era poesia, imaginação e fantasia, segundo Holanda.