segunda-feira, 30 de abril de 2007
Relatório IPCC- a culpa humana
domingo, 29 de abril de 2007
Ciência, obscurantismo, sociedade e pensamento
Por José Carlos Marques
Os inimigos da ciência já chegaram ao Parlamento e às comemorações do 25 deAbril. Não é que Maria de Belém Roseira decidiu terminar o seu discurso, emnome do PS (o verdadeiro paladino da razão e da ciência com o seu MarianoGago), citando elogiosamente as oito vias do budismo?Não saberá ela que todo o pensamento religioso, científico e filosófico anterior à ciência moderna post-newtoniana não passa de obscurantismo?Há pessoas tão arrogantes que julgam deter a verdade para sempre! Entre elas, as que citam o budismo e outras crendices do pensamento hindu, e de outros da igualha! Como é que assim poderiam abrir as orelhas para factos que não entram no seu estreito registo?Os inimigos da razão científica estão em todo o lado. É preciso correr comeles. Todos os estudiosos do pensamento antigo chinês e hindu, entre outros,rua com eles!A razão vencerá!
Ciência e Obscurantismo
Por Miguel Araújo
A ciência produz conhecimento validado,repetível, e contestável. A religião define crenças e estabelece padrõesde moralidade.Como diria o outro "cada macaco no seu galho".Obviamente que existem limites no conhecimento cientítico. Ninguém o nega.A ciência não é uma enciclopédia de verdades incontestadas: é um métodoque nos liberta da prisão cognitiva dando-nos instrumentos para entenderfenómenos que vão muito além da percepção empírica dos fenómenos. Nãoresisto citar E.O Wilson:"Without the instruments and accumulated knowledge of the natural scienceshumans are trapped in a cognitive prison. They are like intelligent fishborn in a deep, shadowed pool. Wondering and restless, longing to reachout, they think about the world outside. They invent ingeniousspeculations and myths about the origin of the confining waters, of thesun and the sky and the stars above, and the meaning of their existence.But they are WRONG, always WRONG, because the world is too remote fromordinary experience to be merely imagined".Obviamente que o método científico não garante, por si só, a unidade detodo o conhecimento e que outras formas de expressão da inteligenciahumana, como a arte, são importantes.Obviamente que, apesar dos muitos progressos científicos, verdadeiramentefantásticos, continuamos a ser ignorantes e que muito falta por aprender.Obviamente que o conhecimento científico não assegura a sua correctautilização.E também é verdade de que existe conhecimento empírico valioso que aindanão foi reconhecido e validado pela ciência formal. E também é certo que,em certos campos do saber (p.e. a medicina) o empirísmo oferece soluçõesque a ciência formal ainda não integrou no seu cardápio.Mas nada disto diminui a ciência, os seus sucessos, ou a sua importânciacomo suporte do edíficio do conhecimento nas sociedades democráticas. Oconhecimento científico é um auxiliar valioso da democracia pois é a formade conhecimento que permite o escrutínio completo dos seus fundamentos.A alternativa é o poder da crença e do empírismo. Uma alternativa que sóse consegue instalar em sociedades complexas como as nossas por via da suaimposição pela força.Como dizia Sean O'Casey: "Politics has slain its thousands, but religionhas slain its tens of thousands."
Ciência e Sociedade
Artigo gentilmente cedido por Miguel Araújo
Science 6 April 2007:Vol. 316. no. 5821, p. 56SCIENCE AND SOCIETY: Framing Science
Matthew C. Nisbet1* and Chris Mooney2
Issues at the intersection of science and politics, such as climatechange, evolution, and embryonic stem cell research, receive considerablepublic attention, which is likely to grow, especially in the United Statesas the 2008 presidential election heats up. Without misrepresentingscientific information on highly contested issues, scientists must learnto actively "frame" information to make it relevant to differentaudiences. Some in the scientific community have been receptive to thismessage (1). However, many scientists retain the well-intentioned beliefthat, if laypeople better understood technical complexities from newscoverage, their viewpoints would be more like scientists', and controversywould subside.In reality, citizens do not use the news media as scientists assume.Research shows that people are rarely well enough informed or motivated toweigh competing ideas and arguments. Faced with a daily torrent of news,citizens use their value predispositions (such as political or religiousbeliefs) as perceptual screens, selecting news outlets and Web sites whoseoutlooks match their own (2). Such screening reduces the choices of whatto pay attention to and accept as valid (3).Frames organize central ideas, defining a controversy to resonate withcore values and assumptions. Frames pare down complex issues by givingsome aspects greater emphasis. They allow citizens to rapidly identify whyan issue matters, who might be responsible, and what should be done (4,5).Consider global climate change. With its successive assessment reportssummarizing the scientific literature, the United Nations'Intergovernmental Panel on Climate Change has steadily increased itsconfidence that human-induced greenhouse gas emissions are causing globalwarming. So if science alone drove public responses, we would expectincreasing public confidence in the validity of the science, anddecreasing political gridlock.Despite recent media attention, however, many surveys show major partisandifferences on the issue. A Pew survey conducted in January found that 23%of college-educated Republicans think global warming is attributable tohuman activity, compared with 75% of Democrats (6). Regardless of partyaffiliation, most Americans rank global warming as less important thanover a dozen other issues (6). Much of this reflects the efforts ofpolitical operatives and some Republican leaders who have emphasized theframes of either "scientific uncertainty" or "unfair economic burden" (7).In a counter-strategy, environmentalists and some Democratic leaders haveframed global warming as a "Pandora's box" of catastrophe; this and newsimages of polar bears on shrinking ice floes and hurricane devastationhave evoked charges of "alarmism" and further battles.Recently, a coalition of Evangelical leaders have adopted a differentstrategy, framing the problem of climate change as a matter of religiousmorality. The business pages tout the economic opportunities fromdeveloping innovative technologies for climate change. Complaints aboutthe Bush Administration's interference with communication of climatescience have led to a "public accountability" frame that has helped movethe issue away from uncertainty to political wrongdoing.As another example, the scientific theory of evolution has been acceptedwithin the research community for decades. Yet as a debate over"intelligent design" was launched, antievolutionists promoted "scientificuncertainty" and "teach-the-controversy" frames, which scientistscountered with science-intensive responses. However, much of the publiclikely tunes out these technical messages. Instead, frames of "publicaccountability" that focus on the misuse of tax dollars, "economicdevelopment" that highlight the negative repercussions for communitiesembroiled in evolution battles, and "social progress" that defineevolution as a building block for medical advances, are likely to engagebroader support.The evolution issue also highlights another point: Messages must bepositive and respect diversity. As the film Flock of Dodos painfullydemonstrates, many scientists not only fail to think strategically abouthow to communicate on evolution, but belittle and insult others' religiousbeliefs (8).On the embryonic stem cell issue, by comparison, patient advocates havedelivered a focused message to the public, using "social progress" and"economic competitiveness" frames to argue that the research offers hopefor millions of Americans. These messages have helped to drive up publicsupport for funding between 2001 and 2005 (9, 10). However, opponents ofincreased government funding continue to frame the debate around the moralimplications of research, arguing that scientists are "playing God" anddestroying human life. Ideology and religion can screen out even dominantpositive narratives about science, and reaching some segments of thepublic will remain a challenge (11).Some readers may consider our proposals too Orwellian, preferring tosafely stick to the facts. Yet scientists must realize that facts will berepeatedly misapplied and twisted in direct proportion to their relevanceto the political debate and decision-making. In short, as unnatural as itmight feel, in many cases, scientists should strategically avoidemphasizing the technical details of science when trying to defend it.
References
T. M. Beardsley, Bioscience 56, 7 (2006)
S. L. Popkin, The Reasoning Voter (Univ. of Chicago Press, Chicago, IL,1991)
J. Zaller, Nature and Origins of Mass Opinion (Cambridge Univ. Press, NewYork, 1992)
W. A. Gamson, A. Modigliani, Am. J. Sociol. 95, 1 (1989)
V. Price, et al., Public Opin. Q. 69, 179 (2005)
Pew Center for the People and the Press (2007)
A. M. McCright, R. E. Dunlap, Soc. Probl. 50, 3 (2003).
Film promotion
Virginia Commonwealth University Life Sciences Survey (2006) (pdf)
Pew Center for the People and the Press (2006)
M. C. Nisbet, Int. J. Public Opin. Res. 17 (1), 90 (2005)
Ciência Ideal e Outras (adaptado)
Por José Carlos Marques
Conhecemos muitos profissionais da ciência, e alguns brilhantes , que vivem a ciência da forma nobre e desinteressada . Ao lado dessa ciência, existe também a ciência-ideologia e a ciência-religião, e sobretudo a ciência-sistema social ou trave do sistema social, e que é hoje, como a vêem muitos inclusive entre alguns cientistas, uma peça-chave dos mecanismos produtores da destruição de valores naturais e de valores humanos. Há toda uma tradição vinda de grandes actores da ciência que alerta para os perigosdessa ciência-sistema (como o atestam alguns dos famosos "arrependimentos"de alguns dos grandes físicos que participaram na criação da arma atómica,por exemplo, e também na biologia e noutras áreas; aliás esses perigos pairam sobre toda a filosofia desde o século XX, mas receio que falar de filosofia, onde é sempre impossível uma "falsificação" satisfatória, possa não ajudar). Curiosamente, as implicações epistemológicas e sociais destes"erros" e "arrependimentos" de grandes cientistas é um aspecto omisso na perspectiva idílica da ciência.Há ciência, ciência e ciência. É pena que os cientistas idealistas tenham dificuldade em reconhecê-lo e só consigam ver a ciência como a idealizam e não a "outra" ou "outras" que ela também é.
Uma coisa que se perdeu de vista desde que a ciência ascendeu a um estatutode "endeusamento" (é esse o estatuto que ela tem, mesmo em Portugal, pormais Abelhas Maias que haja e por mais falta de cultura científica formalque exista) na sociedade moderna foi a unidade do pensamento humano: magia,mito, religião, ciência, arte, por mais diferentes que sejam, têm em comumuma coisa: todos são produtos do pensamento e da imaginação, que é elaprópria uma forma de pensamento.Por mais que custe aos que apenas aceitam uma ou algumas dessas formas comrejeição das outras, em todas elas houve e há elementos de verdade e deerro. Afinal não são essas formas que nos devem preocupar mas sim afinal eapenas a verdade e o erro, em versão não maniqueísta nem mecanista.O que o cientista honesto deverá fazer, mais do que denunciar as falsidadesem bloco desta ou daquela forma de pensamento, é aceitar humildemente que aciência é ela própria um produto do pensamento que, paradoxalmente, exerce acrítica sobre si próprio e sobre os seus próprios produtos - incluindo os daciência, que não ficam ao abrigo da crítica pelo facto de supostamente sebasearem num método que os isentaria por definição do erro.Caminho duro, sem dúvida, mas inevitável.Saudações racionalistas(-ir)racionalistas: porque a razão informada começapor saber que é pequenina perante a imensidão do não ainda racionalizado oudo que jamais poderá sê-lo
sábado, 28 de abril de 2007
Agência Portuguesa do Ambiente consagra a Educação Ambiental

sexta-feira, 27 de abril de 2007
Documentário- Quem matou o carro eléctrico?
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Projector Kinkajou promove literacia no Mali
Página Oficial do Projector, com informação amis detalhada: Design that Matters
quarta-feira, 25 de abril de 2007
Aqui, pensando na Terra, agindo em Casa
terça-feira, 24 de abril de 2007
segunda-feira, 23 de abril de 2007
Dia Internacional do Livro - Auto-conhecimento e Natureza, por Eckhart Tolle
A minha sugestão seria que mais gente lê-se o livro de Al Gore- "A Nossa Escolha".
Contudo e continuando este Mês da Terra, e depois do BioTerra celebrar o Dia da Terra em tomos musicais 1, 2, 3 e ,4, escolhi para este Dia Internacional do Livro, um texto/pensamento diferente. Um texto de Eckhart Tolle. Espero que gostem.
domingo, 22 de abril de 2007
Dia da Terra * Earth Day- Todos os dias
1.Devemos agradecer a John Mc Connell quem propôs o Dia da Terra- para celebrar a vida na Terra e toda a sua beleza.Saiba com todo o pormenor todo o seu trabalho e sua biografia no EarthSite
2.Imperdível e actualizado o Mapa do World Bank 2007, de acordo com os Objectivos do Milénio, online/ em linha e completamente interactivo.
Textos anteriores no Bioterra
sábado, 21 de abril de 2007
Dale Jamieson - autor do Manual de Filosofia do Ambiente
sexta-feira, 20 de abril de 2007
Que razões para preservar a biodiversidade? Resultados de uma investigação
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Natura. Ilustrador desconhecido. |
Enquadramento
A biodiversidade não se esgota no número de espécies existente na Terra e contempla outros tipos de variabilidade como a genética (genótipos de uma espécie), ecológica (ecossistemas) e funcional (processos bioquímicos indispensáveis às comunidades biológicas)(1).Mas é indiscutível que a ênfase associada à preservação de espécies é a que adquire uma maior visibilidade em muitos projectos escolares.As razões para a preservação da biodiversidade, e consequentemente da diversidade de espécies, podem ser múltiplas. Frequentemente, a biodiversidade é encarada exclusivamente como um recurso, fruto de uma perspectiva antropocêntrica na forma de conceber a relação do Homem com a Natureza. Nesta linha, Wilson (1997) assinala que muitas espécies com importância económica potencial não chegam aos mercados, apesar de mais de 30000 de origem vegetal terem partes comestíveis e de, ao longo da história da humanidade, 7000 terem sido cultivadas. Em consequência, como assinala este autor, centramos a nossa alimentação em pouco mais do que 20 espécies e em que o trigo, o milho e o arroz têm um peso superior a 50%.Mas este potencial utilitário da biodiversidade não tem de ser estritamente económico e pode ser assinalado numa base mais ampla, pondo por exemplo em destaque também a sua importância para a nossa integridade psicossomática. Como menciona igualmente Wilson (1984) basta lembrar que o nosso cérebro se desenvolveu num quadro de biodiversidade, pelo que a sua destruição se revela um passo arriscado para a nossa integridade, dado que o mundo natural é o mundo mais rico em informação que as pessoas jamais encontrarão. Ainda assim, as posições antropocêntricas perante a perda de biodiversidade revelam-se parciais no tratamento das diferentes espécies. Privilegiam o combate à extinção de espécies carismáticas de um ponto de vista estético ou simbólico, prova de que questões de empatia se sobrepõem a critérios de natureza ecológica.Mas a presente crise ambiental tem fomentado o surgimento de outras perspectivas menos instrumentais na forma de olhar a natureza e, consequentemente, a biodiversidade. No quadro desta pluralidade destacam-se, para além da antropocêntrica, as perspectivas biocêntrica e ecocêntrica.A perspectiva biocêntrica é claramente descentrada do ser humano e vê no respeito pela individualidade de cada ser o caminho que permite evitar a extinção das espécies e dos ecossistemas onde vivem. O carácter atomista das teses que se inserem nesta perspectiva conduz a alguma especificidade no modo de pensar a preservação da biodiversidade, pondo em evidência a necessidade de se manterem as condições necessárias ao florescimento de cada indivíduo. Assim, e à partida, seria de evitar qualquer interferência no ciclo de vida dos diferentes seres vivos, principalmente quando não está em causa a satisfação de necessidades básicas do ser humano. Mas, dado que algumas espécies estão reduzidas a um número diminuto de seres, esta interferência impõem-se cada vez mais e é admitida por diversos teóricos cujo pensamento se insere nesta perspectiva.(2)A perspectiva ecocêntrica é essencialmente voltada para o mérito das espécies na manutenção do frágil equilíbrio ecológico que caracteriza o sistema Terra. Claro que a manutenção deste equilíbrio se revela igualmente vantajosa para a espécie humana, o que pode conduzir à crítica de que esta perspectiva esconde uma espécie de antropocentrismo camuflado. Mas os ecocêntricos atribuem um valor não meramente instrumental a esse equilíbrio, que para ser conseguido obriga à limitação de múltiplas actividades humanas e a um repensar da sociedade de modelo ocidental, assente no consumismo descontrolado com enormes impactos nos ecossistemas.MetodologiaCom base neste enquadramento teórico, desenvolvemos um estudo que pretendeu averiguar como argumentam os professores dos diferentes ciclos de escolaridade não superior perante determinados temas de natureza ambiental, e assim verificar a incidência de ideias catalogáveis nas perspectivas ambientalistas já apresentadas – antropocêntrica, biocêntrica e ecocêntrica (Almeida, 2005, 2007). Para o efeito foram entrevistados 60 docentes dos diferentes ciclos de escolaridade não superior: 15 educadores de infância (Pré-Escolar), 15 professores do 1º Ciclo, 15 do 2º Ciclo e 15 do 3º Ciclo e Secundário, de escolas e jardins de infância dos distritos de Lisboa e Setúbal, e que implementam com regularidade projectos de Educação Ambiental subordinados a temáticas diversas. Entre as questões sobre as quais foram convidados a pronunciar-se encontrava-se o seguinte dilema:Como sabe, o Homem, através das suas acções, tem sido responsável pela extinção de muitas espécies. Quando não é possível salvar um leque diversificado de espécies em perigo, quais os critérios que devemos adoptar para salvar algumas delas?Para o tratamento das respostas considerámos dois grupos com 30 indivíduos cada: por um lado, os educadores de infância e os professores do 1º Ciclo (EI + 1º C); por outro, os professores dos 2º e 3º Ciclos e Secundário (2º C + 3º C e S). A razão principal para a constituição destes grupos decorreu da diferença entre os modelos de formação destes docentes (generalista no 1º caso, especializado no 2º) e da consequente vivência profissional marcada pelo nível etário dos alunos com que trabalham, o que poderia afectar o modo de conceber a importância da biodiversidade, aqui reduzida à dimensão da variabilidade no numero de espécies.As respostas foram gravadas e transcritas, tendo a transcrição obedecido aos princípios metodológicos sugeridos por Seidman (1998). Este autor defende a necessidade de equilíbrio entre a apresentação textual do que foi dito e a transformação das respostas em peças elaboradas e atípicas do discurso oral. Mas considera fundamental alguma correcção para assegurar a dignidade do participante na apresentação escrita do seu depoimento.ResultadosO dilema apresentado não se revelou de fácil resposta se atendermos às indecisões e pausas no discurso dos docentes. Houve mesmo lugar a alguns comentários reveladores da dificuldade imposta pelo dilema apresentado: “...O Homem pôr-se no papel de Deus... Armar-se em Deus e decidir é este e não é aquele... Eu sei lá!”; “Eu sinto-me desinformada sobre essa questão para poder responder melhor sobre ela, está a ver?”; “Meu Deus! Que horror! Isso é mesmo muito difícil.” Ou ainda a frase bem eloquente: “Isso é quase pôr-me num campo de concentração nazi e escolher uns quantos que vão para os fornos e outros não. Sei lá!...”As respostas, para além das enquadráveis nas perspectivas ambientalistas citadas, obrigaram-nos a considerar duas novas categorias: respostas não qualificáveis nas perspectivas ambientalistas e incapacidade para definir critérios de escolha. Para além disso, alguns docentes expuseram ideias enquadráveis em mais do que uma perspectiva, surgindo assim respostas mistas.Em termos de resultados, e apesar das dificuldades iniciais, apenas 2 professores da amostra acabaram por não conseguir estabelecer critérios de selecção e, curiosamente, nenhum deles foi responsável por uma das frases citadas. Os dois grupos não se diferenciaram significativamente no tipo de argumentos manifestados, o que permite considerar irrelevantes os factores que presidiram à sua constituição, para o tema em discussão.Em termos globais, foram as respostas de teor ecocêntrico as manifestadas com maior incidência nos professores de ambos os grupos, embora com um ligeiro destaque para o 2º (18 contra 14)- quadro 1
Quadro 1: Critérios de selecção de espécies em perigo de extinção, no caso de incapacidade humana para as salvar a todas.
CRITÉRIOS PRIORITÁRIOS NO SALVAMENTO DE ESPÉCIESPERSPECTIVA MANIFESTADA (ARGUMENTOS) EI + 1ºC 2ºC + 3ºC e S Antropocêntrica (A)
√ as mais úteis em termos da sobrevivência do Homem e com potencial alimentar e medicinal
√ as de maior valor estético 4
81 4
5-Biocêntrica (B)
√ as mais necessárias à sobrevivência de outras
√ todas têm direito à vida (incapacidade em optar) 3
4
1 1
1
-Ecocêntrica (E)
√ as necessárias ao equilíbrio dos ecossistemas ou do planeta como um todo
√ todas são necessárias ao sistema (incapacidade em optar) 14
151 18
191Formas mistas de resposta
E + A
E + B
A + B 3
1
1 1
-
-Formas de resposta não directamente qualificáveis
√ as que garantam o sucesso da intervenção
√ as mais raras 2
6
2 6
6
-Não define critérios 2 -TOTAL 30 30Nota – Na especificação das ideias antropocêntricas, biocêntricas e ecocêntricas incluímos o desdobramento das respostas mistas. Os argumentos não directamente qualificáveis foram sempre considerados uma 2ª escolha quando surgiram outros classificáveis. Apresentamos três exemplos representativos da argumentação utilizada.Provavelmente tentaria inicialmente estudar, perceber quais as espécies fundamentais para o equilíbrio da Terra, e depois iria hierarquizar da mais importante para a menos importante em termos de contributo para esse tal equilíbrio e eliminaria as que fossem menos importantes. Provavelmente seria esse o processo. (EI + 1º C)Se calhar aquela que fizesse mais falta por qualquer motivo, ou que fosse mais útil ao próprio ecossistema. Não digo apenas em termos de utilidade para o Homem... Ao funcionamento do próprio ecossistema, aquela que o fosse desequilibrar menos. (EI + 1º C)A Terra funciona como um enorme ecossistema. E portanto qualquer extinção vai provocar desequilíbrio. Há que ter uma perspectiva global, perceber que os ecossistemas não são estanques, estão todos ligados entre si. Alguma coisa que desaparece num determinado ecossistema vai, mais tarde ou mais cedo, implicar desequilíbrios importantes noutro ecossistema. Portanto, não há ecossistemas fechados, a Terra é em si um ecossistema e, portanto, toda a extinção de animais ou plantas vai provocar desequilíbrios. Por isso escolheria as que não afectassem o funcionamento da Terra tal como o conhecemos. (2º C + 3º C e S)Dentro da argumentação ecocêntrica destacamos ainda um docente que afirmou não conseguir optar porque todas as espécies se revelam indispensáveis para a preservação do todo. Nas diferentes respostas de teor ecocêntrico, a referência à espécie humana nem sempre esteve presente. Mas quase sempre foi possível inferir que os inquiridos a consideram uma peça do sistema que acabaria por se confrontar com os problemas decorrentes do desequilíbrio ecossistémico.As razões de teor biocêntrico foram expressas perante esta questão com uma expressão reduzida e evocadas com uma ligeira vantagem pelos docentes do 1º grupo (3 respostas contra 1 do outro grupo). A ideia mais frequente traduziu uma escolha das espécies que melhor assegurassem a sobrevivência de outras.É uma pergunta complicada. Mas talvez a espécie que fosse mais importante para a maior parte dos seres vivos. Para a continuidade, não só da espécie humana, porque temos muita tendência a puxar para a espécie humana, mas que fosse mais importante para a continuidade de um leque variado de espécies. (EI + 1º C)Salientamos também neste conjunto de respostas a recusa de um dos professores, também do 1º grupo, em definir critérios de escolha por considerar que todos os seres têm o direito à vida. Explicou-nos mesmo como esta sua posição se tinha desenvolvido a partir de uma experiência negativa decorrida na infância. O relato é particularmente tocante e permite evidenciar como os acontecimentos que ocorrem durante o período do nosso desenvolvimento psicossomático se revelam fundamentais no moldar da nossa perspectiva perante o mundo.Para mim não sei qual seria o critério utilizado. Só se fosse o pim, pam, pum. Nós somos muito levados a pensar na utilidade dos animais em relação ao Homem. Poderia ser um critério! Mas não sei se seria um bom critério. Porque os seres que não nos são úteis têm tanto direito a viver como os que no-lo são. E agora vou contar aqui uma história que vai ficar gravada mas não faz mal... Eu sou de uma terra pequenina, e na casa dos meus pais havia coelhos e galinhas e todos esses animais. E na coelheira, a porta era tão pequena, só lá cabia eu porque era pequenina, e a minha mãe mandava-me buscar um coelho para matar. E eu tenho este trauma desde essa altura. Só eu é que cabia na porta e ela mandava-me porque eu era pequenina… só eu chegava à capoeira. E qual é que eu iria levar à minha mãe? Era um dilema terrível! Porque eu olhava para eles todos e Deus me livre… Coitadinho daquele, não o levo, coitadinho do outro, também não o levo e… A partir daí faz-me muita impressão fazer uma selecção, seja do que for, e para morrer ainda por cima. Estou sempre a pensar naqueles animaizinhos a fugirem de mim e eu tinha que pegar num, porque a minha mãe obrigava-me a escolher um para o jantar. (EI + 1º C)A argumentação exclusivamente antropocêntrica foi veiculada por 8 docentes (4 de cada grupo). A ideia mais expressa foi a da opção pelas espécies que nos sejam úteis em termos da nossa sobrevivência, traduzida pelo seu potencial alimentar e medicinal. Este tipo de argumentos esteve igualmente presente nas respostas mistas, e daí a sua frequência ter subido para 8 e 5 respostas provenientes, respectivamente, dos docentes de cada um dos grupos considerados. Nestas respostas apenas surgiu um argumento diferente proposto por um dos docentes que optou por salvar espécies que tivessem uma acção depurativa em ambientes poluídos, aspecto que considerou benéfico para o Homem no presente e para o legado de um planeta melhor às futuras gerações. Apenas um professor mencionou que escolheria as espécies com maior valor estético, embora como 1º critério tivesse optado pelas espécies que contribuíssem para o equilíbrio do planeta. Por isso, inserimos a sua resposta nas de teor ecocêntrico. Apresentamos uma das respostas de teor antropocêntrico que traduz uma escolha meramente instrumental em função das necessidades humanas.À partida salvaria as plantas em detrimento dos animais. E vou-lhe explicar porquê: pela questão do oxigénio, era esse um critério. Depois, dentro das plantas.... Talvez as plantas que dessem fruto, porque podiam alimentar o Homem. É uma questão de sobrevivência. Pode dizer-me assim: “Mas só está preocupada com a sobrevivência do Homem?” Mas se calhar é essa a minha preocupação. Pois se é uma situação catastrófica em que a gente tem de tomar uma opção é evidente que quer preservar-se. Faz parte da nossa natureza escolher à partida uma coisa que nos vai preservar e, por isso, a escolha em primeiro lugar das plantas. Pelo oxigénio, a fotossíntese, os frutos... (2º C + 3º C e S)Como começámos por salientar, perante o dilema apresentado surgiram algumas respostas não directamente qualificáveis nas perspectivas ambientalistas em discussão e que algumas vezes foram as únicas mencionadas pelos docentes. Neste tipo de respostas destacou-se a ideia de salvar as espécies em que fosse mais eficaz a intervenção: “Por exemplo, espécies de pássaros em que os ovos pudessem ser chocados em cativeiro...” (EI + 1º C). Inicialmente, pensámos que este tipo de pragmatismo, por preterir argumentos associados às características ou funções das espécies, poderia ser tradutor de uma concepção antropocêntrica. Todavia, um dos professores que justificou a sua escolha deste modo não deixou de manifestar a sua recusa perante critérios estéticos ou baseados no interesse económico das espécies, dando a entender que se fosse igualmente viável, face aos meios disponíveis, salvar uma espécie com interesse económico e outra sem interesse económico, não optaria necessariamente pela primeira. Entendemos ser assim necessária alguma precaução na classificação deste tipo de argumentos e optámos por inseri-los na categoria das respostas não directamente qualificáveis. Ainda nesta categoria colocámos as respostas de dois docentes do 1º grupo que sugeriram a raridade das espécies como critério. Rolston III (1994) é um dos autores que problematiza a questão da raridade das espécies (não provocada por motivos antropogénicos) associada ao seu valor. Considera que a raridade em si mesma, tal como a diversidade ou a complexidade, não constitui um indicador de maior valor. No entanto, este autor salienta que a raridade de algumas espécies tem como consequência permitir uma maior diversidade nos ecossistemas, algo que não seria possível apenas com a presença de espécies abundantes que limitariam a capacidade de suporte destas entidades holísticas. Salienta ainda que uma espécie naturalmente rara também sugere a possibilidade de uma fraca relevância em termos ecossistémicos, embora esta ideia esteja dependente de informação pormenorizada acerca das suas características funcionais. A um outro nível distinto, Rolston III associa a raridade de uma espécie ao valor experiencial que ela nos proporciona. E uma vez que algumas espécies raras são fósseis vivos podemos também admirar a sua capacidade de sobrevivência através dos tempos geológicos como uma espécie de proeza biológica que merece o nosso interesse e, porque não, o nosso respeito. Todavia, lembra que também podemos considerar benéfica a raridade de uma espécie causadora de doença. Perante esta forma de problematizar a raridade, considerámos que a sua evocação se associa mais facilmente a um interesse humano experiencial ou científico do que a razões enquadráveis nas teorizações ecocêntricas ou biocêntricas. Contudo, dado o nível elevado de generalidade com que os docentes justificaram a escolha deste critério, decidimos inclui-la na categoria já mencionada.ConclusõesOs resultados deste estudo revelaram que os professores preteriram, de forma clara, a argumentação antropocêntrica associada à importância da biodiversidade. Uma tal conclusão parece-nos importante pelas seguintes razões: (1) A discussão da importância da biodiversidade, se bem que não tenha de omitir a sua relevância para o Homem, deve ser enquadrada num leque mais amplo de argumentos, para evitar o endoutrinamento dos jovens numa só visão do mundo. Depois, (2) porque uma forma antropocêntrica de olhar a natureza tem sido considerada como responsável pela presente crise ambiental. Ora, se a argumentação que a caracteriza tivesse sido dominante na abordagem da biodiversidade poderia indiciar que grande parte da eficácia do trabalho dos docentes que trabalham em Educação Ambiental estaria comprometido por assentar na mesma base conceptual que tem legitimado a destruição do planeta.No entanto, apesar da incidência elevada de argumentos não antropocêntricas, os docentes não indiciaram qualquer postura anti-humana, prova de que a consideração pelo equilíbrio dos ecossistemas a isso tenha de obrigar. A postura traduziu-se sim por não separar o referido equilíbrio do bem-estar humano. Este facto traduz o que Aiken (1984) denomina de eco-compatibilismo: promover o bem do todo é, simultaneamente, satisfazer o bem de cada parte. Ora, este modo de pensar é igualmente de assinalar, uma vez que as perspectivas não antropocêntricas, com especial incidência na ecocêntrica, não têm de negar a especificidade da espécie humana no planeta, mas apenas apelam para uma postura menos predadora e mais simbiótica na relação com o planeta.No entanto, os resultados deste estudo encerram uma importante limitação: desconhecemos os valores efectivamente transmitidos pelos docentes no decurso da abordagem do tema da biodiversidade com os seus alunos. Mas estes mesmos resultados tornam plausível pensar que uma visão instrumental da natureza pode não ser particularmente (ou exclusivamente) enfatizada. Se assim acontecer, pensamos que os professores se encontram no bom caminho para concretizar um papel imprescindível que atribuímos à Educação Ambiental e que consiste em contribuir para colocar os alunos em contacto com diferentes formas de conceptualizar a relação do Homem com a natureza.__________________________(1) Cf. Miller (2002, pp. 81-82)(2) Por exemplo, a violação da regra da fidelidade proposta por Taylor (1989), e que consiste em não enganar os animais para determinados fins, é admitida por este autor quando se trata de compensar danos causados aos indivíduos e que pode mesmo estender-se aos parentes genéticos quando aqueles já não podem ser compensados.
quinta-feira, 19 de abril de 2007
Plantas e a Engenharia Natural ao serviço da Restauração Ecológica e da Conservação da Natureza
Vídeos
RECUPERAÇÃO DE UMA MARGEM FLUVIAL
RECUPERAÇÃO DE UMA MARGEM FLUVIAL II
RECUPERAÇÃO DE UMA MARGEM FLUVIAL III
Aldo Freitas
Local: Rio de Couros, Ourém Técnicas:- Grade Viva - Enrocamento Data: 16-04-2007

ETAPs e Piscinas Biológicas: o mesmo conceito mas aplicações tão diferentes
quarta-feira, 18 de abril de 2007
Artigos e sítio do Prof. Viriato Soromenho-Marques
Globalization and Environment, Cascais, 2003.pdf
NGO in PortugalL, Lisbon, 1999.pdf
Nietzsche and Hegel-Frankfurt am Main, 2000.pdf
Reinventar la ciudadania, Madrid-2001.pdf
Sustainability,Vienna, May 1998.pdf
The USA and the EU, Lisbon, 2002.pdf
Umwelt in Portugal -Hannover-2000.pdf
USA and Europe, Lisbon, September 1998.pdf
Water Policy-Stockholm, October 1996.pdf
Water Sustainability, Medmenham, June 1997.pdf
terça-feira, 17 de abril de 2007
Encontros Improváveis- Leonardo Boff e Durutti Column
Leonardo Boff Teólogo
Espírito, Matéria e Vida: eras do humano
As sínteses históricas são, a miúde, arbitrárias. A nossa também o é. Mas elas atendem à uma exigência que temos por marcos orientadores que nos ajudam a entender a nós mesmos e nossa própria história. Fazemos então uma espécie de leitura de cego que capta apenas os pontos relevantes. Vejo três grandes percursos, verdadeiras eras, que assinalam as relações do ser humano para com a natureza.
A primeira é a era do espírito. Ela plasmou as culturas originárias e ancestrais. Os seres humanos sentiam-se movidos por forças que agiam no cosmos e neles, realidades numinosas e omni-englobantes que lhes conferiam proteção e segurança. Era a experiência xamânica do espírito que perpassava todas as coisas, criando uma union mystique com todos os seres e dando a percepção de pertença a um todo maior. Grandes símbolos, ritos e mitos davam corpo a esta experiência fontal. Foi então que se projetaram imagens do Divino. Essas imagens, continuando imagens, significavam também centros energéticos da vida e da natureza com os quais o ser humano devia se confrontar e ouvir seus apelos. Havia também todos os avatares da condição humana, mas era o espiritual que dava sentido a todas as instâncias. Essa era marcou nosso inconsciente coletivo até os dias atuais.
A segunda é era da matéria. Os seres humanos descobriram a força física da matéria e da natureza. Já não viam aí uma imagem do Divino. Era um objeto para o seu uso. A agricultura do neolítico há dez mil anos revela a presença desta era. Os pais fundadores do método científico deram-lhe um quadro teórico, dizendo que a natureza não tem consciência, portanto, podemos tratá-la como queremos. Interferiram até chegar ao o mundo atómico e subatómico com o qual se pode destruir e construir. As forças espirituais e psíquicas da era anterior foram consideradas magia e superstição e como tais combatidas. A concentração nesta experiência introduziu a profanidade. Deus é pensado sem o mundo, fazendo com que surgisse um mundo sem Deus. Operou-se pelas energias arrancadas da matéria a dominação da natureza e a ilimitada exploração de suas riquezas. Já fomos além dos limites de suporte da Terra e dispomos de meios de nos destruir totalmente. Mas surgiu também uma nova responsabilidade e a exigência de uma ética do cuidado.
Estamos entrando agora na era da vida. A vida une matéria e espírito. Ela representa uma possibilidade da matéria quando distante do equilíbrio e em contexto de alta complexidade. Então irrompe a vida. Para eclodir, a vida supõe a teia de interdependências do físico com o químico, da biosfera com a hidrosfera, com a atmosfera e com a geosfera. Tudo está ligado à vida seja como pre-condição seja como ambiente. Portanto, ela ocupa a centralidade. No conjunto dos seres, o ser humano tem essa missão: de ser o jardineiro e curador da vida. A ela cabe salvaguardar a vida de Gaia, preservar a biodiversidade e garantir um futuro para si e para todos. É o desafio do atual momento de aquecimento global. A era da vida está ameaçada. Urge manter as condições de sua continuidade e coevolução. A vida e não o crescimento deveria ser o grande projeto planetário e nacional. Não perceber esse deslocamento é auto-enganar-se. A bom tempo nos conclama a sabedoria bíblica: "eu lhes proponho a vida ou a morte. Escolha, pois, a vida para que você e seus descendentes possam viver"(Deut. 30,19).
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Educação Ambiental no Youtube: National Wildlife Federation (EUA)
Clica na seta da direita para visualizar toda a lista dos 23 vídeos sobre acções de educação ambiental propostas por membros da National Wildlife Federation (NWF)
O canal Youtube da ONG NWF foi inaugurado a 20 de Julho de 2007, com mais de 90 vídeos, a maioria relativos a intervenções junto do público universitário.Outra grande fatia de vídeos mostram reportagens sobre pareceres emitidos pela NWF e outras intervenções em conferências.
domingo, 15 de abril de 2007
sábado, 14 de abril de 2007
BRAHMA KUMARIS - Academia para um Mundo Melhor e Just a Minute
A Brahma Kumaris, Portugal
É uma organização internacional e sem fins lucrativos fundada na Índia em 1937 e com sede no Rajastão, possui hoje em dia mais de 4000 escolas espalhadas por 84 países.
Objectivo
Pretende transmitir através de cursos, conferências e actividades diversas, uma educação baseada nos valores espirituais intrínsecos a filosofia do Raja Yoga e que estejam ao alcance de todos; de forma a possibilitar que aqueles que chegam até nós possam ir ao encontro daquilo que há de melhor em si mesmos.
Voluntariado
Todas as actividades e cursos realizados são gratuitos, sendo a contribuição voluntária por parte dos alunos. Os cursos são ministrados por professores voluntários e qualificados.
Sítio da Brahma Kumaris no Mundo
sexta-feira, 13 de abril de 2007
Fundação Heinrich Böll - 10 anos
quinta-feira, 12 de abril de 2007
SOLARGIS e MEAPA
MEAPA - Integrated methodologies for renewable energy assessment on Amazonian region. This project consists on the development of methods and software tools, based on Geographic Information Systems, to support Energy Planning and Renewable Energy integration for powering stand alone consumers.
quarta-feira, 11 de abril de 2007
Encontro Vida Verde 2007; Land Art; Viagem ecossolidária de um português e novo dossier
Encontro Vida Verde
Agenda (2):
Visitar a primeira exposição organizada de Land Art em Portugal (obrigada, Teresa)
terça-feira, 10 de abril de 2007
Biografias - Rachel Carson
Mais informações e ligações no Wiki
segunda-feira, 9 de abril de 2007
Dossier Cinema Ecológico

International Film Festival and Forum on Human Rights
Festivais de Filmes sobre Ecologia e Meio Ambiente
B Green
Cineclube da Feira
IndieLisboa - Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa
Filmes || Cinema Documental
A Era da Estupidez (2009)
Koyaanisqatsi- Life Out of Balance (1984)
O Sal da Terra
Powaqqatsi (1987)
450 filmes gratuitos contra-cultura ou clássicos (vintage)
Free Documentary - Nature
Televisão Verde || Televisão Ciência
Biosfera
Ciência TV
Current TV-Earth
Discovery Kids
Fat American.tv
First Science TV
Green TV
Planetgreen- Discovery
Rain Makers
Produtoras Independentes || Libertárias || Videoactivismo
AK Kraak
Amazon Watch
Archive.org
Autofocus
Breaking Free video magazine
Bright Path Video
California Newsreel
Chiapas Media Project
Chicago Filmmakers
Chitra Karkhana
Clearer Channel
Cold Mountains Cold Rivers
Collision Course Video Productions
Cultureshop.org
Deepdish TV
Democracy University ( old website )
Director General Films
Dog Eat Dog Films
Downtown Community Television Center
dvRepublic
Earth Films
Empowerment Project
ETS Pictures
Global Insights
Global Justice Web Video Project
Global Village CAT
Globalvision.org
Good-Heart Videos
Greenfire productions
Guerrilla News Network
Guerillavision
Gulf Islands Film and Television School
High Plains Films
I-Contact
indie HUB.org
Indy Peer
Indy Torrents
IVDN
KanalB.de
Katalyytti
LaborNet
La Lutta New Media Collective
Linux Video and DVD Project
Media Rights
Michael Moore
MPEG4IP
Philo Films
Rain Forest Org Video Activist Project
Rockhopper Productions
Satan Macnuggit
Scared Sacred
Scenic Verve Spectacle
SunMt Video
Termite TV
The Light Surgeons
The Xiph Foundation
Toronto Video Activist Collective (TVAC)
Trojan TV
Turn Off Your TV
TVE
TWM - Third World Majority
Union of Producers & Programmers Network (UPPNET)
Video Activism
Video Activist Network
Video Machete
Video Teppista
Vorbis
NOVA ATENÇÃO © Copyright- Ao partilhar, agradeço atempadamente a indicação do autor e do meu blogue Bioterra. Estes dossiês resultam de um apurado trabalho de pesquisa, selecção de qualidade e organização. Obrigado.