“Haverá um antes e um depois dos passadiços”, garante o presidente da autarquia. Abrem no domingo, dia 6, e incluem travessias, pontes suspensas, cascatas, levadas... Veja as primeiras imagens.
Os Passadiços do Mondego, no concelho da Guarda, integrados no Parque Natural da Serra da Estrela e no Estrela Geopark Mundial da UNESCO, vão abrir ao público no domingo, anunciou a Câmara Municipal.
Em comunicado, a autarquia informou que a inauguração dos Passadiços do Mondego “será no domingo, pelas 12h30 e contará com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa”.
“Garanto-vos que haverá um antes e um depois dos Passadiços do Mondego. Este é um investimento fundamental para o Turismo da Guarda e para toda a região. Esta obra será a referência para o turismo e lazer do nosso concelho e de todo o nosso território, com a qual poderemos pensar positivamente no seu sucesso futuro”, referiu o presidente da Câmara, Sérgio Costa.
Segundo aquele responsável, a Guarda “está pronta para começar a sua viagem para o sucesso na atracção do turismo e da actividade económica a nível nacional e internacional”.
Com um percurso pelas margens do rio Mondego e os seus afluentes de cerca 12 quilómetros, os passadiços começam junto à barragem do Caldeirão, estendendo-se depois pelo vale do Mondego, nos territórios das localidades de Trinta, Vila Soeiro e terminando já na montanha, em Videmonte.
“O percurso aproveita cinco quilómetros de caminhos já existentes e integra uma zona de sete quilómetros de travessias, passadiços e três pontes suspensas com paisagens de cortar a respiração e onde abundam as veredas, açudes, cascatas, levadas e moinhos”, salientou o município.
Os Passadiços do Mondego estão integrados no Parque Natural da Serra da Estrela e no Estrela Geopark Mundial da UNESCO.
O seu itinerário compreende geossítios como o Miradouro do Mocho Real, escombreiras e cascalheiras do Alto Mondego e ainda os vestígios de património industrial de antigas fábricas e engenhos de lanifícios ou de produção de electricidade (na aldeia de Trinta), “testemunhos de um passado ligado à indústria têxtil deste território, onde teve origem o afamado cobertor de papa”.
Também abrange “vestígios mais antigos como uma ponte medieval (entre Pêro Soares e Mizarela) que se acredita ter surgido sobre uma ponte já existente da época romana”.
No percurso, há “muito para descobrir e aprender” num local “onde se pode ver a Natureza em harmonia com a passagem humana pela paisagem”.
“Esta é uma obra de valorização do património natural da Guarda que pretende mostrar a importância deste rio para a região e para o país, destacando o valor cultural e paisagístico das aldeias de montanha que atravessa”, referiu o município.
Os Passadiços do Mondego representam um investimento na ordem dos quatro milhões de euros, em parte co-financiados a 85% por fundos europeus, no âmbito do Centro 2020, FEDER.
Em Maio, durante uma visita ao local, o presidente da Câmara Municipal da Guarda, que considerou os Passadiços do Mondego como os “mais bonitos do país”, adiantou que iriam abrir ao público no verão.
No entanto, segundo Sérgio Costa, tal não aconteceu devido a factores que atrasaram a execução das obras, como o período crítico de incêndio.
O autarca também informou, no final da reunião do executivo municipal do dia 10 de Outubro, que “apenas no dia 29 de Setembro” ficou concluída a regularização da titularidade dos terrenos abrangidos.
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