sábado, 30 de julho de 2022

Áustria em choque com suicídio de médica alvo de ativistas antivacinas

Suicídio de média austríaca vítima de contínuas ameaças de morte de protestantes antivacinas está a chocar o país. O Presidente austríaco declarou que irá acabar com a intimidação e o medo. "O ódio e a intolerância não têm lugar na nossa Áustria".

Fotografia retirada da conta de Instagram de Lisa-Maria Kellermayr


Líderes austríacos apelaram à unidade nacional depois do recente caso chocante de uma médica ter tirado a própria vida na sequência de ameaças de morte de ativistas antivacinação e teóricos da conspiração da pandemia de coronavírus.

"Vamos acabar com essa intimidação e medo. O ódio e a intolerância não têm lugar na nossa Áustria", declarou o presidente Alexander Van der Bellen, saudando Lisa-Maria Kellermayr como uma médica que defendia a cura das pessoas, protegendo-as de doenças e levando uma abordagem cautelosa da pandemia.

E ainda acrescentou: "Mas algumas pessoas ficaram furiosas com isso. E essas pessoas assustaram-na, ameaçaram-na, primeiro na internet e depois também pessoalmente, diretamente no seu consultório."

De acordo com a Reuters, o corpo da médica - que costumava dar entrevistas aos media sobre o combate à pandemia de coronavírus e a promoção de vacinas - foi encontrado no seu consultório no norte da Áustria na sexta-feira. Alegadamente foi encontrado junto ao seu corpo uma nota de suicídio.

Recorde-se que no mês passado, a Áustria abandonou os planos de introduzir a vacinação obrigatória contra COVID-19 para adultos, dizendo que era improvável que a medida aumentasse uma das taxas de vacinação mais baixas da Europa Ocidental.

A morte desta médica austríaca - que a associação de médicos austríacos disse refletir uma tendência mais ampla de ameaças contra a equipe médica - está a chocar o país. "O ódio contra as pessoas é indesculpável. Esse ódio deve finalmente parar", disse o ministro da Saúde, Johannes Rauch.

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