Já alguma vez se perguntou qual é a origem do nome do oceano que banha a costa do seu país? Como foi possível unificar os nomes que várias culturas usaram para nomear os oceanos? Aqui deixamo-vos um pouco da história e curiosidades dos corpos de água que conhecemos como oceanos.
Hoje temos a certeza de que 71% da superfície do nosso Planeta, cerca de 361 milhões de km², está ocupada por água; que ainda se discutem teorias sobre a sua origem entre 80 e 130 milhões de anos após a formação do planeta pela colisão de asteróides gigantes cobertos de gelo; que a vida tal como a conhecemos surgiu daí e que muitos recursos necessários para o nosso sustento provêm dela.
Mas a origem dos nomes pelos quais conhecemos as diferentes regiões da Terra ocupadas pela água, que no seu conjunto identificamos como o Oceano Mundial ou Oceano Global, remonta a muitos séculos e está repleta de lendas fantásticas que nos surpreendem.
Foi em 1444 que a palavra oceano foi usada pela primeira vez em castelhano.
Comecemos pela palavra oceano: vem do grego ωκεανός, nome do deus Okeanós, e com ela os antigos gregos chamavam a grande massa de água que rodeava o disco da Terra, e que começava para além dos "Pilares de Hércules", que hoje conhecemos como Estreito de Gibraltar. Os romanos chamaram-lhe Oceanus, e nos séculos seguintes cada civilização apropriou-se desta palavra e transformou-a.
Cada oceano um nome
O Oceano Pacífico deve o seu nome ao navegador português Fernão de Magalhães, quando em novembro de 1520, após viajar por águas turbulentas, e depois de atravessar o que hoje conhecemos como Estreito de Magalhães, alcançou águas calmas ("pacíficas") com ventos favoráveis à navegação. Sem saber, Magalhães e a sua tripulação aventuravam-se no maior oceano da Terra, com uma área de 155 milhões de km² e uma profundidade média de 4.280 m.A Fossa das Marianas, que é a maior depressão do fundo marinho e que no seu ponto mais profundo chega a 11.034 metros, localiza-se no
O Oceano Atlântico adquire o seu nome atual no século VI a.C, depois de ter sido conhecido como Oceano Etíope ou Grande Oceano Ocidental. Foram os gregos que identificaram a área do oceano localizada no noroeste de África, com o adjetivo derivado do nome do titã Atlas. O Atlântico é o segundo maior, com 106 milhões de km² e uma profundidade média de 3.646 m.
Os oceanos Ártico e Antártico receberam os seus nomes da palavra grega ἀρκτικός ("arktikos"), que significa próximo do urso, para identificar o primeiro, referindo-se às constelações Ursa Maior e Ursa Menor, que são claramente visíveis desde a região norte da Terra, e a região oposta, com o prefixo "Ant" para identificar o segundo. O Ártico cobre uma área de 14 milhões de km² e uma profundidade média de 1.205 metros, enquanto que o Antártico cobre cerca de 20 milhões de km² com uma profundidade média de 3.270 m. Vários cartógrafos até ao século XVIII nomearam-no de várias maneiras, até que o nome atual se generalizou.
O último dos 5 oceanos que identificamos é o Índico, e foi o romano Plínio, o Velho que lhe deu o nome de Oceanus Indicus por volta do ano 70 d.C, por ter costas na Índia e Indonésia, enquanto os gregos lhe chamavam "Mar da Eritreia" e os indianos "Sindhu Mahasagara". O Oceano Índico cobre mais de 68 milhões de km² e a sua profundidade média é de 3.741 metros.
E quando se tornaram oficiais?
Tão recente quanto 1919, durante a Conferência Hidrográfica Internacional realizada em Londres, na qual participaram 24 países, os nomes e limites dos oceanos tal como os conhecemos hoje foram oficializados. Nesta Conferência, foi aprovada a constituição do Bureau Hidrográfico Internacional (BHI), que com sede no Principado do Mónaco, iniciou as suas atividades em 1921 com 18 estados membros. Desde então, tem sido responsável por uniformizar os documentos hidrográficos e fomentar as relações entre instituições relacionadas de todo o mundo.
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