A Nova Zelândia obrigará os bancos a divulgarem o impacto de seus investimentos na mudança climática, tornando-se o primeiro país do mundo a redigir uma lei que obriga o setor financeiro a ser transparente em temas ambientais - informaram as autoridades do arquipélago.
Segundo o ministro do Comércio, David Clark, com essa lei, bancos, seguradoras e firmas de investimento serão obrigados a informar as consequências de seus investimentos para a mudança climática.
"Ser o primeiro país do mundo a introduzir uma lei como essa significa que temos a oportunidade de mostrar uma liderança real e abrir caminho para que outros países tornem obrigatória a publicação de informações relacionadas ao clima", afirmou o ministro.
Clark destacou que o texto obrigará as instituições financeiras a levarem em consideração o real impacto de seus investimentos no clima e permitirá que a população os avalie.
O projeto de lei foi apresentado na segunda-feira (12/4) e, se aprovado, os informes sobre questões climáticas serão obrigatórios a partir de 2023.
O ministro da Mudança Climática, James Shaw, disse que esses relatórios anuais mostrarão que os investimentos com alta emissão de carbono serão menos atraentes, à medida em que as medidas de redução de emissões forem se tornando obrigatórias.
"Esta lei colocará os riscos climáticos no centro das decisões financeiras e comerciais", afirmou.
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