Racing Extinction (Vida em Extinção) - tema original e tema com ANOHNI
A premissa do documentário, que o Discovery Channel exibiu em 220 territórios em 24 horas, é simples. A quinta fase de extinção na Terra, há 65 milhões de anos, foi a que fez desaparecer os dinossauros. A causa? Um asteróide. Em 2015, os cientistas ouvidos no documentário argumentaram que estamos a viver a sexta era, o Antropoceno. "A Humanidade é o asteroide". E esta é a ultima oportunidade para salvarmos o planeta. "Os meus amigos paleontólogos dizem que, se olharmos para a história do Homem desde a revolução industrial até 2100, a II Guerra Mundial será apenas uma nota de rodapé em comparação com a nossa geração, que está a levar a cabo a maior perda de diversidade desde a extinção dos dinossauros".
Realizado como um thriller de espionagem, Racing Extinction mostra Louie Psihoyos e a sua equipa em verdadeiras missões de detetives. Munidos de câmaras e microfones ocultos, viajam até Hong Kong, disfarçados de turistas gastronómicos, à procura de estabelecimentos que vendam espécies em vias de extinção. E é ali, no topo de um edifício, que fazem uma descoberta chocante. Depois, na província de Cantão, na China, visitam um mercado ilegal, em pleno céu aberto, onde são vendidas inúmeras espécies raras, desde corais a mamíferos. Do fundo do mar, Racing Extinction passa para a criação industrial de gado. Três quartos do terreno agrícola do mundo todo é usado para alimentar animais para consumo. E há uma conclusão que, na entrevista, Psihoyos faz questão de enfatizar: "A criação de gado emite mais gases nocivos do que todo o setor dos transportes. Um vegetariano que conduza um Hummer usa menos energia do que uma pessoa que coma carne e ande de bicicleta".
Mas nem tudo são más notícias: o documentário foca os resistentes, os investidores nas energias renováveis, os esforços feitos em países em vias de desenvolvimento para transformar regiões dependentes da caça de espécies em perigo em zonas de turismo. Racing Extinction não é apenas um documentário. Pretende criar um movimento, primeiro nas redes sociais, e depois na prática, usando a hashtag #Startwith1thing (em português, "começa com uma coisa"). Embora admita que governos e organizações governamentais "não estão a fazer o suficiente", o realizador salienta o facto de, "pelo menos, se estar a falar sobre estes assuntos".
Vale a pena conhecer o trabalho e activismo deJ. Ralph
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