Pedro Bandeira, arquiteto e professor da Universidade do Minho (UMinho) acaba de ser distinguido com o Prémio Arquitetura, Inovação e Sustentabilidade 2021, na categoria Obra, pelo seu edifício “Casa Rotativa”.
A cerimónia de entrega do prémio vai decorrer está quinta-feira, no Museu da Água, em Lisboa, e contará com a presença do Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, e do presidente da Ordem dos Arquitectos (OA), Gonçalo Byrne.
A Casa Rotativa é uma habitação unifamiliar situada na região de Coimbra que, tal como o nome sugere, gira em função do sol. O edifício gira até 300 graus em seis minutos, gastando quatro cêntimos de eletricidade.
O projeto surgiu quando o dono , Filipe Bandeira, engenheiro de estruturas especiais sensível a questões energéticas, desafiou o irmão Pedro Bandeira a contribuir no projeto experimental.
Para os promotores do prémio, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática e a OA, o edifício “evoca os faróis, os moinhos de vento e os engenhos solares de há um século; além disso, a sua invulgar motricidade abre territórios na arquitetura ao nível da legislação e da ligação ao contexto (solo, céu, pessoas), reinventando questões de sustentabilidade, ecologia, ambiente construído e quotidiano”.
Pedro Bandeira é natural da Figueira da Foz, e é atualmente presidente e professor da Escola de Arquitetura, Arte e Design da UMinho, bem como investigador do Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT). Além do prémio que recebe hoje, já foi distinguido com o Prémio SIM da Samsung, o Prémio de Crítica de Arquitetura da AICA/Fundação Carmona e Costa, e foi finalista do Prémio Europeu Mies van der Rohe. Teve ainda a oportunidade de representar Portugal na Bienal de Arquitetura de Veneza (2004) e de São Paulo (2005).
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