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Segundo um novo estudo da Universidade de Exeter, os castores podem ajudar a limpar os rios poluídos e a deter a perda de solos valiosos. Os cientistas descobriram que o trabalho de uma única família de castores teve um impacto significativo na redução do escoamento de nutrientes dos campos vizinhos para um sistema fluvial.
Os diques dos animais capturaram mais de 100 toneladas de sedimento, na sua maioria solo erodido de “terras de pastagem em regime intensivo”, que continham 15,9 toneladas de azoto e 0,91 toneladas de fósforo. Estes nutrientes constituem um problema para a vida selvagem nos rios e ribeiros e precisam de ser removidos nos sistemas de abastecimento de água, de forma a serem cumpridas as normas da qualidade da água para consumo humano.
“É muito preocupante o facto de observarmos taxas tão elevadas de perda de solo dos terrenos agrícolas, que são bastante superiores às taxas de formação de solo”, disse Richard Brazier, hidrólogo e professor da Universidade de Exeter.
A família de castores estudada, que vive num espaço cercado com 2,5 hectares em West Devon desde 2011, construiu 13 represas, abrandando o fluxo da água e criando uma série de lagos profundos ao longo do curso do ribeiro. Para além desta família de castores, a Devon Wildlife Trust está a realizar outro projeto de investigação envolvendo uma população de castores selvagens no Rio Otter, também em West Devon.
“A nossa parceria com a Universidade de Exeter em ambos os nossos estudos com castores (…) está a revelar informações que mostram o papel crítico que os castores podem desempenhar, não só para a vida selvagem, mas também para a sustentabilidade futura da nossa terra e água. É verdadeiramente inspirador ter as nossas observações confirmadas por investigações científicas detalhadas”, declarou Peter Burgess, diretor de Conservação e Desenvolvimento da Devon Wildlife Trust.
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