quinta-feira, 21 de setembro de 2006
Lembro-me do mar
lembro-me do mar
não sei se regressei
se te acenei com palavras simples
feitas por mim
como vento
espuma
ou lua
não sei se as quebrei
contra as cidades duras
e parece às vezes tudo estar perdido
tudo sem sentido
o mar é escuro
o mar é contra as ruas
outras oscilas entre os meus dedos
na minha câmara escura
não é a solidão que me assusta, mãe,
é o abandono da luz
no teu rosto
esculpido
a vento e dunas.
ter-te-ei tocado
lembro-me da espuma
em meu coração nu
amar é tudo.
mãe,
o mar és tu.
Poema de Maat ; foto de Christian LANGE
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