sábado, 5 de novembro de 2022

Juiz britânico qualifica invasão russa de “terrorismo”


Os ativistas estavam a ser processados por invasão e obstrução de atividades legais, por terem ocupado um cais de um terminal no estuário do rio Tamisa, em maio.

Segundo a France-Presse (AFP), o juiz Christopher Williams, do tribunal de Chelmsford, no nordeste de Londres, absolveu os ativistas, considerando que “descarregar o petróleo constituiria um potencial delito”, declarações que foram recebidas com aplausos da audiência.

“Considero mais do que provável que a guerra travada pela Rússia possa ser descrita como terrorismo”, argumentou o juiz.

Christopher Williams considerou que a Lei de Financiamento do Terrorismo do Reino Unido, de 2000, poderia ser invocada neste caso.

“Esta é a primeira vez que um tribunal britânico aceita o argumento de que a guerra da Rússia na Ucrânia pode ser considerada terrorismo”, disse o Greenpeace, em comunicado, acrescentando que a decisão pode ter “consequências sísmicas para a política energética britânica”.

O Reino Unido prometeu, em março, interromper as importações de petróleo bruto e derivados russos até o final do ano, em resposta à invasão da Ucrânia.

O Greenpeace tem reivindicado que Londres estenda o embargo a todos os combustíveis fósseis, que também incluem o gás.

Aqueles ativistas forçaram a entrada num cais no terminal Grays, usando barcos de borracha, em 15 de maio, forçando o cargueiro de bandeira grega Andromeda a voltar para trás.



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