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Faleceu ontem, aos 98 anos de idade, o arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles. O Governo português decretou um dia de luto nacional, a assinalar esta quinta-feira, em homenagem ao considerado por muitos “primeiro ambientalista de Portugal”.
O Ministro do Ambiente da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, já veio demonstrar o seu voto de pesar: “Arquiteto paisagista, professor universitário, ativista da causa pública, Gonçalo Ribeiro Telles é justamente recordado como uma das figuras da sociedade portuguesa que mais se empenhou na defesa do ambiente e na valorização do mundo rural, tendo sido decisiva a sua ação na consagração da Reserva Ecológica Nacional e na Reserva Agrícola Nacional.”
“Conhecido por obras marcantes de paisagismo”, como é o caso dos Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, do Amália Rodrigues, do Castelo de São Jorge, do Cabeço das Rolas, da Mata dos Medos, e ainda do Corredor Verde de Monsanto, “foi sobretudo um ilustre defensor da causa pública ambiental, para a qual contribuiu com as suas ideias, planos e projetos.”
Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), também deixou o seu testemunho no Facebook: “Gonçalo Ribeiro Telles foi o primeiro rosto de um movimento ambiental e do ordenamento do território no nosso país. O seu espírito visionário e à frente do tempo fez com que se batesse pela implementação de um Plano Verde, com vários corredores ecológicos, na cidade de Lisboa. Na última década, Lisboa cumpriu o essencial do programa ecológico de Ribeiro Telles, faltando-nos acabar o corredor verde de Alcântara e o corredor Periférico. Lisboa deve-lhe imenso(…).”
No seguimento, a CML anunciou hoje que o novo Parque Urbano da Praça de Espanha se vai chamar “Parque Gonçalo Ribeiro Telles”.
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