Somos um espaço de criação artística e de inovação no Beato, em Lisboa. Com múltiplos projetos que cruzam a arte, a criatividade, a transformação social e a saúde mental, no centro do projeto estão artistas contemporâneos e criativos com doença mental que são excluídos devido ao estigma da nossa sociedade em relação à loucura.
Nascemos da experiência de mais de vinte anos em hospitais psiquiátricos e no mundo da arte e da cultura, onde fomos encontrando artistas e obras maravilhosas, mas que no entanto eram excluídos dos circuitos comerciais de arte em Portugal simplesmente pelo estigma da sua doença mental. Isto levou-nos a organizar as primeiras exposições artísticas no Hospital Psiquiátrico Júlio de Matos – agora conhecido como Hospital Psiquiátrico de Lisboa-, onde criámos e inaugurámos o ciclo de arte contemporânea deste hospital lisboeta, cruzando e misturando artistas contemporâneos portugueses e estrangeiros já conceituados com artistas do hospital, mantendo o anonimato da obra e derrubando a barreira do estigma que atua não pelo valor da arte, mas sim pela doença.
Em 2018 lançámos o Manicómio, localizado num espaço de cowork com outros profissionais, criativos e empresas, porque sabemos que o futuro passa pela mistura, valorização, normalização e aceitação da loucura.
O Manicómio tornou-se num centro artístico e criativo com:
• O primeiro estúdio e galeria de arte bruta e contemporânea em Portugal, com 14 artistas residentes, onde oferecemos liberdade e representação e agenciamento artístico em vendas, exposições e colaborações;
• A primeira agência criativa de design e comunicação no mundo com criativos com doença mental;
• Atividades de consultoria e advocacia em arte, saúde mental, direitos humanos e trabalho;
Com uma abordagem focada na disrupção, equidade e direitos humanos, o Manicómio atua junto da comunidade artística, sociedade civil, empresas e instituições para transformar o status quo e gerar novos paradigmas de valor.
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