1. Aquecimento global: ponto de não retorno pode chegar mais cedo do que o previsto (estudo divulgado em Londres)Em: http://ultimahora.publico.pt/shownews.asp?id=13890
2. Portugal é o país da Europa com maior défice de agendas 21 locais Lusa
Portugal é o país da Europa com maior défice de agendas 21 locais para promoçãodo desenvolvimento sustentável a nível regional, uma realidade que começa a serdebatida quarta-feira em Sintra."Somos a lanterna vermelha de toda a Europa no que se refere às agendas 21locais", comentou Aristides Leitão, representante do Conselho Nacional doAmbiente e Desenvolvimento Sustentável, uma das organizações responsáveis peloFórum Internacional "Agenda 21 local: Sustentabilidade e Municipalismo", quedecorre quarta e quinta-feira em Sintra.Apenas cinco por cento dos municípios portugueses (entre 15 a 20) têm essesinstrumentos para que a nível regional se alcance mais progresso sem prejudicaro ambiente - o princípio que preside à criação do conceito de agenda 21 local anível internacional."Países como a Suécia ou na Dinamarca já têm uma taxa de cem por cento",assinalou Aristides Leitão.Um dos casos de sucesso é o da região espanhola da Catalunha: "As agendaslocais vieram dar-lhe um incrível dinamismo e capacidade de acção".No final de Setembro, o ministro do Ambiente, Luís Nobre Guedes, prometeu que110 municípios portugueses teriam dentro de dois anos agendas locais 21."Decidimos fazer um programa ousado, com o objectivo de em 2005 estaremenvolvidos 50 municípios e mais outros 50 em 2006", anunciou na altura NobreGuedes.Este objectivo envolve cerca de um terço dos 308 municípios portugueses.A Associação Nacional de Municípios aplaudiu a proposta, mas lembrou que énecessário financiamento do Governo para a elaboração das agendas 21.Em matéria de agendas 21 locais, o próprio Ministério do Ambiente já reconheceuque Portugal está em incumprimento desde 1992, quando na Cimeira da Terra sedefiniram estes instrumentos de gestão e participação local."Como fazer Portugal reagir e conseguir dar exemplos de acções ligadas a estedomínio foi um dos objectivos de trazer este Fórum Internacional paraPortugal", comentou Marília Bernardes, presidente da Fundação InternacionalCidade Aberta, sedeada nos Estados Unidos.Segundo a responsável, as autoridades portuguesas têm considerado que asagendas 21 locais estão ainda em estado incipiente e chegaram a lamentar-se depouco conseguirem fazer para promovê-las.O fórum pretende debater "vários caminhos possíveis" para "fortalecer vínculosentre crescimento económico, qualidade ambiental, progresso social e reformasdemocráticas", segundo os organizadores.O Presidente da República, Jorge Sampaio, o ministro das Cidades, José LuísArnaut, e o presidente da Associação Nacional de Municípios, Fernando Ruas,entre outros, estarão presentes na sessão de abertura do Fórum.
3. Biodiversidade atravessa maior crise desde a extinção dos dinossaurios Lusa
O director-geral do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, Klaus Toepfer,disse hoje que a Terra atravessa a pior crise "desde a extinção dosdinossauros" e convidou a reflectir sobre o recente tsunami no sudesteasiático.Toepfer falava na Conferência Internacional sobre "Biodiversidade, Ciência eGovernabilidade" que até sexta-feira reúne 1200 cientistas e responsáveispolíticos de 30 países na sede da UNESCO, em Paris.A conferência tem por objectivo alertar para a degradação acelerada dosambientes naturais e das espécies vegetais e animais na Terra.Toepfer convidou a comunidade internacional a não repetir os "erros humanos"que acentuaram a tragédia do maremoto que a 26 de Dezembro varreu as costas dooceano Índico."Os primeiros relatórios indicam que as zonas que mantiveram os seusecosistemas em boa saúde resistiram melhor do que as que os tinham degradados",afirmou, por seu lado, o director executivo da Convenção sobre BiodiversidadeEcológica, Hamdallah Zedan.É chegado "o momento de nos interrogarmos sobre os meios para interromper estaperda de diversidade", disse Toepfer, acrescentando: "Os nossos filhos e osnossos netos vão querer saber por que razão deixámos prosseguir esta perda deseres vivos".Segundo Zedan, "45 por cento das florestas originais já desapareceram, como dezpor cento dos corais, e o restante está gravemente ameaçado".Esta conferência, lançada em Junho de 2003 pelo Presidente francês, JacquesChirac, na cimeira do G8 em Evian (leste de França), poderá à criação de umgrupo governamental de peritos, tal como existe para o clima, para estimular osdecisores políticos.A biodiversidade é essencial para a manutenção do equilíbrio dos meios naturaise a sua deterioração pode ter consequências extremamente graves, segundo oscientistas.O predomínio do homem na Terra traduziu-se no desaparecimento acelerado deespécies a um ritmo 100 a mil vezes superior ao natural, referem os peritos.Estima-se que cerca de 16 mil espécies animais estejam actualmente ameaçadas deextinção, ou seja, um em cada quatro mamíferos do planeta, uma em cada oitoespécies de aves e um em cada três anfíbios.
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