sábado, 6 de março de 2021

Na Serra do Marão, os avós plantam árvores com o nome dos netos

Bosque dos Avós é o novo projeto que leva avós a plantar árvores autóctones na Serra do Marão, em Amarante, dando-lhes o nome dos seus netos. Há milhares de árvores disponíveis para serem apadrinhadas.




Na Serra do Marão, em Amarante, milhares de árvores autóctones estão disponíveis para serem apadrinhadas por avós e netos, numa nova iniciativa. Até agora, neste novo Bosque dos Avós já se plantaram mais de 1600 exemplares ao longo dos dois hectares deste espaço, na localidade de Aboadela.


José Claudino Silva, um dos mentores do Bosque dos Avós, adiantou que, uma vez que estes dois hectares já estão preenchidos, foram plantadas recentemente milhares de exemplares, como carvalhos e bétulas, que podem ser apadrinhados nos terrenos contíguos, de baldios, seguindo o mesmo conceito.

Na prática, a ideia é colocar avós a plantar e apadrinhar uma ou mais árvores autóctones com o nome dos netos (atualmente, já são mais de 400), assumindo o compromisso de cuidar das plantas. Para José Claudino Silva, esta pode ser uma oportunidade para que, no futuro, se crie um “imenso espaço natural” que devolva ao Marão as suas espécies autóctones.


Há quase 1600 árvores à espera de serem apadrinhadas. (Fotografia: Bosque dos Avós)

O presidente do conselho diretivo dos Baldios de Aboadela indicou à Lusa que o espaço sugerido agora pelo projeto Bosque dos Avós tem cerca de 15 hectares e integra um projeto de reflorestação iniciado em 2019. Álvaro Marinho disse ser “bem-vinda” a ideia de se poder apadrinhar árvores naquele espaço contíguo. “Estamos sempre abertos a projetos e ideias que visem a melhoria das condições deste território”, referiu, assinalando que naquela área se procedeu recentemente à reposição de várias plantas que morreram durante o verão.

O projeto Bosque dos Avós arrancou em 2018 com a plantação de 400 árvores, num terreno cedido pelo Conselho Diretivo dos Baldios de Aboadela, com apoio da União de Freguesias de Aboadela, Sanche e Várzea e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Fonte: Evasões

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