Lucro de bilionários como de chinês Jack Ma, líder do Alibaba, contrasta com desigualdade que alargou abismo entre ricos e pobres neste ano.
As pessoas mais ricas do planeta ficaram ainda mais ricas em 2014, adquirindo pelo menos US$ 92 bilhões em sua fortuna coletiva, revelou o Índice de Bilionários da Bloomberg. O patrimônio líquido dos 400 bilionários mais ricos do mundo foi de US$ 4,1 trilhões conforme dados divulgados em 29 de dezembro deste ano.
De acordo a agência de notícias financeira norte-americana, os lucros deste ano acontecem em meio à queda nos preços de energia.A Bloombergtambém responsabiliza a “turbulência geopolítica” incitada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, que teria favorecido alguns desses bilionários.
Em 2014, o principal vencedor foi Jack Ma, co-fundador do Alibaba Group Holding Ltd., a maior empresa de comércio eletrônico da China. Ma, um ex-professor de inglês de 50 anos que iniciou a empresa em seu apartamento em 1999, obteve um lucro anual de US$ 25,1 bilhões, ultrapassando Li Ka-shing, o então homem mais rico da Ásia.
Além de Ma, outros dois ganhadores neste ano foram Warren Buffett e Mark Zuckerberg, nos Estados Unidos. Diretor executivo da empresa Berkshire Hathaway, Buffet obteve lucro de US$ 13, 7 bilhões. Já o criador do Facebook acrescentou em seu cofrinho mais US$ 10, 6 bilhões nos últimos 12 meses.
Neste ano, Buffet ultrapassou no posto de segundo homem mais rico do mundo o bilionário mexicano Carlos Slim, que lidera um conglomerado de comunicações. O cargo de mais rico do planeta ainda é do co-fundador da Microsoft Bill Gates, que mantém uma fortuna de US$ 87, 6 bilhões. No Brasil, Jorge Paulo Lemann, o mais rico do país, teve aumento de US$ 3,2 bilhões em seu bolso.
De acordo com o grupo Oxfam, em relatório publicado em outubro deste ano, o número de bilionários ao redor do planeta dobrou desde 2008, quando deu-se inicio à crise financeira em escala global. De acordo com o material, as 85 pessoas mais ricas têm o equivalente à metade mais pobre do mundo.
À Agência Brasil, o diretor da Oxfam no Brasil, Simon Ticehurst, explicou que entre as causas da desigualdade, que aumenta cada vez mais o fosso entre ricos e pobres, está o “fundamentalismo do mercado”, que promove um crescimento econômico, beneficiando apenas a elite.
No ano passado, o relatório "Credit Suisse 2013 Wealth Report", um dos mapeamentos mais completos sobre o assunto divulgados recentemente, divulgou um estudo que aponta que 0,7% da população concentra 41% da riqueza mundial.
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