O Município da Maia é o primeiro do país a indexar a tarifa do serviço de gestão de resíduos urbanos à sua produção. Assim, os munícipes passam a pagar o serviço em função do volume de resíduos indiferenciados produzidos, o que significa que, quanto mais reciclarem, menos pagam.
Desde maio de 2021, período em que o projeto “Recicle Mais, Pague Menos” da Maiambiente foi implementado, 11300 clientes receberam uma fatura virtual designada Ecocontribuição, através da qual puderam perceber a tarifa que pagariam, se calculada através do novo modelo, bem como a respetiva variação conforme o seu comportamento, face à separação de materiais para reciclagem. Agora, com o começo do novo ano, inicia uma nova fase da iniciativa pioneira, sendo emitida uma única fatura que integra as tarifas do serviço de abastecimento de água, de saneamento e de resíduos urbanos – a Pay As You Throw (PAYT).
No passado dia 17 de fevereiro, o Presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, explicou em Conferência de Imprensa que “Em Portugal, salvo casos pontuais de reduzidíssima expressão, os sistemas tarifários dos serviços de resíduos urbanos desenvolveram-se, e continuam a desenvolver-se, com base numa tarifa variável indexada ao consumo de água, que a maioria das vezes não reflete a efetiva produção de resíduos de cada família. Esses sistemas tarifários em vigor vão contra os princípios da justiça e da equidade no pagamento dos serviços prestados ao cidadão. Este modelo não é justo para as famílias que adotam Boas Práticas Ambientais. Este modelo não premeia o cidadão que diariamente separa os seus resíduos e os encaminha para reciclagem, o cidadão que reutiliza as suas embalagens – o cidadão Ecoconsciente”.
Para Pedro Sousa, Presidente da Quercus – Núcleo Regional do Porto, “Além de mais justo e equitativo para o cidadão, este sistema reduz a produção de resíduos indiferenciados, evitando a sua deposição em aterro promovendo assim uma maior circularidade e a sustentabilidade ambiental”, sublinhou.
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