Please read the Six-point Plan for turning the tide of the world´s dioxide by 2020 and share widely and act.
54 graus no Irão: Pode ser a temperatura mais alta de sempre registada no planeta-
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O mundo tem apenas três anos para reduzir significativamente as suas emissões de gases do efeito estufa ou as mudanças climáticas vão afetar perigosamente a Humanidade. Aviso de um grupo de 60 cientistas e outras personalidades, numa carta publicada pela renomada revista científica Nature.
No comunicado,publicado na revista Nature, em 28 de Junho de 2017, o grupo de cientistas aponta que a taxa do nível do mar subiu 50% nos últimos 25 anos, ao passo que os últimos três anos foram os mais quentes desde que se iniciaram os registos das temperaturas pelo mundo, o que significa que governos, empresas e cidadãos precisam de refletir sobre as mudanças climáticas.
“Se as emissões continuarem a subir até 2020, ou mesmo se mantenham nos mesmos níveis, os objetivos de temperatura estabelecidos no Acordo de Paris serão inatingíveis”, explicam os cientistas, que citam um relatório publicado em abril de 2016.
“Reduzir as emissões a nível mundial é uma tarefa monumental, mas a investigação nos diz que é necessário, desejável e alcançável”, acrescentam.
Uma das consequências mais claras do aquecimento global são notadas na Gronelândia e na Antárctida, que estão a perder as suas camadas de gelo muito rapidamente, ao passo que o gelo também está a desaparecer no Ártico e os recifes de corais “estão a morrer por causa do calor”.
“Ecossistemas inteiros começam a ser destruídos. Os impactos sociais das alterações climáticas, secas e elevação dos mares são inexoráveis, e afetam primeiro os mais pobres e os mais fracos”, lamentam os cientistas. A subida das temperaturas ameaça alterar ecossistemas de uma maneira não vista há pelo menos dez mil anos”.
Foi essa perspectiva que fez o Acordo de Paris definir os limites de emissões de carbono, a fim de evitar que o limite anual de aumento fixado em 1,5ºC não seja ultrapassado. E para permitir que as emissões não voltem a subir, enquanto a economia mundial tenha tempo para se adaptar, os cientistas sugerem algumas medidas:
1.Aumentar a energia renovável para 30% do consumo de eletricidade;
2. Projetos e planos para cidades e estados abandonarem os combustíveis fósseis até 2050, com um financiamento de 300 mil milhões de dólares anuais;
3. Certificar-se que 15% de todos os novos veículos vendidos no mundo são elétricos;~
4. Reduzir as emissões líquidas provenientes do desmatamento;
Reduzir pela metade as emissões de carbono da indústria pesada até 2050;
5. Incentivar os governos e bancos privados para emitir mais “títulos verdes” para financiar os esforços de mitigação climática.
A carta foi assinada por 60 cientistas, políticos, empresários e ativistas, incluindo o ex-presidente do México, Felipe Calderón, a ex-presidente irlandesa, Mary Robinson, e o CEO da Unilever, Paul Polman.
“Haverá sempre aqueles que vão esconder as suas cabeças na areia e ignorar os riscos globais das mudanças climáticas. Mas há muitos mais de nós que estão comprometidos a superar essa inércia. Vamos ser otimistas e agir com ousadia”, concluem os autores.
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