A NVIDIA desenvolveu uma ferramenta que, recorrendo a Inteligência Artificial, consegue criar rostos humanos extremamente realistas... Haverá limites para a atuação da IA?
Nenhum dos rostos que encontra na imagem acima existe, na realidade. Podiam ter sido alvo de uma simples manipulação no Photoshop ou outro editor de imagem, mas não. Estes rostos ultra realistas foram concebidos por uma ferramenta da NIVIDA que faz uso da Inteligência Artificial. Por muito incrível que possa parecer, nenhuma destas pessoas existe.
Esta nova tecnologia foi descrita num paper da autoria de investigadores da NVIDIA que recorreram a uma técnica denominada generative adversarial network (GAN), redes adversariais generativas, numa tradução livre para português.
Esta tecnologia existe desde 2014 e a evolução registada tem sido notória, como pode ser constatado num paper publicado na altura. Este paper, para além de introduzir o conceito e a tecnologia associada, mostra ainda o nível em que estava na época.
Esta técnica faz uso da Inteligência Artificial e das suas capacidades em reconhecimento visual, para além de conjugar diversos parâmetros de indivíduos, cruzando-os posteriormente e resultando no rosto virtualmente concebido.
O conceito base é o mesmo desde 2014 mas a evolução da tecnologia levou a que revelasse resultados tão ímpares em apenas quatro anos. Para isso, os investigadores da NVIDIA tiveram de desenvolver a Inteligência Artificial durante uma semana com oito poderosas GPUs. Sobre esse processo foi partilhado o seguinte vídeo.
Têm sido vários os alertas e implicações sociais levantadas pelo avanço tecnológico das soluções baseadas em Inteligência Artificial. Os utilizadores olham com alguma desconfiança para esta tecnologia e de facto muitas das suas utilizações são em temáticas muito sensíveis e complexas que criam assim algum choque ético.
Esta possibilidade de criar rostos virtuais abre uma espécie de caixa de Pandora que poderá vir a ser usada em situações menos positivas, podendo acabar por ter impactos profundamente negativos na sociedade.
Apesar de a vertente ética da técnica de GAN não ter sido abordada no paper, teria sido interessante os investigadores investigarem um pouco mais os hipotéticos impactos que esta tecnologia poderá ter.
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