Bem sei que estou a ser mesquinha, e que isto é um detalhe sem importância, mas é muito cómico:
José Rodrigues dos Santos escreveu de novo a rebater os argumentos de quem critica o modo como falou do Holocausto e as informações que deu na famosa entrevista da RTP. Como não podia deixar de ser, começa por dizer que se lermos os livros dele vamos compreender melhor (nem sei porque é que ainda me surpreendo). Depois, bastante mais à frente, em resposta a João Pinto Coelho, diz:
"Quanto a eu ter dito “nenhum autor português escreveu sobre o assunto”, o que eu disse na entrevista à RTP foi que “não estou a ver nenhum autor muito conhecido que tenha ainda tratado o tema”, mencionando José Saramago e Lobo Antunes. Já vi que se considera nessa categoria, e não o vou desmentir porque acho muito bem que seja um homem confiante e que acredite em si e nas suas capacidades (...)."
Se bem me lembro, aquela parte da entrevista era para explicar porque é que decidiu escrever sobre o assunto: porque ainda não havia livros de escritores portugueses sobre isso.
Se responde agora a João Pinto Coelho dizendo que se referia apenas a escritores do nível de um Saramago ou um Lobo Antunes, então ele próprio está a pôr-se no pedestal dos outros dois.
Mas acusa o João Pinto Coelho de "ser um homem confiante e que acredita em si e nas suas capacidades".
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