A medida destina-se a proteger a população local de golfinhos roazes e aplica-se a partir deste sábado, 15 de Julho até ao final de Agosto, anunciou o instituto que tutela a conservação da natureza.
Desta forma, até ao próximo dia 30 de Agosto, “não é permitida a observação de cetáceos – nomeadamente de golfinhos – e a permanência de embarcações marítimo-turísticas e recreativas na entrada do estuário do Sado”, sendo possível apenas a circulação ou a passagem de embarcações no local.
A informação foi divulgada esta sexta-feira numa nota de imprensa do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), responsável pela decisão sobre este medida de exclusão, divulgada também em edital.
Esta nova medida, de carácter “experimental”, inclui-se entre várias propostas de acções a aplicar a curto prazo. Foi tomada com base nas conclusões e nas propostas de um estudo de reavaliação da capacidade de carga de observação de cetáceos no Estuário do Sado e na zona marinha adjacente, explica o instituto.
Para esta decisão, foi tomada também em consideração a “fragilidade” da população local de golfinhos. Em causa está o “número reduzido” de indivíduos e a “probabilidade de não ocorrer um aumento populacional até ao final de 2030”, acrescenta a nota de imprensa.
A população residente de golfinhos roazes (Tursiops truncatus) do estuário do Sado conta atualmente com cerca de 25 indivíduos, muitos dos quais com idade superior a 40 anos, adianta o instituto.
“Após a tendência de declínio observada na década de 90, seguiu-se um ligeiro incremento com a sobrevivência das crias nascidas a partir de 2010. Continuam, no entanto, a existir factores de risco que podem dificultar a capacidade de recuperação da população e a tornam especialmente vulnerável a perturbações causadas pelas atividades humanas.”
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