Seca no Rio Negro, no Amazonas [Fonte: Folha de Pernambuco] |
Com uma forte dependência elétrica das barragens construídas na região amazónica, os reservatórios não têm água suficiente para satisfazer a crescente procura nacional.
Em situações como esta, o Equador está habituado a importar excedentes de eletricidade da Colômbia, mas o país vizinho também enfrenta uma situação de seca e toda a sua capacidade de produção está a ser utilizada para abastecer o mercado interno, segundo as autoridades equatorianas.
A interligação elétrica com o Peru é ainda muito limitada e só nas próximas semanas é que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Europeu de Investimento (BEI) deverão assinar um financiamento de quase 250 milhões de dólares (cerca de 236 milhões de euros) para a construção de uma linha elétrica de alta tensão de 500 mil volts no lado equatoriano da fronteira, que só estará operacional pelo menos em 2026.
Os primeiros cortes de eletricidade começaram na sexta-feira passada às 08:00 horas locais (13:00 em Lisboa) na maior parte do país e surpreenderam muitos cidadãos que desconheciam a medida anunciada menos de 24 horas antes pelo Governo.
As ruas tornaram-se em alguns momentos caóticas, uma vez que os semáforos deixaram de funcionar, obrigando a polícia a tentar gerir o trânsito nos cruzamentos mais movimentados.
Estes cortes de energia, que poderão prolongar-se até ao início de dezembro, deverão durar quatro horas por dia nas regiões serranas e amazónicas e três horas na região costeira, das 07:00 às 18.00.
Prevê-se que os cortes não afetem a produção de petróleo, um dos principais pilares da economia equatoriana, mas nenhuma autoridade foi capaz de especificar o impacto económico da medida.
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