domingo, 7 de março de 2021

Alterações climáticas têm consequências inevitáveis que a Europa quer antecipar

O objetivo é reduzir ao máximo as alterações climáticas, mas, entretanto, também é necessário arranjar forma de dar resposta às suas consequências inevitáveis. É isso que se está a tentar fazer na União Europeia.


Desde vagas de calor mortais e secas devastadoras a florestas dizimadas e à erosão do litoral devido à subida do nível do mar, as alterações climáticas têm já atualmente consequências gravíssimas na Europa, bem como no resto do mundo.

Embora a União Europeia esteja a tentar atenuar estas mudanças, está igualmente a apostar em fazer face às suas consequências inevitáveis. Neste sentido, adotou recentemente uma nova estratégia para a adaptação às alterações climáticas.

O conjunto de novas propostas centra-se mais na elaboração de soluções do que na compreensão do problema, com a intenção de passar do planeamento à execução concreta

Com a sua ação em matéria de adaptação às alterações climáticas, a UE pretende associar todos os setores da sociedade e todos os níveis de governação, no objetivo comum de trabalhar para construir uma sociedade resiliente às alterações climáticas.

Isso passa por melhorar os conhecimentos sobre os impactos das alterações climáticas e as soluções de adaptação; reforçar a planificação da adaptação às alterações climáticas e aumentar as avaliações dos riscos climáticos; acelerar as medidas de adaptação; bem como contribuir para reforçar a resiliência face às alterações climáticas a nível mundial.

As medidas de adaptação às alterações climáticas devem basear-se em dados sólidos e utilizar instrumentos de avaliação dos riscos que estejam disponíveis para todos — desde as famílias que compram, constroem e renovam casas até às empresas situadas nas regiões costeiras ou aos agricultores que planeiam as suas culturas.

Para o efeito, a estratégia propõe medidas que fazem avançar as fronteiras do conhecimento em matéria de adaptação às alterações climáticas para que seja possível recolher mais dados, e de melhor qualidade, sobre os riscos e perdas relacionados com o clima, tornando-os acessíveis a todos.

A Climate-ADAPT, a plataforma europeia de conhecimentos em matéria de adaptação às alterações climáticas, assume neste capítulo um papel de destaque e por isso será reforçada e ampliada.

De acordo com o definido, a plataforma também será dotada de um observatório específico para melhorar a identificação, a análise e a prevenção dos impactos das alterações climáticas sobre a saúde.

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