"Quando reconhecemos a unidade de todas as coisas vivas, neste momento surgem as perguntas: como podemos manter nossa vida com o menor dano possível às vidas ao nosso redor? Como podemos prevenir que nossa própria vida adicione sofrimento ao mundo em que vivemos? Encontramos entre os animais, como entre os homens, a capacidade de sentir prazer e a capacidade de sentir dor; os vemos mover-se por amor e ódio; os vemos sentindo terror e atração; reconhecemos neles capacidade de sensações muito similares às nossas, e apesar de os superarmos imensamente em intelecto, em meras características passionais, nossa natureza e a dos animais estão muito ligadas. Sabemos que quando eles sentem terror, este terror significa sofrimento. Sabemos que quando são feridos, isso significa dor para eles. Sabemos que as ameaças lhes causam sofrimento; eles se encolhem, sentem medo, sentem a ausência de relações amistosas e, de imediato, começamos a ver que em nossas relações com o reino animal surge um dever que todas as mentes pensantes e compassivas deveriam reconhecer: o dever de ser seus guardiões e de ajudá-los, e não sermos seus tiranos e opressores. Não temos o direito de lhes causar sofrimento e terror só para a gratificação do paladar, só por um luxo a mais em nossa vida."
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