quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Walt Patterson- analista independente sobre assuntos Energia e Ambiente

Na sua página oficial o autor disponibiliza-nos um arquivo de livros artigos, discursos e outros escritos totalmente gratuitos sob vários assuntos em Energia e Ambiente: eletricidade, poder nuclear, combustíveis fosseis, renováveis, sistemas de energia e política de energia.







Earthscan é a editora dos seus livros.





segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

James Hansen talks about the urgency of the climate crisis


“Poor Jim Hansen. He’s a tragic hero,” said Naomi Oreskes, a Harvard academic who studies the history of science. “The Cassandra aspect of his life is that he’s cursed to understand and diagnose what’s going on but unable to persuade people to do something about it. We are all raised to believe knowledge is power but Hansen proves the untruth of that slogan. Power is power.”

That power has been most aggressively wielded by fossil fuel companies such as Exxon and Shell which, despite being well aware of the dangers of climate change decades before Hansen’s touchstone moment in 1988, funded a network of groups that ridiculed the science and funded sympathetic politicians. Later, they were to be joined by the bulk of the US Republican party, which now recoils from any action on climate change as heresy.

“Obama was committed to action but couldn’t do much with the Congress he had,” Oreskes said. “To blame the Democrats and Obama is to misunderstand the political context. There was a huge, organized network that put forward a message of confusion and doubt.”

Climate scientist Michael Oppenheimer, who testified at the same 1988 hearing about sea level rise, said the struggle to confront climate change has been “discouraging”.

“The nasty anti-science movement ramped up and now we are way behind.”

“I’m convinced we will deal with the problem,” he said. “[But] not before there is an amount of suffering that is unconscionable and should’ve been avoided.”

Biografia: James Hansen

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Thomas Tallis - "If Ye Love Me"


A ouvir Tallis, com esta interpretação e este vídeo!! Há beleza e ainda bem e muita no mundo em que vivemos.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Andy Warhol- 20 anos (faria 79 anos)

"People need to be made more aware of the need to work at learning how to live because life is so quick and sometimes it goes away too quickly."~ Andy Warhol



Teledisco homenagem Lou Reed and John Cale - "Hello It's Me". Não consigo ouvir este tema sem chorar ou emocionar-me imenso.


"As pessoas precisam ser mais conscientes da necessidade de trabalhar em aprender a viver porque a vida é tão rápida e às vezes ela vai embora rápido demais." ~  Andy Warhol

Página Oficial e Museu

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Fotografia da Natureza e Educação Ambiental

Desde o início da história da fotografia, o mundo natural constitui um dos grandes temas explorado pelas objectivas de amadores e profissionais. Captar a imponência de uma paisagem, a beleza efémera de uma papoila, ou o brilho astuto nos olhos de um lobo, são tudo formas de expressar o nosso intemporal fascínio pelas diversas manifestações naturais do planeta.
Texto retirado do Curso Fotografia da Natureza, promovido pela Campo Aberto e que irá decorrer entre os dias 10 e 11 de Março. Mais informações aqui

Embora não podendo estar presente no Curso, tenho uma paixão enorme pela fotografia, especialmente da Natureza.Como pequeno currículo, possuo um Curso de Oficina de Fotografia, de 50 horas, promovida pelo Centro de Formação Professor.

Depois, dedico-me à prática desta excelente actividade e à recolha de informação e formação em revistas, foruns e autores que admiro. Anos e anos, horas e horas que percorro e repito e reflicto nas suas fotografias.


Então resolvi fazer um
Dossier de Fotografia da Natureza, Fotógrafos e Educação Ambiental, daquilo que já possuo, muita da informação e autores são já minha referência, outros irei descobrindo e claro que irei actualizando o Dossier. Pena alguns autores que eu conheço não tenham site ou desenvolvam blogues. Estão apenas em livros.

A fotografia da Natureza é uma fascinante e louvável temática, em que muitas fotos são percursos de vida, pequenas histórias, muitas familiaridades e sobretudo muita sensibilidade pelo espaço, luz, seres vivos e o acto de fixar o tempo dessa composição.
Cada foto torna-se portanto um acto de Educação e de Educação Ambiental.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

História da ecologia: o trabalho pioneiro de Eugen Warming no Brasil e na Europa

Por Cláudio José Von Zuben


Quando se considera a história da ecologia, é pouco conhecido o papel de alguns pesquisadores no desenvolvimento mundial desse ramo da ciência. Dentro desse contexto, é importante ressaltar o trabalho pioneiro do biologista dinamarquês Eugen Warming, autor do primeiro livro no mundo devotado especificamente à ecologia, uma obra gigantesca intitulada Symbolae ad floram Brasiliae centralis cognoscendam   publicada em 1895. Um detalhe interessante é o fato desse pesquisador ter iniciado sua carreira no Brasil, tendo trabalhado em Lagoa Santa, a 40 Km de Belo Horizonte, de 1863 a 1866, pesquisando a vegetação da região. Seu trabalho pioneiro combinou sistemática, taxonomia, morfologia e biogeografia, sintetizando-as em uma nova ciência chamada ecologia. Ele formalizou a ideia de que uma comunidade natural é composta e caracterizada pelas espécies individuais que nela ocorrem. Eugen Warming é considerado o pai da ecologia vegetal e o fundador da ecologia nos trópicos.


Texto Completo: PDF

Quem foi Eugen Warming



segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

As actualizações
e nova
organização do Bioterra

Foto de João Soares, Serralves, Fevereiro de 2007


Porque considero importante estar informado, informar-me e verificar que todos os dias utilizo, leio, consulto sites,relatórios e navego na internet para efectuar pesquisas para o meu trabalho de docente, de blogueiro e formação pessoal,fico triste por ficarem apenas nos meus arquivos ou em favoritos e por outro lado, se os colocasse friamente no lado esquerdo do meu BioTerra, seriam porventura alvo de esquecimento ou de menor atenção que eles tanto merecem.Assim considero que a criação de Destaques do BioTerra e a criação de Dossiers (ricos por sua vez em informação) será uma óptima medida de não só conhecerem, divulgarem e promoverem tantas possibilidades e esperanças e projectos que veiculam em Portugal, Europa e no Mundo em geral, como de eu partilhar convosco esses saberes dessas pessoas, muitas trabalhando comigo na realidade, outras em redes e foruns que eu participo e outras ainda que graças a elas também vou progredindo e me ensinam muito.Portanto, de tempos a tempos, aviso os meus leitores a visitarem com uma certa regularidade os seguintes dossiers: Recursos úteis a todos os biólogos, Bioética Profunda e Revistas Científicas,E-Books,Bases de Dados e Relatórios (pois estou constantemente a actualizar).
As outras postagens que se encontram em Destaques no Bioterra, vão também estando atentos porque irão sendo acrescentadas e algumas melhoradas .Mas os objectivos estão sempre perto do espírito do BioTerra.

Mais uma vez a todos vós agradeço a vossa força, os vossos contributos por um mundo mais sustentável e em partilhar o mesmo sentimento de esperança que eu sinto ao ler-vos.A todos os meus amigos, mesmo os que (seja pelo que motivo for já não escrevem o seu blogue....alguns deixaram-nos para memória futura e generosidade pela simples partilha de saberes) o meu eterno obrigado.

domingo, 18 de fevereiro de 2007

A sabedoria de um homem está em usar seu sofrimento como alicerce de sua maturidade


O lamento é o suspiro dos fortes, é o alicerce da maturidade do Homem e da Humanidade. Só passando por certas perdas é que se adquire em nós essa profundidade. O resto é "capa" desta era hiper-moderna e (muito) medíocre.

 
Ashes and Snow by Gregory Colbert from Gregory Colbert on Vimeo.

"A sabedoria de um homem não está em não errar, chorar, se angustiar e se fragilizar, mas em usar seu sofrimento como alicerce de sua maturidade."~Augusto Cury
Ler sobre Hipermodernidade
Video retirado do projecto Ashes and Snow

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Economia da conservação da natureza: sobre a necessidade de uma abordagem económica à constituição e gestão das áreas protegidas Portuguesas


O texto de Carlos Rio Carvalho sugere um procedimento geral para a abordagem económica da conservação da natureza em que se inclui a determinação das questões económicas subjacentes aos problemas de conservação. A análise de custo benefício (ACB) engloba no seu âmbito as políticas de conservação. Entre as suas principais limitações contam-se a fundamentação física dos input e o racional para a actualização de fluxos. Os interessados poderão descarregar gratuitamente este documento a partir do Pluridoc.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

A Natureza na Teosofia


Palestra A Natureza na Teosofia- 23 de Março de 2007
Obras de alguns dos grandes representantes da Teosofia, como Helena Blavatsky, C. W. Leadbeater e Annie Besant, foram traduzidas em português por um dos maiores nomes da nossa cultura, Fernando Pessoa, cuja poesia sofre também alguma influência dessa corrente de pensamento. Outros vultos da cultura mundial, como o grande músico russo Alexander Scriabine, o escritor D. H. Lawrence e o poeta Yeats, os pintores Mondrian e Kandinsky, foram igualmente influenciados pela Teosofia. A forma como a Teosofia vê a Natureza é o tema da terceira sessão do ciclo A NATUREZA NAS FILOSOFIAS E RELIGIÕES.
Para Saber Mais
Blavatsky Foundation

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Reorganização da Lista de Blogues Ambientais - EnviroBlogRoll

Foto de João Soares, Serralves, Fevereiro de 2007



Por questões de organização do meu blogue e porque felizmente o número de blogues de carácter ambiental têm crescido ano após ano, achei melhor fazer uma única secção, do lado esquerdo logo por baixo do Terra Viva, a qual chamei Lista de Blogues Ambientais.Foi reorganizada e estará, como é óbvio em constante actualização.Se falhar algum na lista,ou sempre que mais um blogue ambiental não conste dessa listagem avisem-me nos comentários,por favor e eu terei muito gosto em a actualizar.Bem como façam o mesmo em relação à lista dos amigos do Biotera (mais ao fundo e, também do lado esquerdo,do meu blogue).Abraços

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Pedro Bingre - as três etapas das urbanizações




Devem seguir-se as pisadas dos países mais exemplares: das três etapas das urbanizações — loteamento, infra-estruturação e edificação — estatiza-se (ou municipaliza-se) a primeira, faz-se da segunda uma empreitada de obras públicas, e privatiza-se a terceira. No Reino Unido, desde 1947, apenas os terrenos agro-florestais da Coroa britânica podem ser loteados e urbanizados; dessa forma se garante que 100% das mais-valias sejam retidas pelo Estado, e que os proprietários que percam terrenos rústicos recebam por eles o justo valor agrícola. Só assim se garante que haja liberalização do mercado de lotes edificáveis, sua redução do preço e aumento da qualidade. Por último, assim se torna desnecessária boa parte da perversa parafernália burocrática com que a administração pública tem procurado, sem sucesso, controlar os loteamentos privados. 2) Sem transparência político-administrativa não há cidadãos informados nem democracia. A quase total opacidade económica dos actos de planeamento urbanístico das entidades públicas, leva a concluir que este sector fere mortalmente a qualidade da democracia portuguesa. O mínimo que os cidadãos portugueses podem exigir aos instrumentos urbanísticos é que sejam acompanhados pela divulgação pública dos valores de todos os prédios rústicos e urbanos, antes e após a sua divulgação. Os valores dos terrenos rústicos e urbanizáveis expectantes devem ser calculados em função do uso efectivo durante a última década e não em função dos valores especulativos a que os proprietários os colocam no mercado sob a expectativa de um eventual alvará de loteamento. É preciso, que os cidadãos conheçam a valorização real dos terrenos.(retirado daqui)

Memorável a magnífica intervenção de Pedro Bingre na Ambio, em continuidade com uma entrevista dada ao Expresso, intitulada Mais-valias à espera de regras em 2005.
Outros artigos




segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Ecocasa- Energia Eólica e Energia Solar (esclarecimentos de dúvidas)

(por lista ambio)

Como amiga do ambiente gostaria de tentar ter uma casa o máximo amiga do ambiente(ecocasa). Tenho projecto de vivenda em fase de apreciação na câmara.

Penso instalar um sistema de aquecimento das águas sanitárias para família de 4 pessoas, por paineis solares, aquecimento central por piso radiante (aquecido com energia solar e completo com gás ou bomba calor, etc.
Gostaria de ouvir a vossa opinião sobre a forma mais económica e com retorno do investimento mais rápido .
Está prevista uma lareira, fará sentido a instalação de recuperador de calor?

Em termos de produção de energia eléctrica através da eólica,tenho tentado o contacto com várias empresas mas ainda não consegui nenhuma resposta ou me mostram que é melhor eu não me meter nisso porque ainda é caro e não é viável. Será assim ou existe alguma empresa capacitada para o fazer a custos aceitáveis?
O meu consumo actual de electricidade em apartamento é de 45 €/mês mas isto sem aquecimento.

Se alguém quiser dar seu conselho agradeço.

Re1----------------------------------------------------------------------
Eu já tive uma caldeira em L instalada na lareira , em aço inóxidável e aquecia
a àguam mas a ideia de recuperador de calor é boa, outra questão importante é a
da calefacção de portas e janelas (usar tb vidros duplos) para evitar as perdas
de calor no tempo frio; por outro lado eu já vi na net uma empresa portuguesa a
vender uma eólica de 4,5 m para a instalação num prédio ou vivenda...seja como
for o melhor é fazer uma pesquisa no google sobre energias renováveis (solar
fotovoltaico, eólica)..Tb s espera para breve nova legislação q facilitará os
processo de ligação à rede da micro geração( processo q é mais económico p uma
cas já construida; no caso duma casa a construir podes pensar em instalar
paineis fotovoltaicos e mini eólica, mais a instalação de baterias p acumulação
além d conversor p 220 volts d modo a ligar electrodomesticos). Note*s q a
utilização da energia solar passiva tb conta: orintar a casa para ficar virada
para Sul...)

Re2

Vou dar uma ajuda com exemplos reais de sucesso, no entanto não vou referir empresas porque estes exemplos já tem alguns anos e por isso é natural que hoje em dia a oferta seja muito mais diversificada.
Numa casa de férias tive instalado um gerador eólico com pás de cerca de 1,2m a carregar um sistema de baterias. Isto já foi há uns bons anos por isso a instalação e desenho do sistema foi feita por pessoas não especializadas (a minha familia, basicamente). Sendo uma casa de férias o principal problema com que nos deparamos foi na manutenção das baterias pois acabavam por se estragar devido à falta de "descarga" (é como estarmos sempre a ligar e desligar o carregador do TLM sem o usarmos). A certa altura, optei por baterias "secas" pois a evaporação da água destilada era outro problema. Isto resolveu parcialmente a questão. Quando lá estava a passar férias as baterias davam-me autonomia para toda a iluminação da casa e pequenos electrodomesticos. Hoje em dia não tenho o gerador pois numa noite de ventania partiu uma das pás :( !
Ou seja, para casas com usos não continuos é conveniente montar um sistema de gestão das baterias para que estas não carreguem de mais nem de menos.

Um outro amigo meu tem uma casa (primeira habitação) onde com alguns paineis fotovoltaicos e baterias consegue ter autonomia para a iluminação e pequenos electrodomesticos o ano todo!
Na minha opinião o ideal é ter os dois sistemas (eolico e fotovoltaico). Não concordo com os pareceres que recebeu das tais empresas sobre a (in)viabilidade destes sistemas.

re3---------------------------------------------------------------------------------
Vou dar os conselhos que posso, não especificamente sobre eólicas e solar mas mais
gerais. Parto do princípio que tem arquitecto. Se tiver (e devia ter) cabe-lhe a ele,
também, uma parte significativa deste aconselhamento e desta pesquisa. Não disse
para que parte de Portugal se destina a habitação e isso teria sido importante.

1º - O pior que há a cuidar numa casa tem a ver com humidade e não com
temperatura. A humidade é que provoca doenças, deterioração dos materiais, e faz
com que a sensação de frio seja mais difícil de suportar. Paredes húmidas, águas
infiltradas, é o pior de tudo. Neste sentido há que observar bem o local de implantação
para ver se não vai construir sobre uma linha de água. As linhas de água do terreno
podem ser subterrâneas e não se verem com facilidade. Mas um arquitecto tem a
obrigação de saber analisar o declive do terreno e dos terrenos próximos, além do seu
tipo, para ter alguma ideia sobre este assunto. No entanto, na época do verão, e,
sobretudo, nestes últimos anos sem água, pode não haver indícios dela no terreno
mas vir a manifestar-se depois com tempo mais chuvoso. É sempre boa ideia
consultar as pessoas mais antigas da localidade, caso tenha dúvidas sobre o
comportamento da terra com tempo húmido.

O melhor revestimento para as paredes interiores é o estuque feito à maneira antiga,
que não é o que hoje em dia se usa mais. Este estuque absorve a humidade
excedente, fica sempre com aspecto seco.

Aliás, aparte alguma excepção, acho que os materiais tradicionais da região serão
provavelmente os melhores. Atenção que há equipas de construção que já não sabem
trabalhar com materiais tradicionais e impingem sistematicamente os processos que
para eles são mais rápidos.

2º - Tanto quanto sei (mas o que sei está pouco actualizado no que respeita a
materiais actuais) os materiais isolantes também podem evitar o arejamento
conveniente da casa. Em qualquer situação (se a casa fosse minha era isso que
achava) o mais importante tem a ver com arejamento, porque a casa precisa de
respirar. Os nossos corpos libertam humidade para além daquela que provocamos na
cozinha ou na casa de banho.

3º - A questão da temperatura (logo do ambiente) passa por evitar tudo o que são
pontes térmicas. Há um processo de construção que é muito comum usar em que uma
das paredes (em paredes duplas) de tijolo passa por fora dos pilares, tapando-os face
ao exterior e, assim, evitando o contacto directo com o interior através do pilar. Isto
provoca paredes mais grossas do que é normal (actualmente) e, eventualmente, uma
laje mais saliente que os pilares. Foi assim que construí a minha casa e nunca me
arrependi.

Quanto mais vidro tiver (mesmo que seja duplo) maiores serão as amplitudes térmicas
nas salas correspondentes. Os tradicionais alpendres, virados a sul ou a poente, as
palas, as árvores de folha caduca à frente da casa, são óptimas formas de evitar o sol
no verão e de o fazer entrar no Inverno. Mas, como já fez o projecto, pouco poderá
alterar. E, note bem, no projecto e na definição de materiais, está uma boa dose do
equilíbrio térmico da casa. O princípio essencial para manter a temperatura de uma
casa está na relação entre a superfície exterior (paredes e cobertura) e o volume de ar
interior. Quanto menor for a extensão da superfície menos trocas se fazem com o
exterior e quanto maior for o volume de ar maior será a inércia térmica. Seguindo esta
ideia o cubo é a forma ideal.

Note também bem: A questão da sensação de frio e de calor, é subjectiva. Varia
consoante o grau de humidade. Além de que varia muito consoante os hábitos de vida
dos seus habitantes. O melhor para enfrentar o frio e o calor é aceitar que são coisas
naturais e que o nosso corpo tem a capacidade de lidar com amplitudes térmicas. É
aqui que devia começar o “ambientalismo”. Essa é a minha opinião e já a tenho
comunicado frequentes vezes nesta lista.

Para além de tudo o que possa incluir, na construção da casa, ambientalmente
correcto – painéis solares, eólicas, recuperadores de calor (a lareira simples não é um
aquecimento eficiente) – deve capacitar-se que cada casa tem zonas e que haverá
sempre uma zona mais fresca, boa para os dias de verão, e outra mais quente, boa
para os dias de Inverno.

Pela razão acima, as casas antigas, em que o espaço não era um problema de
dinheiro, tinham mais do que uma sala de estar. Lembro-me que na casa dos meus
avós era hábito mudar a localização dos quartos e salas consoante as estações de frio
ou de calor. Isto dentro de Lisboa numa casa imensa claro está. Sei que não é hoje
comum abordar a habitação enquanto espaço espacialmente mutável. Porque há a
limitação constante das áreas.

Mas a polivalência dos espaços é muito importante para esta coisa do frio e do calor.
Porque permite “fugir” para as zonas mais frescas da casa no verão ou para as mais
quentes no Inverno. Cada casa tem sempre uma zona melhor para cada estação do
ano.

O problema fundamental da temperatura é querermos tudo:

A – que os nossos corpos não tenham o trabalho de se adaptar (e esta preguiça
pagamos caro com a doença)

B - que os nossos corpos vistam o vestuário da moda, frequentemente pouco ajustado,
na forma como nos materiais, às temperaturas extremas. A lã pura já caiu em desuso
assim como as fibras naturais são constantemente suplantadas pelas artificiais. E é
sabido que os sintéticos não proporcionam o mesmo grau de arejamento e/ou de
aquecimento.

C – que cada espaço da casa esteja “bem” em todos os dias do ano.

Com estas exigências máximas torna-se difícil, na minha opinião, manter a utilização
dos materiais e da energia em níveis, de facto, ambientalmente sustentáveis. O que se
faz é protelar a entrada no abismo...

Pode encontrar mais informação, e melhores, neste documento Arquitectura Bioclimática(pdf)

Agradeço esta postagem a Dulce Neto, Paulo Andrade e Tiago Pais e Manuela Soares

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Receitas Vegetarianas



Algumas Receitas

Tofu italiano:

Ingredientes (para 4 pessoas):

1 cebola picada
2 dentes de alho
2 colheres de sopa de óleo
500 gramas de tofu cortado em cubinhos
100 gramas de milho
300 gramas de ervilhas (pré-cozidas)
1/2 colheres de chá de orégãos
1/2 colher de chá de alho
500 gramas de molho de tomate
1 chávena de azeitonas pretas

Preparação:

Frita a cebola, o alho e o tofu no óleo durante 5 minutos. Adiciona os restantes ingredientes.
Cozinha durante 10 minutos e vai mexendo ocasionalmente.
Serve com esparguete ou outra massa à tua escolha.

Massa chinesa com vegetais:
Ingredientes:

200 g de massa chinesa ou esparguete fino
8 colheres de sopa de azeite
200 g de rebentos de soja
2 cenouras cortadas em tiras fininhas
1 talo de aipo cortado fino
½ pimento verde cortado em tiras fininhas
1 cebola média, cortada em tiras fininhas
1 colher de sopa de molho de mostarda
4 colheres de sopa de molho de soja
Sal e vinagre q.b.

Preparação:

Coze a massa em água e sal sem a deixar ficar muito mole. Escorre bem a água e introduz a massa no azeite quente (4 colheres de sopa), mexendo durante
alguns minutos, de modo a que a massa fique um pouco dura.
De seguida, escalda os legumes em água bem quente alguns minutos, e escorre bem a água. Numa frigideira coloca o restante azeite e introduz os legumes, que acabarão de cozinhar em lume brando até ficarem tenros.
Mistura a massa chinesa com os legumes e envolve bem.
Depois faz um molho com a mostarda, o molho de soja, o vinagre e o sal. Mistura este molho na massa com os legumes. Serve de imediato.

Bolinhos Falafel:
Ingredientes (para cerca de 20 unidades):

250 g de grão-de-bico deixado de molho, no mínimo por 24 horas
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de cominhos
1 colher de chá de coentro
1 cebola picada
2 dentes de alho amassados
pimenta do reino a gosto
2 batatas cruas médias
azeite (para fritar)

Preparação:

Leva à picadora todos os ingredientes. Mói tudo até formar uma massa homogénea e naturalmente húmida
Molda pequenos bolinhos e frita-os em azeite não muito quente.
Sugestão: Serve quente com o molho de tahina.

Bolo de Cacau:
Ingredientes (para 16 porções):

Bolo:
1/4 de chávena de cacau em pó (não adoçado)
1 1/2 chávena de açúcar
1 colher de chá de sal
3 colheres de chá de fermento
1/2 chávena de óleo
1/2 copo de água
3/4 de copo de leite de soja
65 g de tofu - amassado com garfo
3 chávenas de farinha de trigo


Cobertura:
2 1/2 chávena de açúcar
1/8 de chávena de cacau em pó sem açúcar
1 tablete de margarina vegetal derretida

Preparação:

Bolo:
Pré-aquece o forno a 180º. Unta duas formas médias e polvilha com farinha.
Bate na batedeira o cacau, o açúcar, o sal e o fermento. Adiciona o óleo, a água, o leite de soja, o tofu e bate até formar uma mistura cremosa.
Adiciona a farinha devagar, às colheradas. Coloca a massa nas formas e assa durante cerca de 30 minutos. Espera arrefecer completamente antes de colocar a cobertura.

Cobertura:
Num recipiente médio combina todos os ingredientes, mistura até ficar cremoso e coloca no bolo.
Nota que a massa tem duas camadas que serão unidas pela cobertura. Se quiseres aumenta a receita da cobertura e barra em todo o bolo.


Risotto de cogumelos
Arroz basmati
Cogumelos brancos frescos (3 embalagens, inteiros)
Vinho tinto de boa qualidade (um copo mal cheio)
Ervas provence
Cebolas (2/ 3)
Alho (4)
Azeite
Sal
Pimentão doce
Pimento laranja ou vermelho (opcional)
Natas de soja (há no continente e outros hipermercados, as normais não servem)
Queijo mozzarela ralado
Queijo parmezão em pó (opcional)

Preparação:

Cozinhar numa frigideira os cogumelos cortados com os restantes ingredientes (menos as natas e o queijo) lentamente, em lume brando. Fazer à parte o arroz basmati cozido só com água e sal (não deixar cozer demais).
Misturar os cogumelos com o arroz, as natas e o queijo numa assadeira e levar ao forno.


Caril de grão de bico
2 latas grão de bico
3 tomates bem maduros
polpa de tomate
3 cebolas
4 alhos
caril
pimentão doce
gengibre em pó
cominhos
especiarias asiáticas
ervas provence
sal
azeite
vinho quanto baste

Preparação:

Cozinhar numa panela as cebolas, alhos, tomates e especiarias. Juntar o grão de bico quando a cebola estiver cozida. Acrescentar novamente as especiarias. Servir com arroz basmati cozido só em água e sal.


Feijão preto
2 latas feijão preto (o melhor é o do Lidl)
3 cebolas
4 alhos
1 pimento laranja, amarelo ou vermelho
1 chouriço ou farinheira de soja (à venda em lojas de produtos naturais/ervanárias)
vinho qb
ervas provence
gengibre em pó
pimentão doce
azeite

Preparação:

(não juntar sal porque o feijão e chouriço já têm) cozinhar as cebolas, alhos e pimento com o chouriço cortado aos pedacinhos e o molho das 2 latas de feijão. Quando a cebola estiver cozida juntar o feijão e deixar cozinhar mais um pouco. Servir com arroz vaporizado (o do Lidl também é muito bom) cozido com cebola, alho e salsa.


Picado de soja
1 pacote de soja granulada fina ( a mais pequenina)
3 cebolas grandes
5 alhos
1 pimento laranja ou vermelho
alho francês
3 tomates maduros
polpa de tomate
cogumelos laminados
azeite
vinho qb
cominhos em pó (bastantes)
pimentão doce
salsa
ervas
gengibre
tomilho

Preparação:

Deixar a soja de molho mais ou menos 20 ms em água morna. Enquanto isso cozinhar os restantes ingredientes lentamente. Quando a cebola estiver cozida juntar a soja bem escorrida da água em que esteve de molho, mais polpa de tomate e especiarias e deixar cozer bem, lentamente e em lume brando. Mexer sempre. Quando estiver pronta pode-se congelar em doses. Com este picado pode-se fazer empadão, massas, pastéis, rissóis, etc. É muito mais saboroso e barato do que carne picada e é cruelty free!

Várias Receitas Vegetarianas

Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais

Centro Vegetariano

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Dossiê Geografia e Biogeografia

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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Ode à Montanha, por João Soares

Ode à Montanha


Majestosos pináculos de pedra e neve
Onde sobem mais que as nuvens azuis do céu
Nascentes de vulcões, de água e de flores
Trono de rochas e ventos

Ar dentro das florestas e em nossos pulmões
Nudez da alma
Historia do livro
Aberto da Terra

Joao Soares, 6 de Fevereiro de 2006


Um Dossier sobre Montanhas foi criado, estará sempre em actualização e está no lado esquerdo do Bioterra na secção Dossiês do Bioterra

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Educação Waldorf


Steiner Waldorf
Uma pedagogia alternativa. Uma formação com mais liberdade e em harmonia com a Natureza, saudável para o corpo, a alma e o espírito.
Esta semana de forte e justa contestação de muitos trabalhadores da função pública, pela defesa dos serviços públicos e pelo combate às injustiças, à precariedade, ao agravamento do desemprego, encerramento arbitrário e fusões de escolas, clivando mais as condições de acesso a bens colectivos e acentuando ainda mais a pobreza no nosso País...vale a pena conhecer e promover a pedagogia de Waldorf.



Mais informações:
14.900 entradas no Google


Crónica
A edição do Le Monde  contém várias notícias sobre a escola ecológica, ou mais propriamente sobre como fazer dos estabelecimentos de ensino verdadeiras escolas ecológicas. Desde os projectos pedagógicas às cantinas bio, passando pelos materiais utilizados nos edifícios e pelas fontes próprias de energias alternativas da própria escola a serem aproveitadas, o dossier constitui um bom repositório de ideias e sugestões de carácter ecológico com vista à formação de futuros eco-cidadãos.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Lanza del Vasto - criador do movimento Communautés de l´Arche



Comunidade de l'Arche
Lanza del Vasto é o fundador. Famílias cristãs vivem juntas na antiga Abadia de Santo António, que continua a ser restaurada. É um lugar de grande beleza, que atrai os turistas. Cada família tem o seu apartamento. Os jardins da Abadia parecem-me um paraíso. No horizonte perfilam-se as montanhas de Vercors.
A comunidade de l'Arche é muito apegada à não violência e ao respeito pela natureza. Seguindo um regime vegetariano, como não podia deixar de ser. A oração tem o seu lugar.
Todos os dias tomo o pequeno-almoço com uma família e o jantar com outra. Isto permite-me travar conhecimento com alguns jovens. Jovens que me parecem distantes em relação à comunidade de l'Arche e indiferentes à religião. As suas preocupações são outras. A Abadia de Santo António está longe dos centros e das universidades. Ao meio-dia há a refeição comunitária. Sobre uma grande mesa são servidas travessas de legumes e frutos. Cada um se serve. As bebidas são água ou chá.
Fonte:Partenia



Vida e Obra de Lanza del Vasto(wiki)
Arche de Lanza del Vasto
Communauté de l'Arche de Saint-Antoine l'Abbaye

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Ernst Haeckel - Beija-flores, Trochilidae (Formas de arte da natureza, 1899)


Objectivos do Milénio em Portugal- vídeo campanha

No ano 2000, 189 países reuniram-se nas Nações Unidas para partilhar uma visão e uma responsabilidade para assegurar a todos um desenvolvimento económico e social dignidade e justiça. Concordaram em 8 objectivos a atingir até 2015: os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio

Vamos acabar com a pobreza agora: Objectivo 2015

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Mobilidade e Morte :: Campanha australiana TAC - um filme a ver e partilhar.




VEJAM, REFLICTAM E DIVULGUEM.

CUIDADO IMAGENS MUITO FORTES MAS NECESSÁRIAS

Uma das maiores empresas de marketing do mundo, resolveu passar uma mensagem para todos, através de um vídeo criado pela ONG Australiana TAC (Transport Accident Commission) e que teve um efeito drástico na Inglaterra.


Não temos este tipo de iniciativa aqui em Portugal. Espero que todos assistam, mesmo que não se alcoolizem ou usem algum tipo de drogas, e que reflictam e passem para os seus contactos. Orientem os vossos filhos, sobrinhos, amigos, etc.

Ler estudos realizados sobre o impacto desta campanha

Investigation of audience perceptions of TAC road safety advertising

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Poema da Semama: Pudesse eu, por Sophia Andresen

Pudesse eu
Pudesse eu não ter laços nem limites...
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes.

Sophia Andresen