sexta-feira, 28 de julho de 2006

quinta-feira, 27 de julho de 2006

Reduza a sua exposição ao telelixo e à publicidade! Faça os seus sonhos!


Caríssimos
Li atentamente este artigo do jornalista
Luciano Pires, que denuncia o telelixo que invadiu o nosso quotidiano, os videogames e toda a parafernália de tecnologias e maquinetas.
Sim, é a TV muito do mal de muitas nações hoje em dia e é acusada de roubar utopias. Agrava-se tudo com a publicidade massiva, ao roubar/aniquilar valores muito importantes e até a memória dos povos...mas também tem ou teve momentos que contribuiu para a libertação de nações (relembro o caso Watergate e quantos jornalistas honestos são mortos e/ou vítimas de perseguição...)
Mas, na minha perspectiva há mais: é o mau uso e o abuso de tecnologias por parte dos cidadãos que interferem nas comunicações e no essencial: nos afectos, nas balizas do livre arbítrio e valores e na orientação necessárias à educação para a autonomia dos jovens de hoje, seja no Brasil seja em Portugal, onde vivo.
Temos que estar conscientes que estamos na globalização, que de facto é uma uma era de enorme desregulação mas há propostas alterglobal e glocal e depende de TODOS dar ESTE SALTO , este golpe de asa entregando-nos mais à Natureza e aos Sonhos de um mundo de Paz, Liberdade e Fraternidade.
Este voo de cada um, é um pequeno contributo ético para reorientar o barco da humanidade.

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Biografias - James Lovelock



James Ephraim Lovelock CH, CBE, FRS (Hertfordshire, 26 de julho de 1919) é um pesquisador independente e ambientalista que vive na Cornualha (oeste da Inglaterra). 

A hipótese de Gaia foi sugerida por Lovelock, com base nos estudos de Lynn Margulis, para explicar o comportamento sistêmico do planeta Terra. A Terra é vista, nesta teoria, como um superorganismo. 
Após estudar química e matemática na University of Manchester obteve um cargo no Medical Research Council do Institute for Medical Research em Londres. 
Em 1948 obteve um Ph.D. em medicina no London School of Hygiene and Tropical Medicine. Tem conduzido pesquisas em Yale, Baylor University College of Medicine, e Harvard University. 
Lovelock inventou muitos instrumentos científicos utilizados pela NASA para análise de atmosferas extraterrestres e superfície de planetas. Para Lovelock o contraste entre o equilíbrio estático da atmosfera de Marte (muito dióxido de carbono com pouquissímo oxigénio, metano e hidrogénio) e a mistura dinâmica da atmosfera da Terra é forte indicio da ausência de vida naquele planeta. 
Em 1958 inventou o Detector de Captura de Eletrões, que auxiliou nas descobertas sobre a persistência do CFC e seu papel no empobrecimento da camada de ozono. 

Mais Leituras 
(wiki)

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Casa de Folhas

Animal Collective - Leaf House



Sítio Fabuloso e Sonhador, em defesa do Ambiente e da Paz (da Galiza)
Contos Solidários (clique na imagem)
Para todas as idades

domingo, 23 de julho de 2006

Será a Guerra tão velha como a Humanidade?

Poema em G
Graça não gosta da guerra.
Guilherme não gosta da guerra.
Guida não gosta da guerra.
A guerra matou-lhes o pai.
A guerra queimou-lhes a casa.
A guerra espantou-lhes o gado.
Graça, Guilherme, Guida gritam.
As granadas estoiram.
Agora o sangue irriga as ruas.
Graça, Guilherme, Guida
querem gritar
à gente grande
que se fica sempre a perder,
mesmo que os generais
ganhem as guerras.



Poema de Luísa Ducla Soares

sábado, 22 de julho de 2006

Agricultura e Ambiente - a 3ª Via

Carlos Neves
Publicado em 03-06-2002, na Agroportal
Tenho acompanhado com atenção as várias notícias que chegam da Alemanha relativamente aos produtos de agricultura biológica contaminados com pesticidas. Independentemente dos responsáveis que vierem a ser encontrados, está lançada a suspeita sobre os produtos biológicos: a mesma comunicação social que “elevou aos altares” a agricultura biológica por oposição à agricultura convencional dos antibióticos, hormonas e vacas loucas, vai agora explorar o escândalo até aos limites. E, assim como muitos consumidores não conseguem ver um bife sem pensar em vaca louca, também agora pensarão “pesticida” de cada vez que olharem um produto de agricultura biológica.
A comunicação social dos nossos dias tem uma enorme tentação de dividir o mundo em “bons” e “maus”, como nos antigos filmes de cowboys, procurando frases curtas e bombásticas para a capa do jornal ou o rodapé do noticiário da TV. As propostas de moderação e bom senso vendem pouco. Compreende-se, por isso, que a proposta de uma agricultura “radical”, sem produtos químicos, respeitadora do ambiente, fosse o ideal para apresentar como alternativa a todos os males da agricultura convencional, praticada por pessoas “egoístas” e sem escrúpulos, que só pensam no lucro fácil.
Sem querer pôr em causa o valor efectivo da agricultura biológica e as enormes potencialidades que representa para muitas regiões do nosso país, creio ser oportuno lembrar que a agricultura biológica não tem o exclusivo da protecção agro-ambiental e que, entre o extremo de uma agricultura “convencional” baseada no exagero de produtos químicos e mutações genéticas e outro extremo de rejeitar todas as descobertas científicas e produtos da indústria, há um meio termo que muitos já praticam em Portugal e que poderíamos muito bem baptizar como 3ª via.
De facto, podemos observar um paralelismo curioso entre a evolução política da humanidade e a evolução da agricultura, pois tanto a revolução agrícola como o capitalismo foram consequências da revolução industrial e também a agricultura biológica e o comunismo surgiram por oposição aos excessos e consequências negativas dos primeiros.
Não vou naturalmente comparar a queda do muro de Berlim com este incidente que por acaso também aconteceu na Alemanha, mas, tal como foi proposta uma 3ª via intermédia entre o capitalismo e o comunismo, também será razoável defender uma agricultura sustentável que defenda o ambiente sem cortar radicalmente com todo o sistema de produção actualmente utilizado. Aliás, é isso o que já fazem milhares de agricultores em Portugal com a protecção integrada e a produção integrada, recorrendo ao apoio técnico de associações (como é o caso da AJAP) para utilizar o mínimo de produtos químicos no tratamento das culturas; É isso o que faz quem aplica as doses recomendadas nos rótulos e respeita os intervalos de segurança, não vendendo produtos com resíduos de pesticidas; É isso o que faz quem aplica estratégias de prevenção e bem-estar animal para evitar doenças e assim utilizar o mínimo de antibióticos no seu tratamento.
Cresci no meio de explorações de agricultura convencional, que utilizam adubos e pesticidas há dezenas de anos; Descobri depois a agricultura biológica e até me tornei sócio de uma associação que defende e promove esta forma de agricultura. Estou convencido que muita coisa tem de mudar na agricultura intensiva praticada actualmente, mas não acredito na sua substituição instantânea pela agricultura biológica que nos é proposta actualmente. Partilho com os agricultores biológicos os ideais de proteger o ambiente e a saúde dos consumidores (e agricultores) e partilho também o desejo de que haja por parte do Estado muito mais investigação no desenvolvimento da agricultura biológica, que ainda dá os primeiros passos. Mas, se nos preocupamos realmente com o ambiente e a saúde da população, não podemos utilizar a pouca agricultura biológica que temos actualmente como “descarga de consciência” ambiental, da mesma forma que as nossas cidades têm um “dia sem carros” e passam o resto do ano entupidas com engarrafamentos.
Precisamos garantir desde já a segurança alimentar em todas as formas de agricultura e um desenvolvimento agrícola sustentado, que respeite o meio ambiente, com bom senso, sem utopias de dispensar as multinacionais de agroquímicos (acredito mais depressa na pressão para que produzam também elas produtos mais “ecológicos”), sem pôr em causa todo o progresso científico que nos precedeu, com muito estudo e controlo nos produtos utilizados e produzidos e, sobretudo, sempre com bom senso e humildade para reconhecer que ainda temos muito para aprender.

sexta-feira, 21 de julho de 2006

Dossiê Consciência Animal e Senciência

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quinta-feira, 20 de julho de 2006

E- Livro "Biologia do Desenvolvimento" de Scott F. Gilbert

Biologia do Desenvolvimento

terça-feira, 18 de julho de 2006

Lixo e Cidadania- PARTE I

Sabiam que...
A palavra lixo deriva do termo latim lix que significa cinzas....


Cities in Dust


Lixo
Por Luis Fernando Veríssimo

Dois vizinhos encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam:
— Bom dia...
— Bom dia.
— A senhora é do 610.
— E o senhor do 612.
— É.
— Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
— Pois é...
— Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
— O meu quê?
— O seu lixo.
— Ah...
— Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
— Na verdade sou só eu.
— Mmmm. Notei também que o senhor usa muita comida em lata.
— É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
— Entendo.
— A senhora também...
— Me chame de você.
— Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim...
— É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes.
Mas como moro sozinha, às vezes sobra...
— A senhora... Você não tem família?
— Tenho, mas não aqui.
— No Espírito Santo.
— Como é que você sabe?
— Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
— É. Mamãe escreve todas as semanas.
— Ela é professora?
— Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
— Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
— O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
— Pois é...
— No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
— É.
— Más notícias?
— Meu pai. Morreu.
— Sinto muito.
— Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
— Foi por isso que você recomeçou a fumar?
— Como é que você sabe?
— De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
— É verdade. Mas consegui parar outra vez.
— Eu, graças a Deus, nunca fumei.
— Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...
— Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.
— Você brigou com o namorado, certo?
— Isso você também descobriu no lixo?
— Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora.Depois, muito lenço de papel.
— E, chorei bastante. Mas já passou.
— Mas hoje ainda tem uns lencinhos...
— É que eu estou com um pouco de coriza.
— Ah.
— Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
— É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
— Namorada?
— Não.
— Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo.Até bonitinha.
— Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
— Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo,
você quer que ela volte.
— Você já está analisando o meu lixo!
— Não posso negar que o seu lixo me interessou.
— Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
— Não! Você viu meus poemas?
— Vi e gostei muito.
— Mas são muito ruins!
— Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
— Se eu soubesse que você ia ler...
— Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
— Acho que não. Lixo é domínio público.
— Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público.O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
— Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
— Ontem, no seu lixo..
— O quê?
— Me enganei, ou eram cascas de camarão?
— Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
— Eu adoro camarão.
— Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente
pode...
— Jantar juntos?
— É.
— Não quero dar trabalho.
— Trabalho nenhum.
-Vai sujar a sua cozinha.
-Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
-No seu lixo ou no meu?

Texto extraído do livro O Analista de Bagé, L&PM Editores – Porto Alegre, 1981, pág. 83.


E-livro aconselhado


Oficina de Educação Ambiental

CGE COORDENADORIA DO GOVERNO ELETRÔNICO- Equipa de Atividades
Redacção - Stela K Pesso
Revisão - Carolina Motoki e Thiago Guimarães.

62 pp (pdf)

segunda-feira, 17 de julho de 2006

OSHO - O mundo nas mãos erradas?

Todas as revoluções fracassaram

-Amado Osho,Uma vez, você disse que este é um mundo maravilhoso, mas que ele estava em mãos erradas. Eu concordo com todo o meu ser. Eu sinto isso. Mas como poderemos deter essas mãos gananciosas que estão torturando a natureza e escravizando os homens, se não lutarmos e não brigarmos? Não é preciso destruir o velho, para se construir o novo?
-Essa é uma das armadilhas mais velhas em que o homem tem caído. Sim, eu disse que o mundo é muito belo, mas que ele está em mãos erradas - e, imediatamente, a sua mente começou a pensar em como destruir aquelas pessoas erradas, como tirar o mundo dessas pessoas erradas, livrá-lo de suas mãos.
Ao invés de transformar a si mesmo, ao invés de transformar a sua própria mente, você imediatamente começa a pensar em termos de política. Eu falo religião e você imediatamente interpreta como política. E isso parece lógico, Giovanni, porque isso parece perfeitamente correto: 'Mas como poderemos deter essas mãos gananciosas que estão torturando a natureza e escravizando os homens, se não lutarmos e não brigarmos'?
Mas, se você lutar e brigar, você acha que será capaz de transformar o mundo e toda essa situação? Ao lutar e brigar, você simplesmente vai se tornar como aquelas pessoas contra as quais você está lutando e brigando. Essa é uma das leis fundamentais da vida. Escolha seus inimigos muito cuidadosamente! Os amigos você pode escolher sem qualquer cuidado. Não há qualquer necessidade de se preocupar com os amigos, porque amigos não têm impacto sobre você, eles não impressionam você tanto quanto os inimigos. É preciso tomar muito cuidado com os inimigos porque você terá que brigar com eles. Ao brigar, você terá que usar as mesmas estratégias e as mesmas táticas deles. E você usará essas estratégias e táticas por anos e anos. Elas irão condicionar você. É assim que tem acontecido ao longo das eras.
Agora, quando eu digo que este mundo é muito belo, mas ele está em mãos erradas, eu não quero dizer para você começar a lutar contra aquelas mãos erradas. O que eu quero dizer é: por favor, não seja aquelas mãos erradas, e isso é tudo.
Eu não ensino revolução, eu ensino rebelião, e a diferença é grande. Revolução é política e rebelião é religiosa. Revolução necessita que você se organize como um partido político, como um exército, e lute contra os inimigos. Rebelião significa que você se rebela enquanto indivíduo, você simplesmente sai fora, desiste de todo esse esquema. Pelo menos você não deve destruir a natureza.
E se mais e mais pessoas se tornarem desviantes, o mundo poderá ser salvo. Essa será a verdadeira revolução, não política. Ela será espiritual. Se mais e mais pessoas abandonarem as velhas mentes e seus caminhos, se mais e mais pessoas se tornarem mais amorosas, se mais e mais pessoas forem não-ambiciosas, se mais e mais pessoas forem não-gananciosas, se mais e mais pessoas deixarem de estar interessadas em poder político, em prestígio, em respeitabilidade...
... Se milhões de pessoas no mundo simplesmente escapassem das mãos dos políticos, os políticos iriam morrer por si mesmos. Você não consegue lutar contra eles. Se você lutar, você mesmo se torna um político. Se você lutar contra eles, você se torna ambicioso, você se torna ganancioso. Isso não irá ajudar.
... Todas as revoluções políticas fracassaram tão completamente que somente os cegos podem continuar acreditando nelas.
Isso é alguma coisa nova! Isso foi feito antes também, mas não em larga escala. Nós temos que fazer isso em larga escala: milhões de pessoas têm que se tornar 'desviantes'! Por 'desviantes' eu não quero dizer que vocês têm que deixar a sociedade e ir para as montanhas. Você segue vivendo na sociedade, mas você deixa a ambição, você deixa a cobiça, você deixa o ódio. Você vive na sociedade e é amoroso; vive na sociedade como um ninguém.
Nós podemos mudar o mundo todo, mas não pela luta. Não desta vez. Chega! Nós temos que mudar este mundo pela celebração, pela dança, pelo canto, pela música, pela meditação, pelo amor, não pela luta. O velho tem que cessar, para que o novo surja, mas, por favor, não me interprete mal.
Certamente o velho tem que cessar, mas o velho está dentro de você, não fora. Eu não estou falando das velhas estruturas da sociedade, eu estou falando da velha estrutura da sua mente, a qual tem que cessar para que o novo surja. E é incrível, inimaginável, inacreditável como um simples homem abandonando a velha estrutura da mente cria um espaço tão grande para muitos transformarem as suas vidas. Um simples homem transformando a si mesmo, torna-se um desencadeador. E então, muitos outros começam a mudar. A sua presença se torna um agente catalisador.
Essa é a rebelião que eu ensino: você abandona a velha estrutura, você abandona a velha cobiça, você abandona o velho idealismo. Você se torna uma pessoa silenciosa, meditativa, amorosa. Você será mais uma dança e então verá o que acontece. Alguém, mais cedo ou mais tarde, irá juntar-se à dança com você, e depois, outras pessoas mais.
... A alegria é contagiosa! Ria e você verá outras pessoas começando a rir. Assim é com a tristeza; fique triste e alguém olhando para a sua face séria, de repente se tornará triste. Nós não somos separados, nós estamos juntos, ligados.
Assim, quando o coração de alguém começa a rir, muitos outros corações começam a ser tocados, algumas vezes até corações distantes.
OSHO (wiki- com muitos links)

sábado, 15 de julho de 2006

O Planeta Pede a Paz


POEMA EM P
Ryuichi Sakamoto - War and Peace



A Paula
pede a paz.

Os pardais
os peixes
os pandas
as plantas
as pedras
pedem a paz.

Os palhaços
os polícias
os pintores
os padeiros
os poetas
pedem a paz.

O planeta
pede a paz.

Poema de Luísa Ducla Soares

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Documentário: Porque Lutamos - Why We Fight (2005) Legendado Pt

PORQUE LUTAMOS - WHY WE FIGHT (2005) LEGENDADO PT-SD from Centro de Direito Internacional on Vimeo.



WHY WE FIGHT (Razões para a Guerra) é o novo filme de Eugene Jarecki vencedor do Grand Jury Prize no Sundance Film Festival, 2005. Produzido durante a segunda guerra do Iraque, trata-se de uma agressiva análise das forças que alimentam a máquina militar norte-americana por mais de meio século e suas consequências globais.

Para saber mais:
Página muito boa no wiki (inglês)

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Terra+Torium: um planeta negro ou baixo impacte ambiental?

O QUE É O TERRITÓRIO?

Texto por Luís Moreno

Numa das acepções, trata-se da área de uma jurisdição, o que implica o exercício das relações de poder, isto é, apropriação ou estabelecimento de relações de influência. O território será o resultado de uma reorganização do espaço própria de cada percurso social / político (de comunidades, povos…).

No que respeita à apropriação no território, é importante considerar duas vertentes. Por um lado, trata-se de apropriação material (propriedade privada), legitimada pelo direito; por outro, refere-se a apropriações subjectivas, psicológicas, emotivas, que se referem ao amor à terra, ao lugar (topofilia) e à região, factor de preservação de uma identidade, congregadora de vontades, com base em referências comuns. Portanto, território será "espaço com densidade", com história, com relações de poder e que envolvem, em diferentes momentos, alguns conflitos.

Ora o domínio agrícola do espaço, seja por voluntária expansão e intensificação (aumento do carácter de tecnossistema, condição para o crescimento do produto), seja por resultado da perda de actividades diversas das aldeias e vilas, antes centros do território, deixando o agro (e o florestal) como quase única função residual, significa a negação da diversidade (económica, cultural, relacional, ambiental) e o abatimento da capacidade de resiliência de pessoas e lugares, de comunidades e territórios.

Claro que a agricultura que gostaríamos que fosse (diferente da que pode ser medida, analisada) não desarticula o território porque já é condição da existência prévia de território, estruturado, valorizado, ordenado, participado. Mas temos sobretudo outra realidade...

Já agora, promover o desenvolvimento social / humano (expansão do potencial criativo do indivíduo e da sociedade, interactivamente) implica apostar na acção glocal, que tem de ter raízes, tronco e folhagem, articulando rural e urbano, com o Desenvolvimento Local.

Trata-se de territorializar o desenvolvimento: torná-lo um processo participado por múltiplos interesses, por actores, o que significa que só pode haver Desenvolvimento Local em contexto democrático, em que vários poderes (alicerçados em posses, materiais e imateriais) simultaneamente se desafiam e concorrem, dentro das regras firmadas pelo Direito, para o controlo dos recursos. 

Bibliografia

PORTELA, José et al. (1993) Agricultores e agriculturas: que futuros? Memória para um debate urgente, in: DOIS CONTRIBUTOS PARA UM LIVRO BRANCO SOBRE A AGRICULTURA E O MEIO RURAL, Lisboa, Ministério da Agricultura, pp. 110-313 

António Covas et al: A agricultura portuguesa no horizonte dos anos noventa. Elementos para uma nova política agrícola, na 1ª parte da obra

Sítios para conhecer e agir de acordo
Low Impact

quarta-feira, 12 de julho de 2006

Música do BioTerra: Joy Ddivision - Atmosphere



Atmosphere (1979)

Walk in silence,
Don't walk away, in silence.
See the danger,
Always danger,
Endless talking,
Life rebuilding,
Don't walk away.

Walk in silence,
Don't turn away, in silence.
Your confusion,
My illusion,
Worn like a mask of self-hate,
Confronts and then dies.
Don't walk away.

People like you find it easy,
Naked to see,
Walking on air.
Hunting by the rivers,
Through the streets,
Every corner abandoned too soon,
Set down with due care.
Don't walk away in silence,
Don't walk away.

Joy Division (youtube)

sábado, 8 de julho de 2006

Música do BioTerra: Chris Bell - I Am the Cosmos



Every night I tell myself,
"I am the cosmos,
I am the wind"
But that don't get you back again
Just when I was starting to feel okay
You're on the phone
I never wanna be alone
Never wanna be alone
I hate to have to take you home
Wanted too much to say no, no,
Yeah, yeah, yeah
 

Never wanna be alone
I hate to have to take you home
Want you too much to say no, no
Yeah, yeah, yeah
My feeling's always happening
Something I couldn't hide
I can't confide
Don't know what's going on inside
 

So every night I tell myself
"I am the cosmos,
I am the wind"
But that don't get you back again
I'd really like to see you again
I really wanna see you again
I never wanna see you again
Really wanna see you again

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Vozes para um Mundo Melhor

Proteggiamo la natura, desenho de Jessica,11 anos, Itália,2003
(outros desenhos e testemunhos de crianças de todo o mundo, no site da Organização Kidlink)

[1] Sessão de lançamento do Programa LATITUDE60! Educação para o Planeta no Ano Polar Internacional decorrerá hoje,4ªfeira,5 de Julho, pelas 15h na Sociedade de Geografia de Lisboa (R. das Portas de Santo Antão, 100 – nos Restauradores ao lado do Coliseu dos Recreios).
Esta iniciativa visa mobilizar docentes e alunos de todos os níveis de ensino e de todas as áreas científicas para actividades em torno do tema das regiões polares. Está também aberta a participação a câmaras municipais, organizações de educação ambiental, etc.
Nos próximos dias haverá sessões também em:
- Faro – 6 de Julho (Complexo Pedagógico, Campus de Gambelas, Universidade do Algarve)
- Setúbal – 11 de Julho (Escola Superior de Educação).

[2] Sessão de lançamento do Livro TAIDIS – Cidadania Ambiental, Informação e Participação e onde será também apresentado o Projecto TAIDIS – Cidadania para o Desenvolvimento, que engloba duas partes, a referente à componente que resultou no livro (TAI- The Access Initiative) e o DASHBOARD que se centrou numa avaliação de sustentabilidade para o país baseado num conjunto de indicadores de sustentabilidade. Este projecto resultou de um trabalho conjunto de seis Organizações Não Governamentais. A sessão irá realizar-se no próximo dia 7 de Julho, pelas 9H30, no auditório da FLAD – Fundação Luso-Americana para Desenvolvimento Consulte aqui o porgrama.
Para mais informações consulte ainda o Relatório de Actividades de 2004 do INDE (pág 18) e aconselho vivamente uma visita ao site da INDE-Intercooperação e Desenvolvimento

[3] Lançamento do Diário da República electrónico e totalmente gratuito. Já há alguns meses podia-se receber no email um resumo dos conteúdos do DR. Mas agora realmente estamos no bom caminho da maior transparência e maior acesso à informação.

[4] Fui contactado pelo Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável/CNADS pedindo que divulgasse o seu sítio CNADS, lançado em 27 de Abril deste ano e assim mais pessoas podessem conhecer as actividades desta estrutura importante para o Ambiente, criada em 1998.A página disponibiliza gratuitamente os vários documentos já publicados pelo CNADS. Boas leituras.

[5] António Monteiro, Ana Berliner,Bárbara Fráguas e Ricardo Brandão e restante equipa- parabens pelo vosso trabalho! E parabéns às mamãs Serradela e Rubia. Já nasceram todos os burrinhos mirandeses.Os últimos partos deste ano foram o nascimento das últimas duas burrinhas nos passados dias 30 de Junho e 1 de Julho.Podem ver as fotos destas 2 crias e dos seus outros 5 irmãos e irmãs nascidas este ano,tiradas dia 1 de Julho,no site Burros Lanudos

segunda-feira, 3 de julho de 2006

Toda a verdade acerca da economia - por Robert Reich (em Português)


In English

The Truth About the Economy

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Palestras e Comunicações 

Reich: How Unequal Can America Get ?

Robert Reich, a visiting professor at the UC, Berkeley's Goldman School of Public Policy and former US Secretary of Labor ( 59:45) 
 

Robert Reich discusses his new book Aftershock: The next economy and America's future. (1:14:21)

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Mais informação:

  1. Robert Reich (sítio pessoal)
  2. Robert Reich (bio na wikipedia)

domingo, 2 de julho de 2006

Cachimbo da Paz



Os festivais de Verão estão aí. Há um que é bastante inovador, o Boom(Eco)Festival.  O Boom estabeleceu um protocolo com uma entidade brasileira (Ecocentro IPEC - Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado) e vai pôr em prática a auto-sustentabilidade: os dejectos humanos do público irão ser tratados e convertidos em fertilizante natural para a agricultura da região de Idanha-a-Nova; a água dos chuveiros será reutilizada após tratamento biológico; cada 5 kg de lixo entregue à organização será trocado por senhas de refeição e, claro, haverá eco-pontos. Estes são apenas alguns exemplos das políticas ecológicas do Boom.
Tudo porque um evento deve ser de celebração mas também de aprendizagem, e um dos assuntos mais prementes na actualidade é a consciência ecológica- realça a organização.
Festas mais sustentáveis e ecológicas sou sempre a favor! Talvez esta ideia possa um dia chegar aos festivais de rock que já vêm sendo habituais na Primavera e Verão em Portugal. Só faltam as respectivas organizações acordarem para o assunto e os participantes colaborarem, claro.
Por falar em auto-sustentabilidade, visitem as
Oficinas Verdes já existentes em algumas Universidades Espanholas. Um exemplo a seguir. A mais próxima fica em Vigo.
Também estou muito contente com a criação da RedeInbio. Uma ideia excelente. Esperemos que se dê realmente saltos evolutivos na cultura académica em Portugal e que as universidades portuguesas e os pólos de investigação se adaptem em comunicações mais abertas e que se criem sinergias para decisões cada vez mais urgentes como são a inventariação centralizada da biodiversidade e sua conservação e avaliação dos projectos de investigação em curso entre pares e a um maior envolvimento desejável de toda a população.

SOBRE O CONFLITO AMBIENTE E ECONOMIA, em Portugal

As duas últimas semanas não têm sido fáceis para o Ambiente em Portugal. Ataques previsíveis de alguns autarcas e de um núcleo de empresários que, a braços com atrasos em relação às metas de Quioto, escolhem os ambientalistas e os vigilantes da Natureza como bode expiatório para a crise económica que actualmente vivemos.
Portanto o mais importante é prosseguirmos a nossa jornada, pois sabemos que se numa década os norte-americanos colocaram o Homem na Lua, também os portugueses se forem determinados, estarão a cumprir, com determinação, os
Objectivos do Milénio.
A melhor via para essa determinação não é a arrogância, nem o culto da personalidade, nem a boçalidade, mas sim a abertura e o genuíno debate público. Só criam mais crises, mais medos e implosão. Dão sinais exteriores péssimos. Portugal pertence a uma enorme globalidade. Tem laços internacionais, que deles depende e muito, mas pode ser Exemplo. Pelo seu passado, pela garantia de preservar o seu património natural (fauna e flora) frutos de uma geografia e geologia únicas e responsáveis em grande parte pelo sua cultura muito plural e diversificada. Está uma óptima altura para a Pacificação. Podemos fazer a Paz. Não é só com manifestações desportivas, musicais e poéticas...É no dia a dia. Com os instrumentos que temos ao nosso dispôr: legislativos, jurídicos, ecopolíticos e ecoeconómicos, programas, e protocolos internacionais, educativos, médicos,etc..A pacificação no nosso País é possível. E ela está na determinação de todos em cumprirmos, nesta década, os Objectivos do Milénio.

Relembro aqui o tema Cachimbo da Paz, que o cantor brasileiro intervencionista rapper Gabriel Pensador trouxe na quinta edição do Portugal Eléctrico em Matosinhos. Tive o prazer de dançar este tema ao vivo (quase) lado a lado com o Gabriel Pensador em Matosinhos....e viver uma maresia de pessoas de todas as idades, profissões, proveniências....todos juntos!!!Uma noite de sonho....

Cachimbo da Paz - Gabriel Pensador


MÚSICA

LETRA

A criminalidade toma conta da cidade
A sociedade põe a culpa nas autoridades
O cacique oficial viajou pro Pantanal
Porque aqui a violência tá demais
E lá encontrou um velho índio que usava um fio dental e fumava um cachimbo da paz
O presidente deu um tapa no cachimbo e na hora de voltar pra capital ficou com preguiça
Trocou seu pallitó pelo fio dental e nomeou o velho índio pra ministro da justiça
E o novo ministro, chegando na cidade, achou aquela tribo violenta demais
Viu que todo cara-pálida vivia atrás das grades e chamou a tv e os jornais
E disse: Índio chegou trazendo novidade Índio trouxe cachimbo da paz
Maresia, Sente a maresia Maresia ...
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
Acende, puxa, prende passa Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
Todo mundo experimenta o cachimbo da floresta
Dizem que é do bom Dizem que não presta Querem proibir, querem liberar
E a polêmica chegou até o congresso.
Tudo isso deve ser pra evitar a concorrência
Porque não é Hollywood mas é o sucesso
O cachimbo da paz deixou o povo mais tranquilo
Mas o fumo acabou porque só tinha oitenta quilos
E o povo aplaudiu quando o índio partiu pra selva e prometeu voltar com uma tonelada
Só que quando ele voltou Sujou!!
A polícia federal preparou uma cilada - O cachimbo da paz foi proibido Entra na caçamba, vagabundo! Vâmo pra DP!
Ê, ê, ê, ê! Índio tá fodido porque lá o pau vai comer!
Maresia, Sente a maresia Maresia ...
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
Acende, puxa, prende passa Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
Na delegacia só tinha viciado e delinquente
Cada um com um vício e um caso diferente
Um cachaceiro esfaqueou o dono do bar porque ele não vendia pinga fiado
E um senhor bebeu uísque demais, acordou com um travesti e assassinou o coitado
Um viciado no jogo apostou a mulher, perdeu a aposta e ela foi sequestrada
Era tanta ocorrência, tanta violência, que o índio não tava entendendo nada
Ele viu que o delegado fumava um charuto fedorento e acendeu um da paz pra relaxar
Mas quando foi dar um tapinha levou um tapão violento e um chute naquele lugar
Foi mandado pro presídio e no caminho assistiu um acidente provocado por excesso de cerveja:
Uma jovem que bebeu demais atropelou o padre e os noivos na porta da igreja
E pro índio nada mais faz sentido
Com tantas drogas porque só o seu cachimbo é proibido?
Maresia, Sente a maresia Maresia ... Apaga a fumaça do revólver, da pistola Manda a fumaça do cachimbo pra cachola Acende, puxa, prende passa Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
Na penitenciária o índio fora da lei conheceu os criminosos de verdade
Entrando, saíndo e voltando cada vez mais perigosos pra sociedade
Aí cumpádi, tá rolando um sorteio na prisão
Pra reduzir a superlotação todo mês alguns presos tem que ser executados
E o índio dessa vez foi um dos sorteados
E tentou acalmar os outros presos:
Peraí, vâmo fumar um cachimbinho da paz ...
Eles começaram a rir e espancaram o velho índio até não poder mais

E antes de morrer ele pensou: Essa tribo é atrasada demais ...                                                     
Eles querem acabar com a violência, mas a paz é contra a lei e a lei é contra a paz
E o cachimbo do índio continua proibido
Mas se você quer comprar é mais fácil que pão
Hoje em dia ele é vendido pelos mesmos bandidos que mataram o velho índio na prisão.

sábado, 1 de julho de 2006

Dossiê Estatística, Matemática, Informática e Bioestatística

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