segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Fim da fase pandémica em Portugal já tem data: “Em meados de fevereiro é altura de preparar o pós-covid-19”

Peritos do Instituto Superior Técnico sustentam que, muito em breve, “entre vacinação e infecção, toda a população terá alguma imunidade ao vírus” e que a doença vai passar a ser residente, como a gripe ou o herpes. Em março, adiantam, o SarsCov2 já não terá espaço para crescer no país.

                                

A fase pandémica está mesmo a chegar ao fim, prevendo-se que a doença provocada pelo Sars-Cov-2 se torne como tantas outras, seja a gripe, o sarampo ou o herpes. A estimativa consta do relatório do grupo de peritos do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, a que a CNN teve acesso, onde apontam o final do próximo mês como o momento chave. “É altura, a partir de meados de fevereiro, de preparar o pós-covid-19 em Portugal, pois os sistemas de saúde terão agora de preparar resposta para as pessoas em número a estimar que poderão sofrer de long covid e manter alguma reserva de resposta para eventuais variantes”, lê-se no documento coordenado por Rogério Colaço, presidente do Instituto Superior Técnico.

Segundo os investigadores, nessa altura já terá passado o pico da 5.ª vaga, a imunidade ao vírus será grande e este ficará sem espaço para continuar a crescer em março. “Entre vacinação e infeção, depois do final de fevereiro toda a população terá alguma imunidade ao vírus”, dizem os investigadores, que estimam que o pico se situe entre 1 e 12 desse mês com 150 mil infetados por dia.

Quatro a sete dias depois, adiantam, começará a registar-se uma descida “acentuada” dos casos positivos “por saturação dos imunizados e redução dos suscetíveis”, ou seja, de pessoas disponíveis para serem facilmente infetadas com a Ómicron, como os não vacinados. Será “a primeira vez que este fenómeno se observa em Portugal desde a entrada da covid-19 e que é assinalável”, sublinha no relatório o grupo de trabalho que conta com a participação de Pedro Amaral, José Rui Figueira, Henrique Oliveira e Ana Serro.

"Passagem a doença como a gripe, herpes ou hepatite"

Os peritos, que têm analisado a situação da pandemia no país ao longo dos últimos meses, acreditam que uma vez que no final de fevereiro toda a população terá alguma imunidade isso significa o fim da fase pandémica: “Isso traduz a passagem para uma doença residente a longo prazo como em tempos foram poliomielite, sarampo ou varíola entre nós ou, atualmente no Mundo, dengue, febre amarela, gripe, hepatite, herpes, HPV e SIDA, entre tantos outras”.

A imunidade ganha pela população portuguesa no final desta 5ª vaga, está já, segundo os autores deste relatório, confirmada “por quase todos os investigadores que têm analisado o impacto do covid-19 Portugal”, incluindo a nível europeu pelo diretor da Organização Mundial de Saúde para a Europa, Hans Kluge, a 23 de janeiro. Por isso, e relembrando que “tinha sido antecipado por Marcelo Rebelo de Sousa” - que costuma, aliás, receber os dados deste relatório - avisam que chegou a hora de mudar a forma de combater a situação e encarar este vírus como umas “das nossas preocupações futuras, como a gripe sazonal e muitas outras doenças”

Na Europa, os “voos fantasma” causam danos climáticos equivalentes a 1,4 milhões de carros



Na Europa, já são mais de 100 mil “voos fantasma” a causar danos no ambiente, equivalentes às emissões anuais de mais de 1,4 milhões de automóveis.

Uma análise da Greenpeace revela que o tráfego aéreo de mais de 100 mil “voos fantasmas” está a ser prejudicial para o clima, provocando emissões equivalentes às emissões anuais de mais de 1,4 milhões de carros.

As companhias aéreas europeias estão a realizar voos vazios ou quase vazios para manterem os slots de descolagem e aterragem nos aeroportos, conforme exigido por um regulamento da União Europeia (UE), que remonta a 1993.

Em circunstâncias normais, as empresas são obrigadas a realizar pelo menos 80% dos voos reservados para garantirem as slots. Contudo, a pandemia veio mudar o jogo e “a Comissão Europeia reduziu temporariamente esse limite para pelo menos 50% dos voos, que será aumentado novamente para 64% dos voos em março de 2022”.

A Greenpeace apela, assim, à Comissão Europeia e aos governos para porem fim a esta regra que incentiva os voos fantasma, de modo a proibirem os voos de pequeno curso quando existe uma ligação ferroviária alternativa com menos de seis horas.

“Voos fantasmas inúteis e poluentes são apenas a ponta do iceberg”, disse Herwig Schuster, porta-voz da campanha Mobilidade Europeia para Todos da Greenpeace. “Seria irresponsável da parte da UE não acabar com os voos fantasmas e não proibir voos de curta distância onde há uma conexão ferroviária razoável”, acrescentou.

O Grupo Lufthansa, por exemplo, estima que, durante o inverno, sejam realizados cerca de 18 mil voos fantasmas.

Embora não tenha especificado destinos e aviões, a Greenpeace acredita que vão ser produzidas cerca de 20 toneladas de emissões de CO2 por cada voo, causando danos ao clima equivalentes a 360 mil toneladas de CO2.

Quanto às outras companhias aéreas, se a estimativa for semelhante à Lufthansa, “o número total de voos fantasmas na Europa pode ser ligeiramente superior a 100 mil”.

“Este número de voos provoca danos climáticos equivalentes a 2,1 milhões de toneladas de CO2, que equivalem às emissões anuais de cerca de 1,4 milhões de automóveis médios a gasóleo ou a gasolina”, aponta.

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“Voos fantasma”. Companhias aéreas “queimam” combustível para assegurar lugar nos aeroportos

Arvoredo Urbano e Podas Radicais - Lei 59/2021 de 18 de Agosto: Uma inutilidade jurídica

Por Rui AmoresJan 30

Lei 59/2021 de 18 de Agosto

Portugal é pródigo em discussões inúteis, em não dar valor ao essencial e em valorizar o acessório. Também é pródigo em legislação mal feita, inútil e cínica, na exacta medida dos buracos que contém que servem todos aqueles que por eles se querem escapar.

A muito recente Lei 59/2021 de 18 de Agosto é um exemplo claríssimo de inutilidade jurídica, com uma pitada (grande) de cinismo.

Vamos ver onde acho encontrar-se a inutilidade e onde acho encontrar-se o cinismo. Desde logo e a bem da justiça, devo dizer que a intenção é boa. Num país em que a destruição de árvores é desporto nacional, faltava uma lei que enquadrasse a questão. Não devia ser necessário, bastando o bom senso e algum conhecimento técnico de como se fazem podas e de como as árvores são construções naturais, do melhor que há para, por exemplo baixar a temperatura das cidades, reter carbono, contribuir para a riqueza da paisagem, dar abrigo a outras espécies, ajudar à retenção de água…. etc…etc… Mas apesar de todas estas evidências, ainda assim temos que legislar sobre o óbvio. É o mundo em que vivemos.

Mas, dando de barato que se deve legislar sobre o óbvio, ainda assim, convinha que fosse uma legislação com um mínimo de eficácia e da qual se pudesse retirar algo de prático para o imediato. Sim, porque é no imediato que o problema se colocar, é no imediato que árvores estão a ser diariamente mutiladas à conta da ignorância dos (i)responsáveis camarários, é no imediato que se abatem árvores para dar lugar ao betão.

Lamento (ou não) dizer que desta Lei, tal como está redigida, não sai nada que possa ajudar as nossas árvores, pelo menos em tempo útil; nada sai de útil para evitar que sejam mutiladas e destruídas, arrancadas.

Vejamos a Lei:

Guia de boas práticas (artigo 6.º)

Só o nome causa calafrios. Quando não se quer fazer nada, faz-se um guia; quando não se quer legislar de forma efectiva, faz-se um guia e não um Código. 6 meses para o Governo elaborar este guia. Entretanto …

Regulamento municipal de gestão do arvoredo urbano (artigo 7.º, 8.º e 9.º )

A ser elaborado pelas Câmaras Municipais no prazo de um ano após a entrada em vigor do diploma. Mesmo sendo de 1 ano, quase de certeza que ele não será cumprido. Haverá coisas mais importantes na vida dos municípios…

Depois há o cinismo com que as Câmaras vão encarar este guia. Vão ver que enquanto o Governo não coloca cá fora o tal guia de boas práticas, os municípios ficam legitimados a fazer NADA.

Inventário municipal do arvoredo em meio urbano.

O mesmo do ponto anterior mas, desta feita, a ser feito em 2 anos. Mais uma forma de protelar quase ad aeternum O que pode, eventualmente, ter aplicação imediata são os artigos 15.º, 16.º e 17.º da dita lei. Em princípio e sem depender sequer de regulamentação – assim espero – a preservação do arvoredo face a uma operação urbanística, ou a justificação fundamentada para a sua não manutenção ou a aplicação de medidas de compensação, estão asseguradas para projectos posteriores à entrada em vigor deste diploma. No entanto, como eu sou um pessimista julgo que o que vai acontecer é estas normas apenas serem aplicadas quando existir o tal regulamento municipal. Se repararem no n.º 4 do artigo 16.º remete-se para o tal regulamento municipal, recorde-se, a ser feito no prazo de 1 ano.

Portanto, como está e para aquilo que seria necessário, ou seja, uma intervenção imediata em muitas situações que destruição de arvoredo em espaço urbano, a lei é de uma inutilidade absoluta.

A extrema direita é incompatível com o verdadeiro Cristianismo

Fonte: The Real Face of Jesus

«O trabalhador é digno do seu salário» (Lucas 10:7)

«Não podeis servir a Deus e ao dinheiro» (Mateus 6:24)

«Compadeço-me da multidão...: não têm o que comer» (Marcos 8:2)

«Não acumuleis riquezas na terra» (Mateus 6:19)

«Guardai-vos de toda a ganância, porque a vida de uma pessoa não consiste na abundância das suas posses» (Lucas 12:15)

«Vende tudo o que tens e dá o dinheiro aos pobres» (Marcos 10:21)

«Pagai a César as coisas de César» (Mateus 22:21; porque, contrariamente à evasão fiscal dos ricos deste mundo, é preciso pagar impostos SIM, para que todos possam beneficiar de uma vida digna).

Ler a entrevista com o Professor Roberto Romano

Poema da Semana- Amor Vivo


Amar! Mas d'um amor que tenha vida...
Não sejam sempre tímido a arpejos,
Não sejam só delírios e desejos
D'uma douda cabeça escandecida...
Amor que viva e brilhe! Luz fundida
Que penetre o meu ser - e não só beijos
Dados no ar - delírios e desejos -
Mas amor... dos amores que têm vida...
Sim, vivo e quente! E já a luz do dia
Não virá Dissipá-lo nos meus braços
Como névoa de fantasia...
Nem murchará do sol à chama erguida...
Pois que podem os astros dos espaços
Contra débeis amores... se têm vida?
Amor Vivo- Antero de Quental

A extrema direita resgata a experiência maquiavélica de usar a religião em favor de quem governa. Entrevista especial com Roberto Romano



Fonte: aqui 28 Mai 2019

A consagração do Brasil ao Imaculado Coração de Maria foi “uma reedição caricata da anedota sobre Henrique IV da França. Protestante, ele teria se convertido ao catolicismo para chegar ao trono”, diz Roberto Romano à IHU On-Line, ao comentar o ato realizado no Palácio do Planalto na semana passada. No caso de Bolsonaro, ironiza, “um presidente que se proclama ‘evangélico’ para ganhar votos se apresenta compungido e exalta a Virgem Mãe, como se ele mesmo fosse o fruto de um milagre mariano”.

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail, o professor explica que as consagrações ao Coração de Jesus e ao Coração de Maria têm origem junto à Igreja nascente, mas ganharam uma dimensão política ao longo dos séculos. “Notemos, pois, que na vida moderna, ou desde o final da Idade Média quando se forma o Estado nos delineamentos ainda hoje reconhecíveis, o culto ao Coração de Jesus e de Maria adquire uma dimensão política a cada momento mais evidente. Não será por acaso que o anseio do mundo católico, em luta contra o Estado laico que é diretamente oposto à religião, foi o de formar exércitos (a Ação Católica era um deles) de fiéis para proteger a Igreja e atacar o modernismo, cujos signos mais evidentes eram a cisão protestante, o socialismo, o anarquismo, o comunismo. Sem esquecer, muito pelo contrário, o liberalismo”, pontua.

Roberto Romano também comenta a instrumentalização que políticos à direita e à esquerda fazem da religião, como tem-se observado na cena política recente. “A extrema direita de hoje, na Itália, Alemanha, Bélgica, França e demais países, tem raízes recentes e antigas. Tanto os regimes nazistas e fascistas quanto os comunistas impostos aos povos (na Polônia e na Hungria, por exemplo) deixam traços éticos, cicatrizes terríveis, como a busca de uma autoridade infalível, monocrática, sem compromisso com os indivíduos e movida pelas massas. Traços assim são indeléveis. Basta que a democracia mostre sua face mais feia (como nos programas genocidas neoliberais que preferem a saúde do mercado à vida das pessoas) para que os fantasmas do passado se reapresentem na fala, na imaginação e... no coração dos povos. Assim, os líderes da extrema direita redescobrem as lições maquiavélicas sobre a eficácia política: mover a religião em favor de quem governa. Aí vale tudo, incluindo rosários, hagiografias, milagres”.

Roberto Romano é professor de Ética e Filosofia na Universidade Estadual de Campinas - Unicamp. Cursou doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales - EHESS, França. Escreveu, entre outros livros, Igreja contra Estado. Crítica ao populismo católico (São Paulo: Kairós, 1979), Conservadorismo romântico (São Paulo: Ed. UNESP, 1997), Moral e Ciência. A monstruosidade no século XVIII (São Paulo: SENAC, 2002), O desafio do Islã e outros desafios (São Paulo: Perspectiva, 2004) e Os nomes do ódio (São Paulo: Perspectiva, 2009).

Confira a entrevista.

Sobre sondagens - A dura verdade sobre o chocolate

Fazer uma tracking poll com estas características não é dar notícias, é criar notícias, fazendo uma festa com os comentadores de serviço.




Há uns anos, foi notícia um estudo fantástico: o chocolate preto ajudava a emagrecer. A notícia era verdadeira, o estudo era real e feito por um médico. E, no entanto, era tudo mentira. Confuso?

John Bohannon, jornalista, contratou um médico para fazer um estudo sobre os efeitos do chocolate preto. Recrutou 15 pessoas, que dividiu em três grupos. Um de controlo, outro que seguiu uma dieta baixa em hidratos de carbono e, finalmente, um outro que, além de seguir a dieta low carb, comia todos os dias 40 gramas de chocolate preto. Avaliaram a evolução de 18 parâmetros de saúde (peso, colesterol, gordura no corpo, etc.) à terceira semana e descobriram que o grupo do chocolate preto fora o que perdera mais gordura. Conclusão? O chocolate preto ajuda a perder peso.

O que há de errado no referido estudo? Com apenas cinco pessoas por grupo e medindo 18 parâmetros, era garantido que, por pura sorte, o grupo do chocolate preto teria melhor performance num deles. Há muitos fatores que influenciam o nosso corpo: stresse, exercício, sono, meteorologia, etc. Com 18 indicadores, só por muito azar não se encontraria um que tivesse melhorado no grupo do chocolate. Trata-se, pois, de um estudo sem poder estatístico: não é capaz de distinguir efeitos reais de pura sorte. Depois de publicadas as notícias, John Bohannon veio a público explicar o esquema e mostrar como era fácil enganar jornalistas ávidos por ter o que escrever.

As tracking polls da CNN são similares. Nestas sondagens, a Pitagórica inquire diariamente 152 pessoas e reporta os resultados ao fim de quatro dias, quando tem uma amostra de 608 respostas. Não é enorme, mas é aceitável. Depois, a cada dia que passa, exclui as 152 entrevistas mais antigas e acrescenta 152 novas e reporta os valores da sondagem assim obtida. O que há de errado nisto? A variação em cada dia é causada precisamente por 152 entrevistas, uma amostra minúscula. Tal como com o chocolate, vai haver, garantidamente, variações aparentemente dignas de notícia, mesmo que não haja nenhuma notícia para dar.

Para não maçar o leitor com explicações técnicas, vou fazer uma sondagem tecnicamente perfeita e totalmente controlada por mim. Pode replicá-la em casa, bastando-lhe para isso o Excel.

Imagine que há dois partidos que têm 35% das intenções de voto cada um. Pode chamar-lhes Partido Rosa (PR) e Partido Laranja (PL). Numa sondagem bem conduzida, cada pessoa entrevistada terá 35% de probabilidade de ser do PR, 35% de ser do PL e 30% de outro qualquer. Como represento esta realidade política no Excel? Com as suas ferramentas estatísticas, consigo gerar um número aleatório entre 0 e 100. Se este estiver entre 0 e 35, declaro que é eleitor do PR; se estiver entre 65 e 100, que é do PL; e se estiver entre 35 e 65, é de outro qualquer. Faço isto 152 vezes, tal como a Pitagórica faz para a CNN, e tenho um dia de sondagens feito. Repito o procedimento uma segunda, terceira e quarta vez e tenho uma sondagem feita a 608 pessoas. Depois acrescento mais um dia, retirando-lhe o mais antigo e vou por aí fora, criando uma tracking poll diária, sempre com 608 observações. Mas, lembre-se, os verdadeiros parâmetros são sempre os mesmos: 35% para o Partido Rosa e 35% para o Partido Laranja, quaisquer variações são pura sorte e não têm qualquer significado.

Pode ver a minha tracking poll de 17 dias no gráfico. Variações interessantes e a exigir comentário político: no dia 4, o PL tem uma vantagem de 11 pontos percentuais, que se vai desvanecendo, até que, no dia 8, o PR passa para a frente, mantendo-se um empate técnico por alguns dias até que, a partir do dia 13, o PL volta a descolar.

Imagine as notícias e os comentadores. No dia 4, o líder do PL era um génio e almejava uma maioria absoluta. Entre o dia 4 e 8, os debates correram-lhe mal e cometeu umas gafes de campanha, perdendo a vantagem. Com o aproximar da eleição, os indecisos deixam de estar indecisos e o voto útil favorecerá o PL e, por isso, a partir do dia 13, retoma alguma da vantagem que tinha no início.

Mas, claro, é tudo treta. Na verdade, nesta população, o PR e PL tiveram sempre as mesmas intenções de voto: 35%.

Moral da história? Fazer uma tracking poll com estas características não é dar notícias, é criar notícias, fazendo uma festa com os comentadores de serviço.

P.S. — Se quiser o ficheiro Excel com estes cálculos para fazer as suas experiências, é só pedir-me por e-mail. Poderá repetir as vezes que quiser. O gráfico que usei para ilustrar este artigo foi obtido à terceira tentativa.

Professor de Economia da Universidade do Minho
lfaguiar@eeg.uminho.pt

domingo, 30 de janeiro de 2022

Encontros Improváveis - José Alex Gandum e Elis Regina


40 anos sem Elis Regina. Aqui fica uma singela homenagem, numa versão minha de:
Eu quero uma casa no campo

sem telefone, internet ou telemóvel
uma verdadeira casa no campo
sem computador nem automóvel
sem campainhas nem guizos

uma mais que real casa no campo
onde não tenha que fazer juízos
de ninguém, nem sequer de mim
eu quero uma casa no campo
uma Elis que me cante no jardim

uma 'fascinação' em tom bemol
em especial uma casa no campo
sem portas, trincos ou chaves
onde veja as estrelas e o Sol
e um arco-íris de cores suaves!
(jag)

Os peixes estão a movimentar-se graças às alterações climáticas (e isso trará consequências)



Cerca de 45% dos stocks de peixe vão mudar as suas rotas de migração graças às alterações climáticas até ao ano 2100. Isto pode gerar um conflito internacional porque, segundo o estudo da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), 81% das zonas económicas exclusivas (ZEE) verão, pelo menos, uma mudança nos stocks – caso não hajam quaisquer mudanças.

A investigação analisou a variação de mais de 9 mil stocks de peixe, que integram 80% das capturas nas ZEEs. Em 2030, essa mudança migratória já será notada em 23% dos stocks.

“Esta não é apenas uma questão de stocks que estão a sair ou a chegar a novas ZEEs, mas de stocks que são partilhados entre países, a mudar completamente a sua dinâmica”, explica o principal autor do estudo, Juliano Palacios-Abrantes. “Veremos mudanças ainda mais dramáticas até 2030, dadas as taxas de emissões atuais. Muitos dos acordos de gestão de pesca feitos para regular stocks partilhados foram estabelecidos há décadas, com regras que se aplicam a uma situação mundial que não é a mesma de hoje”, alerta o especialista.

Como tal, os cientistas defendem que os países devem unir-se e trabalhar em conjunto para evitar potenciais conflitos, de forma a manter a indústria sustentável e lucrativa, beneficiando todas as partes. Mitigar os efeitos das alterações climáticas, estabelecer novos acordos de cotas de captura ou negociar a permissão de frotas pesqueiras a pescar em águas vizinhas, são algumas das recomendações dadas na publicação.

Legislativas: as Propostas dos Partidos para o Ambiente e Clima

Fonte: aqui

O PS traçou como meta reduzir para 55 % as emissões dos gases com efeito estufa até 2030 e aumentar para 80% até 2026 o peso das energias renováveis.

O partido aponta ainda como prioridade continuar a renovar a frota dos transportes públicos para veículos mais amigos do ambiente e coloca como medida também ambiental a redução do preço dos passes.

Já o PSD defende a neutralidade carbónica em 2045 e quer lançar um programa de transição energética destinado às empresas. Propõe ainda premiar os municípios mais amigos do ambiente e reduzir a dependência energética do país, aumentando a produção de energias renováveis. O partido promete ainda aumentar as reservas estratégicas de água.

O clima é uma das grandes áreas do programa do Bloco de Esquerda que propõe um "programa de investimentos" para responder à crise climática e uma aposta nos transportes públicos.

O partido defende a redução dos preços para andar nos transportes públicos com o objetivo de os vir a tornar mesmo gratuitos.

O Bloco diz ainda que é preciso "democratizar a energia para responder às alterações climáticas e à pobreza energética" através, por exemplo, de uma descida do IVA da eletricidade e do gás para 6%.

PCP e Verdes defendem que são necessárias medidas para mitigar as alterações climáticas, mas têm de ser acompanhadas por medidas que defendam o emprego.

Também está nas propostas comunistas o ordenamento do território, com destaque para as florestas e a prevenção de incêndios. A CDU quer incentivar a produção agrícola e defende um Plano Energético Nacional para uma utilização eficaz e "racional da energia".

No programa eleitoral do CDS PP é apenas referido que Portugal deve respeitar as diretivas ambientais e de descarbonização impostas pela União Europeia. O partido não define metas mais ambiciosas se estas não resultarem também em custos mais baixos para a economia. O CDS diz ainda que a defesa do ambiente faz-se no campo e não nas cidades e propõe o IVA à taxa reduzida para todos os produtos que valorizem resíduos.

O combate à crise climática ocupa lugar de destaque no programa do PAN. Entre as prioridades está a criação dos ministérios da Economia e das Alterações Climáticas e do Ambiente, Biodiversidade e Proteção Animal, a consagração do ecocídio como crime contra a humanidade. O PAN quer ainda reduzir a área de eucaliptos no país e ordenar a floresta.

O Chega tem apenas uma medida sobre clima e é destinada apenas a quem mora nas zonas rurais. O partido promete desenvolver "políticas que assegurem que os projetos de energias alternativas garantam rendimentos aos particulares residentes" nessas zonas.

A Iniciativa Liberal propõe deduzir, em sede de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), os custos associados à implementação de medidas de eficiência energética nos edifícios e introduzir um plano de ação nacional para corrigir e otimizar a recolha de resíduos elétricos e eletrónicos. O partido defende ainda que é preciso acelerar a mobilidade elétrica.

Uma das principais bandeiras do Livre é o "Novo Pacto Verde", "um plano de investimento ecologicamente responsável a médio-longo prazo", plano esse financiado pelas verbas do Plano de Recuperação e Resiliência. O partido quer "declarar a emergência climática nacional", criar uma task-force para a crise climática e sugere a revisão do Regulamento de Eficiência Energética nos Edifícios de Habitação e de Serviços, para "edifícios e equipamentos mais eficientes".

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Zero avalia programas eleitorais

Estudo: neoliberalismo reduz o bem-estar ao promover a competição, solidão e reduzir a conexão social

Por Maria João Varela

Artigo científico aqui

Na ideologia neoliberal postula-se que as economias e as sociedades se devem reger pelos princípios:
1. liberdade empresarial;
2.responsabilidade individual;
3. propriedade e ;
4. livre comércio.

Ao mesmo tempo, o envolvimento do governo e do estado nos assuntos económicos deve ser mínimo. Os que o defendem argumentam que o neoliberalismo é benéfico porque encoraja os indivíduos à autorrealização, crescimento pessoal e felicidade. No entanto, comprova-se que promove a competição e acaba por minar o sentido de cooperação e segurança nas relações. Para além disso, uma vez que o neoliberalismo defende que as desigualdades são o reflexo das diferenças que existem entre quem trabalha arduamente e “merece” e quem não o faz, acaba por agravar essas mesmas desigualdades e por criar um sentimento de injustiça.

Não é pois de estranhar que neste estudo que, já agora, é um dos primeiros estudos experimentais sobre o tema (logo, mais robusto), os autores tenham observado efeitos negativos do neoliberalismo. Ou seja, o neoliberalismo ao promover maior competição (onde o outro é o rival) mina o sentido de coesão; a pessoa sente que só pode contar com ela própria; logo, aumenta a perceção de insegurança e solidão o que acaba por se manifestar num menor nível de bem-estar (maiores níveis de stress e ansiedade).

Não nos esqueçamos das nossas raízes: os nossos antepassados- lembram-se?- Viviam em pequenos grupos altamente coesos que cooperavam entre si. Sim, porque se não o fizessem a sua vida estava em risco. Com a ideologia neoliberal que defende menos apoios do estado (logo, maior perceção de insegurança), menos coesão grupal (o individualismo aqui é rei); onde o indivíduo tem “o que merece” (logo, maior perceção de injustiça) são violados todos os princípios que regeram a nossa vida ao longo de milhares de anos.

Legislativas 2022 : Zero avalia programas eleitorais


A ZERO realizou uma Avaliação Global e escolheu também avaliar dez temas e três iniciativas específicas que considera relevantes para a próxima legislatura, com base nos programas dos partidos/coligações candidatos com representação parlamentar.
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𝗖𝗼𝗺 𝗯𝗮𝘀𝗲 𝗻𝗼 𝗦𝗲𝗺𝗮́𝗳𝗼𝗿𝗼, 𝗮 𝗮𝘃𝗮𝗹𝗶𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗰𝗼𝗻𝘀𝗶𝗱𝗲𝗿𝗮 𝟰 𝗰𝗿𝗶𝘁𝗲́𝗿𝗶𝗼𝘀:
“Não devemos avançar” pelo caminho apresentado
Aspetos controversos/levantam dúvidas que merecem “atenção redobrada e paragem ou um prosseguimento muito cuidadoso da marcha”
Mesmo com eventuais discordâncias, o conteúdo é favorável e “podemos avançar"
“Semáforos fundidos”, em que as forças políticas terão de olhar com atenção em volta para não terem nenhum acidente.
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𝗤𝘂𝗲𝗿 𝘀𝗮𝗯𝗲𝗿 𝗼 𝗿𝗲𝘀𝘂𝗹𝘁𝗮𝗱𝗼?
Comunicado completo em https://bit.ly/semaforo2022

Assassinado pela indiferença

 


Por José Ramos e Ramos -29 de Janeiro, 2022

O conhecido fotógrafo René Robert morreu depois de estar 9 horas caído numa rua de Paris, sem ninguém o ajudar. Tinha 85 anos, mais do dobro da idade de Ernest Hemingway, Nobel, autor de “Paris é uma festa”.

Nos anos 50 do século passado, Hemingway matava a fome com umas ostras, as “Portugaises”, no Café dos Amateurs. E contava com a ajuda de Miss Gertrude Stein, na Rue de Fleurus, mentora de uma das muitas tertúlias literárias de Paris.

Hemingway escreveu nesse livro: “andava a passear-me a mim próprio, porque nesse tempo não tínhamos posses para sustentar um gato”; “nessa época não havia dinheiro para comprar livros, alugava-os”.

72 anos depois, Macron preside à União Europeia. E, bem vistas as coisas, Paris nunca será uma festa… a não ser para meia-dúzia, como sempre!

Sobre Criptomoedas- Bitmagic


March, 1851. In that month, the Kabylia was shaken by an insurrection; Emperor Tự Đức of Vietnam ordered the execution of Christian priests; a concordat in Spain entrusted the Catholic Church with control of education and the press; Rigoletto by Giuseppe Verdi was staged at the La Fenice in Venice. Nobody paid much attention to what happened in Chicago on 13 March. London for one was busy preparing for the Great Exhibition, while the debate over abolition was raging in the US itself. What had happened on that day in the Windy City? The first forward contract had been signed for 3,000 bushels of grain (a bushel was roughly equivalent to a hectolitre) to be delivered the following June. This agreement signalled the dawn of the futures market, which came to play host to a whole range of derivatives, eventually becoming the dominant instrument of international finance (and indeed its curse). In 2019, 33 billion derivative contracts were registered around the world amounting to a total value of $12 trillion (though their nominal value was $640 trillion).

158 years later, on 3 January 2009, another event went unnoticed, one perhaps of similar historical consequence to that exchange on the shores of Lake Michigan: the first cryptocurrency, Bitcoin, was created. Recall that it had been just over three months since the bankruptcy of Lehman Brothers on 15 September 2008, which triggered the most acute financial crisis since 1930, a crisis caused by derivatives (in this case, subprime mortgages).

That the creation of the first completely virtual currency in history went unnoticed is understandable: the planet had substantially bigger fish to fry. But the absence of political reflection on this new financial product became more and more inexplicable as the number of cryptocurrencies soared, and as their capitalization transformed them into a new branch of global finance equipped with its very own diminutive: DeFi (decentralised finance). According to CoinMarketCap, as of 16 November there were 14,289 cryptocurrencies in existence. The total capital of the companies that created them exceeds $2,600 billion: Bitcoin’s value stands at $1,138 billion, whilst Ethereum’s is $503 billion. In an editorial from September, The Economist observed that the volume of transactions overseen by Ethereum alone in the second quarter of this year amounted to $2,500 billion, equal to the value of Visa’s quarterly worldwide transactions.

Perhaps it’s this maelstrom of billions and trillions that prevents us from grasping the weight of the issue, for numbers of this kind are alien to everyday life; they exist in a stratosphere belonging to the world of magic. In this way, cryptocurrencies become one of the many forms of financial wizardry that determine our lives without us realising (on this numerical rhetoric, see what I wrote in June on the ‘Avalanche of Numbers’).

Yet cryptocurrencies pose a serious political problem, not to mention a theoretical one. Put bluntly, cryptocurrencies constitute an insidious attack on the very idea of the state.

This political import is evident from the growing list of countries that have banned their use: Bangladesh and Bolivia in 2014; Iraq, Morocco and Nepal in 2017; Algeria, Egypt, Indonesia and Qatar in 2018; and most notably China, which declared all transactions with these financial instruments illegal last September. Other states – South Korea, Turkey, Vietnam – have passed partial bans on specific types of transactions. Noticeably, no Western financial power features in this list. Only in September this year did the US make initial moves to regulate the sector, a good twelve years after its emergence.

The fundamental characteristic of cryptocurrency is its absence, at least in theory, of any guarantee from a central authority. Money has always derived its value from a convention based on trust. But this fiduciary quality has taken a radical turn ever since the Bretton Woods system (agreed upon in 1944) pegging the dollar to gold was abandoned in 1971. Since then, currencies have become known as ‘fiat money’, defined as ‘government-issued currency that is not backed by a physical commodity, such as gold or silver, but rather by the government that issued it’. Modern currencies are therefore based on trust in the central authorities that issue them: the Federal Reserve for the dollar, the ECB for the euro, the Bank of England for the pound and so on.

With cryptocurrencies the fiduciary role played by central banks is replaced by the mutual consent of exchanging agents, whose agreement is verified by the algorithms that decipher the double-key encryption in which the currency is codified. This mechanism of exchange and verification is made possible by a database known as the blockchain, a series of transactions represented as blocks, where any given block is marked by the one preceding it in the chain in such a way that it cannot be modified or duplicated. Thus, as The Economist noted, ‘transactions on a blockchain are trustworthy, cheap, transparent and quick – at least in theory’. Conversely, ‘conventional banking requires a huge infrastructure to maintain trust between strangers, from clearing houses and compliance to capital rules and courts. It is expensive and often captured by insiders: think of credit-card fees and bankers’ yachts’. Cryptocurrencies are like chips on a poker table: their worth is assured by an agreement between the players to assign them a particular value.

Música do BioTerra - KAS:ST - Hell On Earth


I don't have to tell you things are bad
Everybody knows things are bad
It's a depression
Everybody's out of work or scared of losing their job
The dollar buys a nickel's worth
Banks are going bust, shopkeepers keep a gun under the counter
Punks are running wild in the street
And there's nobody anywhere who seems to know what to do
And there's no end to it
We know things are bad — worse than bad.

They're crazy
It's like everything everywhere is going crazy, so we don't go out anymore
We sit in the house, and slowly the world we are living in is getting smaller
And all we say is: 'Please, at least leave us alone in our living rooms'

I don't know what to do about the depression and the inflation
And the Russians and the crime in the street
All I know is that first you've got to get mad
You've got to say: 'I'm a human being, goddamnit, my life has value!'

I'm a human being, my life has value! [2x]

Almost a Million Stars and Counting: Mapping the history of the Milky Way with APOGEE and beyond

On December 6th 2021, scientists from the Sloan Digital Sky Survey (SDSS) released the largest-ever detailed census of stars in our own Milky Way galaxy, with the complete release of data from its Apache Point Observatory Galactic Evolution Experiment (APOGEE).


The six most common elements of life on Earth (including more than 97 percent of the mass of a human body) — carbon, hydrogen, nitrogen, oxygen, sulphur and phosphorus — have all been detected in stars by the APOGEE spectrograph.

The colors in the spectra show dips, the size of which reveal the amount of these elements in the atmosphere of a star. The human body on the left uses the same color coding to evoke the important role these elements play in different parts of our bodies, from oxygen in our lungs to phosphorous in our bones (although in reality all elements are found all across the body).

In the background is an artist’s impression of the Galaxy, with cyan dots to show the APOGEE measurements of the oxygen abundance in different stars; brighter dots indicate higher oxygen abundance.


Image credit: Dana Berry/SkyWorks Digital Inc.; SDSS collaboration

“For the last decade we have been working to map the Milky Way, and measure extremely detailed properties of the stars within it,” said Steven Majewski of the University of Virginia, who has been PI of APOGEE since 2006. “Seeing this phase of SDSS come to a close is extremely gratifying, especially considering that we ultimately gathered data on more than ten times as many stars as we originally planned.”

APOGEE works by measuring spectra, a kind of detailed rainbow, of stars in the infrared part of the spectrum. By working in infrared light, the award-winning APOGEE instruments can peer through the thick clouds of dust that obscure the inner Milky Way to get a more complete view of our own Galaxy.

The APOGEE experiment has measured more than two million spectra of nearly 700,000 individual stars, making it the largest high-resolution, near-infrared spectroscopic sample of stars ever observed. As with all prior projects from the SDSS, the full dataset is now online for anyone to use.

Astronomers can read each of these stellar spectra like a barcode, revealing which elements are present in the star. The elements that we can detect with APOGEE include carbon, nitrogen, oxygen, and iron — in fact, APOGEE researchers have used the spectra to map the elements that compose over 97 percent of the human body.

APOGEE Science Working Group Chair, Rachael Beaton explains, “By carefully studying how much of each of these elements we see in each star, we can piece together each star’s location in the Milky Way’s disk, bulge, or halo — and also how old each star is.”

APOGEE is not only the largest survey of its kind, it also has a special two-hemisphere view of the Milky Way. Making use of two identical instruments – one at Apache Point Observatory in New Mexico, and the other at Las Campanas Observatory in Chile — allows SDSS scientists to map stars in all parts of the Milky Way in a uniform way.

This image shows the SDSS’s two telescopes in their approximate positions on a globe, with an image of the Milky Way showing what parts can be seen by each telescope.

SDSS-IV will extend its reach by using both the Sloan Foundation Telescope at Apache Point Observatory and the du Pont telescope at Las Campanas Observatory in Chile, as shown to the left of the globe.

Because of the orientation of the Earth’s axis relative to the disk of the Milky Way, the northern telescope will observe a very different part of the Milky Way (shaded in blue) than the southern telescope (shaded in green), which will have an excellent view of the galactic center regions. The nested spheres show the range of distances from the Sun that the survey of the Milky Way will reach, depending on survey strategy and the density of stars and dust along the line-of-sight. Some observations will reach to the innermost sphere, while the deepest observations will extend to the outermost sphere and our neighboring dwarf galaxies, the Magellanic Clouds, shown at the bottom of the image.

Click to download a larger version from Google Drive.

<strong>Image credit:</strong> Dana Berry / SkyWorks Digital, Inc. and the SDSS collaboration
This image shows the SDSS’s two telescopes in their approximate positions on a globe, with an image of the Milky Way showing what parts can be seen by each telescope.

SDSS-IV will extend its reach by using both the Sloan Foundation Telescope at Apache Point Observatory and the du Pont telescope at Las Campanas Observatory in Chile, as shown to the left of the globe.

Because of the orientation of the Earth’s axis relative to the disk of the Milky Way, the northern telescope will observe a very different part of the Milky Way (shaded in blue) than the southern telescope (shaded in green), which will have an excellent view of the galactic center regions. The nested spheres show the range of distances from the Sun that the survey of the Milky Way will reach, depending on survey strategy and the density of stars and dust along the line-of-sight. Some observations will reach to the innermost sphere, while the deepest observations will extend to the outermost sphere and our neighboring dwarf galaxies, the Magellanic Clouds, shown at the bottom of the image.

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Image credit: Dana Berry / SkyWorks Digital, Inc. and the SDSS collaboration

“Having identical instruments in the North and South allowed us to map all parts of our Milky Way galaxy”, says Beaton. “The center of the Milky Way, and its neighbors the Large and Small Magellanic Clouds, can only be seen from the Southern Hemisphere, while from the Northern Hemisphere we see the outer parts of the galaxy”.

This unique, dual hemisphere view has enabled many different kinds of science results from APOGEE. For example, APOGEE results have picked apart stars in the Milky Way into two chemically distinct populations based on where and how they formed. The chemical makeup of stars reveals what kinds of interstellar clouds they formed from, and how those interstellar clouds in turn became enriched chemically by previous generations of stars. One of the groups of Milky Way stars shows evidence of having formed out of clouds enriched by lots of rapid star formation relatively early on in the life of the Galaxy. This group is more vertically extended than the other population, which formed out of clouds enriched by more gentle star formation.

Other results from APOGEE reveal how stars move around in the Milky Way, or pick out stars which joined our galaxy in special events when smaller galaxies were eaten by our large home galaxy. APOGEE spectra have also been used to reveal new information about how stars themselves work: for example with new measurements of what fraction of stars are found in binary or triple systems, or the discovery of interesting rare objects.

Another unanticipated result from APOGEE was that its large database of stars, combined with advances in stellar astrophysics from the Kepler Space Telescope, have allowed astronomers to discover a new tool to find the ages of stars. Using new techniques like this, APOGEE scientists have made major advances in identifying sets of stars with nearly-identical chemical patterns across the Milky Way, helping to reveal the history of our galaxy’s formation and evolution.

The infrared spectra of seven stars as measured by APOGEE, one of each of the seven main spectral types. The spectra are organized into a temperature sequence, with the hottest star on top. The vertical axis shows how bright the stars are; the horizontal axis shows the wavelength of light, with longer wavelengths to the right. The valleys in each spectrum reveal the presence of various atoms and molecules in the star.

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<strong>Image credit:</strong> Steven Majewski and the SDSS collaboration
The infrared spectra of seven stars as measured by APOGEE, one of each of the seven main spectral types. The spectra are organized into a temperature sequence, with the hottest star on top. The vertical axis shows how bright the stars are; the horizontal axis shows the wavelength of light, with longer wavelengths to the right. The valleys in each spectrum reveal the presence of various atoms and molecules in the star.

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Image credit: Steven Majewski and the SDSS collaboration

Mike Blanton, Director of SDSS-IV reflects, “When APOGEE began ten years ago, we knew it would give us a unique view of the history of the Milky Way, but we didn’t know we’d be able to expand it to Las Campanas to see its inner parts, and we didn’t know that so much detail of its history our scientists would be able to untangle. I’m looking forward to what other surprises the astronomical community will find in the data now that all of it is public for anyone to use, and to the new discoveries which will come from the SDSS-V Milky Way Mapper program.”







Fonte: SDSS Org

Ler mais:

sábado, 29 de janeiro de 2022

‘Pandemic vs endemic’ sets up two conflicting Covid endgames – Financial Times


Tim Colbourn, professor of global health epidemiology at University College London, said “many politicians don’t know what endemic means” even if “there’s a case for saying the worst is over”. He said: “It doesn’t mean severity will get lower. Endemic usually implies a steady state of equilibrium without large peaks, so we’re not really there yet. You could argue the politicians saying so are engaging in wishful thinking.”

Nelson Lee, public health professor at the University of Toronto, predicted Covid would not become “a disease that’s constantly occurring in a community” and instead would surge once or twice a year, similar to the way the flu virus behaved. “It will be like an epidemic. It will come and go depending on the evolution of the virus versus the combined immunity of the population.”
However coronavirus plays out, scientists agree the pandemic endgame will arrive eventually. “It’s pretty important to give an idea there’s light at the end of the tunnel and that pandemics don’t last for ever,” Balloux said.


Artigo completo aqui

Novo estudo aponta que a poluição química já ultrapassou o limite seguro



Uma equipa de cientistas avaliou o impacto no sistema terrestre da poluição química e chegou à conclusão de que já se ultrapassou o limite seguro planetário para a humanidade. Segundo os mesmos, a produção de produtos químicos já teve um aumento 50 vezes superior desde 1950, e prevê-se que até 2050 este número triplique. Em causa está a produção e libertação incessável de poluentes no meio ambiente, que para os especialistas, excede qualquer hipótese de avaliar os riscos a nível regional e global, mas também de os controlar.

O estudo Centro de Resiliência de Estocolmo, da Universidade de Estocolmo, revela que existem 350 mil diferentes produtos químicos a ser fabricados no mercado, entre eles plásticos, antibióticos, e pesticidas. Os limites identificados que mantém o Planeta Terra estável passam pela camada de ozono, biodiversidade, emissões de gases com efeito de estufa (GEE), acidificação dos oceanos, entre outros, mas no que refere ao limite para este tipo de poluição e de outras novas entidades, o grupo não conseguiu quantificar.

Os produtos químicos afetam a saúde do planeta de diversas maneiras, e a sua produção e dispersão por todo o mundo continuam a aumentar. De acordo com o Centro, atualmente, a quantidade total dos plásticos supera em dobro a quantidade de todos os mamíferos vivos – e 80% dos plásticos já produzidos estão espalhados pelo meio ambiente.

“Alguns destes poluentes podem ser encontrados globalmente, do Ártico à Antártida, e podem ser extremamente persistentes”, refere a autora Bethanie Carney Almroth, da Universidade de Gotemburgo. “Precisamos de implementar um limite fixo na produção e libertação de produtos químicos.”

Para a investigadora Sarah Cornell, a economia circular é também um conceito necessário de aplicar. “Mudar para uma economia circular é realmente importante. Isto significa mudar materiais e produtos para que possam ser reutilizados e não desperdiçados, desenvolver produtos químicos e produtos para reciclagem, e melhorar a triagem de produtos químicos para a sua segurança e sustentabilidade ao longo de todo o caminho de impacto no sistema da Terra”.

Diga Não ao Balão - Say No to Balloons


1. Evite todos os balões de plástico, metalizados, de látex
2. Os fios, fechos e hastes dos balões podem ser mortais
3. A etiqueta biodegradável engana
4. Os animais confundem os balões com alimento
5. Os fios, fechos e hastes podem estrangular os animais
6. Os biodegradáveis levam demasiado tempo a degradar-se e libertam químicos
7. Não lance balões para o ar
8. O hélio é limitado e é vital para usos médicos
9. Existem alternativas
  • Lançar bolas de sabão
  • Acender velas
  • Plantar flores
  • Plantar árvores
  • Atirar flores para a água

Free downloads of posters in Dutch, English, French, German, Indonesian, Italian, Malay, Norwegian, Portuguese and Spanish at Say No To Balloons

Porto cria Pacto para o Clima e convida sociedade civil a participar

A Câmara do Porto vai apresentar, na segunda-feira, o "Pacto do Porto para o Clima", um "convite a todos os cidadãos" a contribuírem para a neutralidade carbónica da cidade até 2030, adiantou hoje à Lusa o vice-presidente.



"Rumo a uma cidade neutra em carbono, resiliente, competitiva, justa e participativa" é o mote do documento que será apresentado na segunda-feira e a que a Lusa teve acesso.

A intenção é "que a cidade consiga antecipar" as metas de neutralidade carbónica apontadas pela Comissão Europeia de 2050 para 2030 e, "com esta ambição, assumir uma liderança nacional nesta matéria" explicou Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, responsável pelo pelouro do Ambiente e Transição Climática.

"Claro que este tipo de objetivos e de ambições têm de envolver-nos a todos, é um esforço coletivo que deve ser amplamente participado, e daí que o envolvimento dos cidadãos, das organizações, mas também do Governo nacional e da própria Comissão Europeia, nos vários programas que tem desenhados, é essencial neste caminho que queremos percorrer", prosseguiu.

Para isso, espera que, com este "convite a todos os cidadãos, mas também a todas as empresas e todas as organizações a participarem num desígnio comum", se consiga "criar um efeito de comunidade, em que haja uma partilha clara de responsabilidades do setor público e privado", permitindo "tirar maior partido possível dos fundos que estão à disposição".

"É um conjunto muito alargado de investimentos que também contamos que sejam oportunidades para desenvolver a nossa economia, apostando numa cidade cada vez mais circular e descarbonizada e acreditando que esses processos também representam um importante papel na atividade económica e na criação de emprego", destacou.

O cenário traçado pelo documento refere que 50% das emissões de gases de efeito de estufa (GEE) são de edifícios residenciais e de serviços e isso "convoca um grande apoio da iniciativa privada neste caminho", sublinhou Filipe Araújo.

Para isso, a autarquia pretende dar continuidade a um esforço que tem vindo a ser feito, "quer seja através da própria Câmara Municipal, quer seja através de entidades participadas como a Agência de Energia do Porto" à ajuda "no processo de escolha dos fundos disponíveis e que irão ser incrementados num futuro próximo".

O setor dos transportes, responsável por 40% das emissões, é outro dos caminhos em que a Câmara tem "aplicado um grande esforço, nomeadamente na redução tarifária ou nos programas de gratuitidade, trazendo as pessoas a utilizarem mais a SCTP e a Metro", mas também no apoio aos investimentos "que têm surgido com novas linhas de metro, ou na renovação de veículos da STCP para veículos elétricos e frotas mais sustentáveis".

"A atividade municipal é apenas responsável por 6% das emissões totais da cidade", razão pela qual, quando questionado sobre o pacote financeiro que a autarquia está preparada para investir nesta matéria, o vice-presidente remeteu para "investimentos transversais à cidade", que incluem investimentos públicos, como o supramencionado Metro, "mas também o apoio que tem der ser dado e que já está também previsto no Roteiro Nacional para a Neutralidade Carbónica".

Numa cidade que conseguiu reduzir, entre 2004 e 2019, 48% das emissões de GEE, importa continuar a reduzir, mas também captar as inevitáveis emissões.

Para essa capacidade de sumidouro, aquilo que noutras valências é apontado como uma vantagem -- ser uma cidade pequena -- torna-se um desafio, que se espera ver ultrapassado "convocando todo o sistema científico e de investigação com vários projetos para a captação de carbono de uma maneira inovadora".

"Mas, acima de tudo, maximizar a captação de carbono através das áreas verdes e de arborização da cidade, embora conscientes de que a área do Porto é reduzida. O que queremos é apostar fortemente na reflorestação das serras à volta do Porto, onde teremos capacidade para ajudar, em conjunto com os municípios vizinhos", detalhou.

Apostar na neutralidade carbónica é também apostar "na qualidade de vida dos cidadãos", promovendo a "circularidade", uma "melhor qualidade do ar", mas também "uma cidade que se quer cada vez mais participativa", rematou Filipe Araújo.

Saber mais:

Joseph Schumpeter and the Economics of Imperialism

The Austrian economist Joseph Schumpeter believed that the triumph of socialism was inevitable, but he rejected the Marxist view of how capitalism works. His ideas are a stimulating challenge for those seeking an alternative to capitalism today.



Joseph Alois Schumpeter was one of the most prominent political economists during the first half of the twentieth century. He published prolifically in both German and English on questions of economic theory, economic sociology, economic and social policy, and the history of ideas. A phrase Schumpeter coined to describe the essence of capitalism as he understood it, “creative destruction,” has become one of the most familiar terms in the economic lexicon.

In politics, Schumpeter was a liberal conservative — or perhaps a conservative liberal — but he was also deeply influenced by his Marxian contemporaries. As a student at the University of Vienna, Schumpeter was a member of Eugen von Böhm-Bawerk’s legendary graduate seminar, along with three leading Austro-Marxists — Rudolf Hilferding, Otto Bauer, and Emil Lederer — and the free-market liberal Ludwig von Mises.

This experience no doubt encouraged Schumpeter to explore many of the same questions that his Marxist contemporaries had posed, although the answers that he formulated differed sharply from theirs. He disagreed with the Marxist view of capitalism’s inner contradictions while believing that the ultimate victory of socialism was inevitable anyway. For Schumpeter, the drive toward imperialism and war that was so evident in his own time stemmed from precapitalist social forces that were still at work in European society rather than the logic of capitalism itself.

Life and Work

Schumpeter was born into a prosperous middle-class family in the Moravian town of Triesch on February 8, 1883, a month before the death of Karl Marx. He died in Cambridge, Massachusetts on January 7, 1950. Schumpeter’s father, a merchant, had died in 1887, and his mother soon remarried. His new stepfather was a general in the Austro-Hungarian army, so the young Joseph grew up in a distinctly upper-class environment.

He was educated in Vienna at the prestigious Theresianum Academy of Knights of Vienna. Schumpeter went on to spend five years at the University of Vienna between 1901 and 1906, where he studied law, mathematics, and philosophy in addition to economics. His first publication came in 1906, when he was only twenty-three years of age.

From 1909 to 1911, Schumpeter was professor of economics at the University of Czernowitz, moving first to the University of Graz (1911–1921) and then to the University of Bonn (1925–1932). In addition to these academic posts, he worked as a lawyer and a financial speculator — not to mention a brief stint as minister of finance in the new post-Habsburg Austrian republic between March and October 1919 — and spent some time in Britain and the United States.

Schumpeter spent the last eighteen years of his life at Harvard University, where he was president of the Econometric Society (in 1942) and the American Economic Association (in 1948). Were it not for his unexpected death, Schumpeter would also have served as the founding president of the International Economic Association in 1950.Schumpeter disagreed with the Marxist view of capitalism’s inner contradictions while believing that the ultimate victory of socialism was inevitable anyway.

Although there is a substantial literature on Schumpeter’s life and work, no comprehensive edition of his works has yet been published, whether in English or in German. Richard Sturn suggests that this may reflect the absence of a specific “Schumpeter school” of economics. Probably best known today as a historian of economic thought, Schumpeter was the author of two hundred journal articles and several influential books, two of which ran to more than a thousand pages: the two-volume Business Cycles and the posthumously published History of Economic Analysis.

However, those interested in Schumpeter’s thinking, especially from the left, will probably turn first to his most celebrated work, 1942’s Capitalism, Socialism and Democracy, which is a mere 425 pages in length. The book consists of five parts, respectively titled “The Marxian doctrine,” “Can capitalism survive?” “Can socialism work?” “Socialism and democracy,” and “A historical sketch of socialist parties.”

It would be impossible in the space of a short article to give a satisfactory account of this complex, scholarly, and highly opinionated work. I will concentrate instead on Schumpeter’s analysis of the economics of imperialism, which provides an entry point into his broader approach to the capitalist mode of production, its history, and its prospects.
Explaining Imperialism

Twenty-three years before the appearance of Capitalism, Socialism and Democracy, Schumpeter published a lengthy article on “The Sociology of Imperialism” in a German-language academic journal, which did not appear in English until just after his death. In the version that I have consulted, there are ninety-six pages of text, amounting to perhaps 35,000 words.

Schumpeter began with a brief introductory section outlining the nature of the problem, in which he argued that aggressive attitudes on the part of states need not be a simple reflection of the population’s concrete economic interests. Indeed, in the case of imperialism, we might say that nations and classes seek “expansion for the sake of expanding, war for the sake of fighting, victory for the sake of winning, dominion for the sake of ruling.” In this spirit, he defined imperialism as “the objectless disposition on the part of a state to unlimited forcible expansion.”

The author did acknowledge that “neo-Marxist theory” had attempted to provide an economic explanation for imperialism, reducing it to “the economic class interests of the age in question” (emphasis in original, and hereafter). Although he conceded that the Marxist view was “by far the most serious contribution” that had been made to the analysis of imperialism and agreed that there was “much truth in it,” Schumpeter proceeded to criticize it at some length.

He began by describing the strongly anti-imperialist sentiments that had prevailed in mid-nineteenth-century Britain in a section with the strange title “Imperialism as a catchphrase.” After a lengthy account of the way imperialism had operated in ancient times, the medieval period, and the age of absolute monarchy, Schumpeter devoted the final third of the essay to discussing the relationship between imperialism and capitalism.

At the start of this concluding section, Schumpeter returned to the prevalence of “non-rational and irrational, purely instinctual inclinations towards war and conquest.” He believed that many — and perhaps most — wars throughout history had been waged without any adequate reason. According to Schumpeter, this in turn was strong evidence that “psychological dispositions and social structures acquired in the dim past . . . tend to maintain themselves and to continue in effect long after they have lost their meaning and their life-preserving function.”

On the strength of this analysis, Schumpeter rejected the argument of Vladimir Lenin and other Marxist thinkers that there was a necessary link between imperialism and capitalism. Imperialism was in fact “atavistic in character” and stemmed from “the living conditions, not of the present but of the past — put in terms of the economic interpretation of history, from past rather than present relations of production.” In political terms, we should see imperialism as the product not of capitalist democracy but rather of the earlier stage of “absolute autocracy.”Schumpeter rejected the argument of Marxist thinkers that there was a necessary link between imperialism and capitalism.

Schumpeter insisted that under capitalism, there was “much less excess energy to be vented in war and conquest than in any pre-capitalist society.” In a capitalist society, the pursuit of profit absorbed the energies of the population, with wars of conquest rightly seen as “troublesome distractions, destructive of life’s meaning, a diversion from the accustomed and therefore ‘true’ task.”

The economist cited what he considered to be strong evidence of the powerful anti-imperialist tendencies at work in capitalist society. Those tendencies included deep opposition to militarism, military expenditure, and war, which were most powerful among industrial workers but also manifested in large sections of the capitalist class.

It was no accident, he suggested, that of all the capitalist nations, the United States was the one least inclined toward imperialist adventures and also “the least burdened with pre-capitalist elements, survivals, reminiscences, and powerful factors.” We should look upon the imperialist tendencies that could indeed be found within capitalism as “alien elements, carried into the world of capitalism from the outside, supported by non-capitalist factors in modern life.”