quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O Livro Negro do Comunismo


Originalmente publicada na França pela editora Robert Laffont, a obra foi lançada por ocasião dos 80 anos da Revolução Russa e se propõe a realizar um inventário da repressão política, execuções extra-judiciais, deportações, crimes de guerra e abusos de direitos humanos alegadamente perpetrados por regimes comunistas. 

A introdução, a cargo do editor Stéphane Courtois, declara que "…os regimes comunistas tornaram o crime em massa uma forma de governo". Usando estimativas não oficiais, apresenta um total de mortes que chega aos 94 milhões. A estimativa do número de mortes alegado por Courtois é a seguinte:
  • 20 milhões na União Soviética
  • 65 milhões na República Popular da China
  • 1 milhão no Vietname
  • 2 milhões na Coreia do Norte
  • 2 milhões no Camboja
  • 1 milhão nos Estados Comunistas do Leste Europeu
  • 150 mil na América Latina
  • 1,7 milhões na África
  • 1,5 milhões no Afeganistão
  • 10 000 mortes "resultantes das ações do movimento internacional comunista e de partidos comunistas fora do poder" 
O livro defende explicitamente que os regimes comunistas são responsáveis por um número maior de mortes do que qualquer outra ideologia ou movimento político, incluindo o fascismo. As estatísticas das vítimas incluem execuções, fomes intencionalmente provocadas, mortes resultantes de deportações, prisões e trabalhos forçados.

Uma lista parcial mais detalhada de alguns crimes cometidos na União Soviética durante os regimes de Lenin e Stalin descritos no livro inclui:
  • As execuções de dezenas de milhares de reféns e prisioneiros e de centenas de milhares de operários e camponeses rebeldes entre 1918 e 1922.
  • A grande fome russa de 1921, que causou a morte de 5 milhões de pessoas.
  • A deportação e o extermínio dos cossacos do Rio Don em 1920.
  • O extermínio de dezenas de milhares em campos de concentração no período entre 1918 e 1930.
  • O Grande Expurgo, que acabou com a vida de 690 000 pessoas.
  • A deportação dos chamados "kulaks" entre 1930 e 1932.
  • O genocídio de 10 milhões de ucranianos - conhecido como "Holodomor" - e de 2 milhões de outros durante a fome de 1932 e 1933.
  • As deportações de polacos, ucranianos, bálticos, moldavos e bessarábios entre 1939 e 1941 e entre 1944 e 1945.
  • A deportação dos alemães do Volga.
  • A deportação dos tártaros da Crimeia em 1943.
  • A deportação dos chechenos em 1944.
  • A deportação dos inguches em 1944.
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