segunda-feira, 10 de maio de 2004

Por que dizer não aos transgénicos, por Olimpio Junior

POR QUE DIZER NÃO AOS TRANSGÊNICOS

Via Casita Colibri

Olimpio Araujo Junior

Podemos citar dezenas de excelentes motivos para se dizer “NÃO” aos alimentos geneticamente modificados, enquanto os defensores dos transgénicos só tem um argumento de peso a seu favor: o lucro.

A ganância por ganhar cada vez mais está fazendo muitos produtores fecharem os olhos para os problemas causados pelos transgênicos, e o pior, é que nem o próprio lucro está comprovado, pois segundo dados fornecidos pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Bio-segurança), os transgênicos são menos aceitos que os convencionais, e por isso, quem produz transgênicos, acaba produzindo menos. Entre os anos de 1996 e 2001, período de grande crescimento do plantio de alimentos geneticamente modificados nos Estados Unidos, a produção por hectare cresceu 4%, enquanto no Brasil, com sementes convencionais, durante o mesmo período, a produção aumentou 25% (dados CTNBio). Além disso, segundo dados da FAEP, a produtividade de soja brasileira, por exemplo, já alcança 4 toneladas por hectare, isso demonstra que não precisamos parar de produzir alimentos convencionais substituindo-os por geneticamente modificados. Se a intenção é lucrar mais, então por que não investir na soja orgânica, que além de natural, tem mercado garantido e preço muito maior que o da convencional ou que a transgênica?

Outro grande motivo para se dizer “NÃO” aos transgênicos é que os mesmos podem ser patenteados, e quando não existir mais sementes convencionais no mercado, as empresas detentoras de seus direitos poderão cobrar quanto quiserem por suas sementes, fertilizantes e agrotóxicos, controlando como queiram o mercado e o que deve ser utilizado pelo produtor. Por isso, o que é barato e lucrativo para ser produzido hoje, amanhã pode ser o pesadelo de quem planta. Os lucros da agricultura podem ser transferidos em um passe de mágica para as indústrias dos transgênicos, e então perderemos o superávit gerado pela agricultura, que impulsiona todo o resto do país.

EUA x BRASIL: A GUERRA JÁ COMEÇOU

Na luta pelo mercado internacional, os Estados Unidos da América, usam seus técnicos e sua imprensa como principal arma para vencer de forma suja e desleal seu maior concorrente: O Brasil.

Nosso País atualmente é o maior produtor mundial de soja não-transgênica e agora está sendo inconsequentemente acusado de ter 60% de sua soja transgênica, mesmo sem referência alguma a qualquer estudo cientifico sobre o assunto. Mas esta não é a única tática inescrupulosa utilizada pelos nossos vizinhos. Suas multinacionais já iniciaram uma forte campanha publicitária tentando convencer agricultores brasileiros que os mesmos passariam a ter vantagem competitiva e maiores lucros com a produção de transgênicos. Além disso, misteriosamente sementes transgênicas contrabandeadas começaram a aparecer em nossas lavouras.

É bom lembrar a nossos agricultores que quem tudo quer, tudo perde. O mercado internacional em sua maioria, não aceita sementes transgênicas (como recentemente a China ameaçou não comprar mais soja brasileira), e esse é o principal motivo dos EUA insistirem para nós também produzirmos, pois assim além de forçar o mercado mundial a aceitar esse produto, visto que os dois maiores produtores do planeta estariam utilizando material geneticamente modificado, eles também passariam a dominar nossa agricultura, através de nossa dependência tecnológica e das leis internacionais de patentes.

Segundo Jorge Proença, agrônomo da FAEP, “Seria tolice plantar transgênicos se o mercado comprador não aceita este tipo de produto” (Boletim Informativo FAEP/SENAR, nº 754). A soja convencional (não-transgênica), é tida como a maior vantagem competitiva do Brasil no mercado mundial, o que fez com que se torna-se o principal fornecedor da União Europeia, que prefere consumir alimentos convencionais. No Brasil não é diferente, segundo pesquisa do IBOPE, de cada 100 pessoas que possuem conhecimentos sobre transgênicos, 71 rejeitariam produtos fabricados a partir dos mesmos na fabricação direta ou indireta de alimentos. Em julho de 2002, em pesquisa semelhante, o Greenpeace constatou um índice de rejeição de 74%.

A luta contra os transgênicos é uma obrigação de cada cidadão e vai além de nossas mesas, podendo ser realmente encarado como um problema de soberania nacional.


A DOMINAÇÃO ATRAVÉS DOS TRANSGÊNICOS

As empresas multinacionais que hoje dominam a produção de transgênicos são originalmente especializadas em produtos químicos e farmacêuticos, muitas delas, produtoras de inseticidas, herbicidas e fungicidas. Monsanto, Novartis, Pioneer e Agrevo respondem pela grande maioria das sementes de variedades transgênicas registradas no Brasil e estão entre as maiores do mundo em seu ramo. Seu objetivo na pesquisa de transgênicos é favorecer a venda de seus próprios agrotóxicos. A soja Roundup Ready, por exemplo, foi desenvolvida para ser resistente ao herbicida Roundup, sendo que ambos são produzidos pela Monsanto.

Se estas variedades vierem a substituir as tradicionais e as convencionalmente melhoradas estaremos subordinados aos interesses destas empresas. Há ainda o risco dessas empresas adotarem de forma generalizada uma operação transgênica chamada Terminator. As variedades transgênicas com as características Terminator produzem sementes estéreis, impedindo que os agricultores produzam sementes próprias a partir das compradas. A propaganda dessas empresas diz o contrário, que isso não seria feito, porém, nada impede que após liberados no Brasil a operação Terminator seja implantada.

É válido citar o caso dos produtores de fumo, que no início receberam todos os incentivos possíveis, e o que parecia ser um grade negócio para todos se transformou em uma grande armadilha. A maioria desse produtores hoje estão completamente na mão das empresas que lhes fornecem desde a semente, equipamentos até os produtos químicos, compram seu produto final pelo menor preço, e os produtores não podem mudar de ramo ou por que possuem rígidos contratos, ou por que estão endividados e não possuem recursos para recomeçar.

Agora as multinacionais afirmam que a adoção dos transgênicos no Brasil deve trazer maiores ganhos aos agricultores, manipulando informações e omitindo seus reais interesses, porém, na verdade, isso permitirá que as empresas não apenas ditem os preços que quiserem, mas ainda controlem a produção nacional em função de seus interesses econômicos internacionais, ignorando o interesse público.

É bom lembrar que estas empresas são na maioria americanas, que o Estados Unidos é o maior concorrente do Brasil na produção e exportação de grãos e que a maioria dos países da Europa só compram a soja e o milho brasileiro devido a garantia de que aqui não se produz transgênicos. Sendo assim, estas multinacionais podem monopolizar a produção de sementes para a agricultura, tornando agricultores brasileiros e o Brasil dependentes de seus interesses.


OS TRANSGÊNICOS E A AGRICULTURA

Atualmente, uma decisão judicial impede o governo federal de liberar o cultivo de transgênicos, entretanto, o contrabando de sementes transgênicas da Argentina já estão contaminando o meio ambiente no sul do país enquanto a importação de produtos contendo transgênicos já pode estar provocando impactos na saúde dos consumidores.

Sem discutir com a sociedade, o governo brasileiro de FHC, autorizou 636 testes de campo para 176 variedades transgênicas de arroz, milho, batata, soja, algodão, cana-de-açúcar, fumo e eucalipto. Quase 90% destas variedades foram patenteadas por seis empresas multinacionais. E cinco variedades transgênicas da soja, chamadas Roundup Ready, obtiveram parecer técnico favorável da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança para o cultivo comercial – o que não significa autorização final, pois ainda não foram concedidas autorizações dos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, além de estar suspensa, por decisão judicial, sua eventual aprovação final.

As primeiras pesquisas independentes em relação ao cultivo de transgênicos estão provando que os resultados não são bons e que os riscos desta tecnologia são muito grandes. No Brasil os protestos se sucedem, por meio de organizações de consumidores como o IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), de ambientalistas e de cientistas da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e de muitos outros. Na Europa , EUA e Japão, cada vez mais ambientalistas, médicos, cientistas e agrônomos unem-se contra o produção de transgênicos.

Outro risco para agricultura é que os transgênicos podem afetar a vida microbiana no solo e reforçam a tendência à uniformidade genética na agricultura, com grandes monoculturas utilizando umas poucas variedades da mesma espécie.

A toxina Bt pode ser incorporada ao solo junto com resíduos de culturas, afetando invertebrados e/ou microorganismos que têm importante função na reciclagem de nutrientes para uso das plantas ou podem afetar a capacidade de multiplicação no solo das bactérias que retiram nitrogênio do ar e permitem a fertilização natural desta leguminosa devido ao uso maciço de herbicidas nos campos cultivados com variedades em que se introduziu resistência a estes agrotóxicos.

Como podemos ver, não existe nenhuma vantagem na adoção desta nova tecnologia, muito pelo contrário, se cedermos as pressões dos interesses das multinacionais, não só estaremos entregando nosso país mas também estaremos vendendo nossas almas, pois perderemos totalmente o controle de nossas vidas, de nossa economia e até de nossa alimentação.


DEZ RAZÕES PARA SER CONTRA OS PRODUTOS TRANSGÊNICOS

"As sementes são patrimônio da humanidade"

1º. Não há nenhuma segurança, ainda, sobre seus efeitos sobre a saúde das pessoas que os consumirem.
2º. Não há nenhuma segurança, ainda, sobre os efeitos sobre o meio ambiente, já que esses novos seres vivos não existiam antes na natureza, e são resultados de experimentos de laboratório.
3º. Não há nenhuma segurança, ainda, sobre os efeitos para a saúde dos agricultores que conviverem com essas sementes e estes produtos.
4º. As pesquisas de sementes e produtos transgênicos realizados pelas empresas visam apenas aumentar suas taxas de lucro e não melhorar o bem estar da população.
5º. Embora, os métodos de biotecnologia possam ser benéficos, não há nenhuma prova concreta de que as sementes transgênicas, por si só sejam mais produtivas e mais adequadas à preservação da natureza, do que as sementes melhoradas.
6º. Cerca de 97% das sementes transgênicas existentes no mercado tem sua utilização e produtividade casadas com o necessário uso de algum tipo de agrotóxicos: herbicidas, inseticidas, etc.
7º. Muitas sementes transgênicas possuem o componente "terminator" que as esteriliza para utilização de seus frutos como sementes. Obrigando os agricultores a comprar novas sementes a cada safra, ficando dependentes sempre da empresa fornecedora.
8º. O domínio da biotecnologia e o uso dos transgênicos está levando a um processo de controle oligopólico em todo mundo, das sementes por parte de apenas oito grandes grupos econômicos.
9º. Os agricultores perderão completamente o controle do uso das sementes e ficarão totalmente dependentes das empresas multinacionais.
10º. É possível ter sementes e alimentos sadios, em grande quantidade para toda população mundial, respeitando o meio ambiente, praticando uma agricultura saudável, sem depender de transgênicos. A fome existente no mundo e no Brasil não é decorrente da falta de alimentos, mas do modelo económico concentrador de renda e de riqueza que impede muitas pessoas de terem acesso aos alimentos necessários para uma vida saudável.

OS TRANSGÊNICOS NA MÍDIA

Na Era da Informação e da Globalização, as maiores armas de uma organização são o marketing e a comunicação. Uma das melhores estratégias de marketing é utilizar-se em partes do construtivismo e das mensagens sublineares, fazendo com que as pessoas aceitem uma determinada ideia ou um produto sem perceber que estão sendo induzidas a isto.

Aos poucos as pessoas passam a acreditar que fumam por opção própria, e não por que passaram anos assistindo pessoas bonitas e de sucesso fumando na TV. Acreditam também que vestem um estilo de roupa por que faz parte de sua personalidade, e não por que aquela roupa faz parte de um estereótipo construído pelas telas do cinema ou pela última novela. Comemos, vestimos, compramos e até descartamos o que a mídia quer. Acreditamos que existe um “eixo do mal”, formados por perigosos vilões que querem dominar o mundo, mas ao mesmo tempo ficamos tranquilos, pois assistimos na TV que os Estados Unidos vai fazer de tudo para salvar o mundo.

Mas não é só a mídia que tem o poder de programar nossas vidas, a educação também pode ser utilizada como uma ferramenta para manipulação. Lembremo-nos sempre: ‘a mesma mão que bate é a mão que acaricia’. Basta lembramos que ainda existe quem jure que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil em 1.500. A educação demonstra ainda mais claramente seu poder de construção da identidade de uma pessoa quando observamos indivíduos criados em diferentes sociedades. Um brasileiro comum, equilibrado mentalmente, dificilmente se amarraria a bombas e explodiria em nome de seus ideais, porém, para um islâmico fundamentalista, mesmo com curso superior e equilíbrio mental considerado normal, é gratificante tomar um avião e explodir dentro de um prédio com 5.000 pessoas.

Utilizando o que existe de melhor em marketing e comunicação, a Monsanto tem apelado para imagens inocentes e frases de efeito em campanhas milionárias para convencer a todos de que os transgênicos são a salvação do mundo.

A Monsanto lançou na segunda-feira, 8 de dezembro de 2003, uma campanha nacional para tentar desmitificar os transgênicos, levando ao público dados manipulados sobre sua segurança alimentar e ambiental tentando provar também que a transgenia pode proporcionar outros benefícios. A campanha, desenvolvida pela Fischer América, foi veiculada na mídia impressa e eletrônica (rádios, Internet e TVs) durante todo o mês de dezembro e teve como público-alvo donas-de-casa, mães e estudantes, com um total de investimentos de cerca de R$ 6 milhões, aplicados em pesquisas, na produção de materiais e na veiculação dos anúncios. Segundo Felipe Osório, diretor de Marketing da Monsanto, este público alvo foi selecionado por que as donas-de-casa que decidem o que vai para a mesa da família e os estudantes são futuros formadores de opinião e um público que se mostra mais preocupado com o ambiente.

Além de apelar para o lado emocional do telespectador, a Monsanto se utiliza de argumentos ambientais e sociais, tentando passar uma imagem de uma empresa socialmente responsável e ambientalmente correta. Na verdade, a empresa responsável pelo marketing da Monsanto não está fazendo nada de novo. Estão apenas reproduzindo a mesma estratégia já utilizada durante décadas pelos fabricantes de cigarro, ao tentar ligar a imagem de seus produtos ao sucesso, a saúde, ao meio ambiente equilibrado e outros temas politicamente e ambientalmente corretos.

Outra estratégia que tem sido muito utilizada é o convencimento dos agricultores. Constantemente a Monsanto tem oferecido jantares, coquetéis e palestras, onde reforçam suas mensagens que sempre estão ligadas ao lucro fácil proveniente do aumento da produtividade e diminuição dos custos de produção, argumentos comprovadamente mentirosos.

Porém, mesmo com todo este ataque ideológico, mais de 80% da população ainda é contra os transgênicos. Precisamos unir estas pessoas e fazer o possível e o impossível para transformar este número no mínimo em 99%. Dizer não aos trangênicos é mais que uma questão ambiental ou de saúde, é uma questão de soberania nacional.


UNIVERSIDADE MONSANTO? ERA SÓ O QUE FALTAVA!

Com o descarado slogan “Plante esta cultura”, a multinacional transgênica Monsanto invade agora a educação brasileira. Com frases vazias que parecem dizer alguma coisa, mas na verdade procuram apenas esconder seus reais interesses de manipulação e dominação, o site www.monsanto.com.br apresenta a sua Universidade

“Se você já pensou em um mundo melhor, você pensa como a gente. Você pensa em um mundo com transgênicos”

“Nós, da Monsanto, sempre acreditamos que a liderança no mercado depende da nossa capacidade de inovar. Que depende também da nossa capacidade de desenvolver pessoas.”

“A Universidade Monsanto semeia o saber como força transformadora, inovadora. Plante esta cultura. A cultura da liderança. A cultura da Monsanto”

A real intenção é formar profissionais completamente condicionados sobre as pseudo vantagens dos transgênicos.

IMPACTO AMBIENTAL DOS TRANSGÊNICOS

Ainda não existem no Brasil conhecimentos científicos suficientes sobre os impactos do uso de transgênicos tanto no meio ambiente, quanto na saúde humana, nem critérios de avaliação ou procedimentos científicos para testá-las em nossa realidade. Os poucos estudos de impactos potenciais existentes foram realizados pelas multinacionais nos ambientes de seus países de origem e estão sendo contestados por inúmeros cientistas, como no caso da Europa que anunciou a suspensão do licenciamento de plantas geneticamente modificadas.

As multinacionais afirmam que não há riscos, mas se recusam a assumir a responsabilidade pelos eventuais efeitos negativos. Já as companhias americanas de seguros só aceitam assumir os riscos de curto prazo resultantes da introdução de plantas geneticamente modificadas no meio ambiente, mas avisam que não oferecerão cobertura de responsabilidade por danos ambientais catastróficos de médio e longo prazo.

Isso se deve ao fato de que, uma vez liberados na natureza, não é mais possível restabelecer o equilíbrio ambiental, pode-se cessar o uso de um agrotóxico, por exemplo, e restabelecer um equilíbrio entre insetos-praga e seus predadores após um certo tempo, mas não é possível desfazer os impactos nos ecossistemas ou controlar os processos de transgénese espontânea que porventura venham a ocorrer, pois é impossível retirar da natureza os genes que foram artificialmente introduzidos numa planta.

Recentemente foi demonstrada por pesquisas de universidades americanas a possibilidade de transferência espontânea, para plantas silvestres da mesma família ou para insetos, dos genes introduzidos numa variedade cultivada. Por exemplo, os genes introduzidos em espécies cultivadas para torná-las resistentes a herbicidas podem transferir-se espontaneamente para plantas silvestres com risco de torná-las superervas daninhas de difícil controle ou, em culturas como milho e algodão, em que foram introduzidos genes retirados da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), verificou-se que geraram resistência crescente em espécies de mariposas cujas lagartas passaram a atacar tanto estas culturas, quanto várias outras e, inclusive, algumas plantas silvestres.

Os estudos sobre a transgênese continuam, mas indiferente dos resultados, temos o dever ético de lutar contra os alimentos transgênicos. A natureza é uma grande teia e se o seu equilíbrio for quebrado, as consequências afetarão todas as formas de vida em um grande efeito dominó.

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