quinta-feira, 14 de julho de 2011

A mercadorização da liberdade - já se aperceberam?

Sem Tempo para lamentações 
Estamos na era mais parva, estúpida e mais sociopata de sempre
 ~ No Time to Cry~




A internet é uma rede neurocerebral artificial. Dispõe de imensa informação mas está a ficar demasiado controleira por excesso de uma programação em escalada de pressupostos economicistas e contendo os mesmos vícios de forma e conteúdo dos modelos dos "programadores" que também são/estão subjugados aos "mercados", e entregamo-nos neste enorme faz de conta da "liberdade"...e se  insistirmos em colocarmos demasiado inputs financeiros e "marketing" e regulações económicas, meramente empresariais e sempre na tónica da Economia, caíremos na mercadorização da liberdade. Tudo do isto leva a um constrangimento e obstrução completa, terminando em nosso colapso e em arrasto do planeta. 

Regressando à minha ideia de que vivemos numa Neo-Idade Média.

Na Idade Média tínhamos as cruzadas, havia os eremitas, os mártires e a peste. Hoje temos a bíblia financeira, as cruzadas são os investidores que obtêm lucros astronómicos, derrubando civilizações ditas periféricas, os actuais eremitas serão os pontos de sustentabilidade (ecovilas, associações cívicas, correntes artísticas alternativas, naturismo, desobediência civil, novas comunidades: permacultores, food not bombs, wnbr , massa crítica), os crimes socioambientais de maior escala que os mártires de outras épocas (nunca antes vistos- estes investidores são autênticos sociopatas) e a peste traduz-se na actual e factual insegurança genética (aumentado a frequência de epidemias) causada pela artificialização das nossas condições de saúde e a perda da biodiversidade (causada pelas monoculturas de OGM, perda de  biodiversidade nas florestas tropicais e a sobrepesca). 

Desculpem recorrer um pouco a argumentos algo religiosos ou esotéricos, mas não averiguo outro argumento mais profundo. Estamos agora numa nova cruzada, precisamos de um empowerment (empoderamento) colectivo que derrube esta fascizante e decrépita bíblia da economia. 
Depois de um ar mais livre, veremos como progredir.

3 comentários:

Unknown disse...

Muito bom, João. Gostei muito da leitura e nem imagina como concordo consigo. Abraço.

João Soares disse...

Olá, António, meu bom amigo!
Exacto, como coloquei no início do meu blogue: "Não contem comigo os farisaicos e serviçais de alguma forma de poder/submissão que ponham em causa o re-herdar a Terra e por uma qualidade vida em Paz, Sem Pressas e Sem Competição.

Leonardo Costa -careca enquanto tiver lamina- disse...

Que cobrem impostos dos que ganham dinheiro de verdade. Bancos e Corporações produzem proporcionalmente menos emprego do que as pequenas e médias empresas, pagam proporcionalmente muito menos impostos e assim ainda tem caixa para financiarem todas as campanhas políticas que desejarem, sem limites, de políticos que lhes servirão para defenderem ainda mais legislações que facilitarão adicionalmente a carga fiscal de Corporações e mais uma parte é evadida através dos paraísos Fiscais. Enquanto isso as bases das populações se empobrece para pagar a conta do dinheiro que some dos sujos que fizeram a sujeira e ficaram com todos os benefícios limpo do golpe sujo. Sabem, essa gente quer ganhar seus bônus, prêmios e se aposentar, pensam em mais uns quarenta, cinquenta anos a frente depois do golpe de suas vidas e fim, não pensam no planejamento dos milhões que formam a sociedade e continuarão geração após geração, as pessoas normais que se importam umas com as outras, essas, que possuem família, filhos, netos etc. Família! E o impacto ambiental para as pessoas, suas atividades produtivas naquela região as vezes degradadas. Corporações pouco pensam em quando fecham uma fabrica na Europa e mandam a planta industrial para a China. Não pensam em povo, sociedade e meio ambiente, pesam em lucro.
A base produz, trabalha e consome, fecha redondo no entanto pagam proporcionalmente muito mais impostos do que bancos e corporações e os pequenos e médios representam a identidade daquela região cultural. Cobrem mais impostos dos ricos e menos dos pequenos e médios e a Economia volta a crescer. Já corporações não possuem identidade cultural propriamente, possuem metas de lucro para remunerar acionistas que receberam uma promessa de lucro em troca do seu dinheiro. Cara como ainda não me deprimi!!!!!!!