quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A suspensão da avaliação passa para a comunicação social

Mais um cartoon excelente do Anterozóide


1. [JN, 22 de Outubro] Na moção aprovada terça-feira pelos docentes da Escola Secundária com 3º ciclo Camilo Castelo Branco de Vila Real pode ler-se que a classe docente considera este modelo de avaliação "atabalhoado, desajustado, burocrático, anti-ecológico" , devido à "quantidade de árvores que vai ser necessário abater para produzir pasta de papel suficiente para todas as evidências, grelhas, fichas que o modelo comporta e obriga". O documento refere ainda que objectivos de todos os docentes estão definidos e passam, indiscutivelmente, pelo sucesso dos seus alunos.
Porém, acrescenta, "não está na sua mão garantir resultados", pois há que contar com todo um conjunto de factores, como o meio onde a escola está inserida, a situação sócio-económica dos agregados familiares, a cultura de hábitos de trabalho ou a ausência dela, ou a falta de expectativas de alunos e encarregados de educação.

2. [JN, 23 de Outubro] A Federação Nacional de Ensino e Investigação (FENEI) exigiu mesmo ao Governo, na quinta-feira, a suspensão "imediata" da avaliação de desempenho dos professores e propôs a adopção do modelo simplificado, considerando que o actual processo "ameaça o funcionamento normal das escolas".
A ministra da Educação considerou este pedido "um pouco infantil", dado que governo e sindicatos assinaram um acordo sobre a matéria em Abril.
"Não tem sentido que instituições credíveis e de boa fé assinem um memorando de entendimento e, meses depois, venham dizer que afinal não é bem assim, ou que a situação mudou", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues à Lusa, acentuando que "quando duas instituições assinam um acordo de entendimento, devem cumpri-lo até ao fim".


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