Ativistas bloquearam todas as entradas do estabelecimento de ensino em Lisboa e subiram aos telhados, exigindo também a demissão do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, o antigo CEO de uma petrolífera que continua a querer "furar o nosso futuro'".
Várias dezenas de estudantes mobilizaram-se para exigir o fim da utilização de combustíveis fósseis até 2030 e a demissão do ministro da Economia, António Costa e Silva, barricando-se na escola António Arroio. Cerca de 300 pessoas, entre alunos e professores, reuniram-se à porta da escola para apoiar a iniciativa do movimento “Fim ao Fóssil: Ocupa!”. Dentro do estabelecimento de ensino, alguns estudantes foram “trancados no telhado”. Alice Gato apontou que as vias de diálogo com o conselho diretivo da escola se tornaram inexistentes.
A ativista explicou à comunicação social que o objetivo deste movimento é “ocupar até vencer”, e que o que está em jogo é, nada mais nada, nada menos, do que o futuro desta geração e “a continuação da civilização humana”.
Por sua vez, Leonor Pêra, uma das alunas a dormir na escola António Arroio há três dias, referiu que “o espírito das pessoas” tem mudado, e que e a “voz” das e dos ativistas está “muito mais potente que no primeiro dia”. Segundo referiu, neste estabelecimento de ensino, cerca de metade dos professores estão solidários com o movimento e a generalidade dos estudantes também apoiam a causa, com a qual estão comprometidos.
Os ativistas estudantis garantem que não irão desmobilizar e que manterão os bloqueios iniciados no início da semana. À semelhança do que acontece com a escola António Arroio, outras escolas de Lisboa também já foram ocupadas, como é o caso do Liceu Camões, e também quatro universidades. Mais de 150 estudantes dormiram nas suas escolas e universidades.
Se por um lado, exige-se que "o Governo declare o fim aos combustíveis fósseis até 2030 através de um plano que não possa ser revogado nem por este executivo nem por outros vindouros", por outro, pede-se a "demissão imediata do ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva", frisou Alice Gato.
De acordo com a ativista, oposição a Costa e Silva não se resume ao que o governante fez no passado enquanto ex-CEO da petrolífera Partex, mas também por "neste momento, enquanto ministro, continuar a defender o interesse das petrolíferas e de 'furar o nosso futuro'".
O movimento “Fim ao Fóssil: Ocupa!” apela à mobilização dos estudantes, para que se juntem às ocupações, e exorta a sociedade a apoiá-las. Os ativistas apelam ainda à participação na marcha pelo clima de dia 12 de novembro, às 14h, no Campo Pequeno, organizada pela coligação “Unir Contra o Fracasso Climático”.
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