Na solidão da vasta planície,
Onde o vento sussurra canções antigas,
Uma menina caminha com a sua tristeza
Envolta em sombras e melancolia.
Os seus olhos refletem a noite escura,
Onde estrelas cintilam em prata pura,
Mas no seu coração, um eco profundo,
Reside uma dor que a consome sem fundo.
E na árvore solitária, ali de pé,
Um corvo negro, a observar, a ver,
Com olhos penetrantes, como a noite,
E um chamado que ecoa sem açoite.
O corvo grasna, como se contasse,
Histórias de tempos além do espaço,
E a menina escuta, com olhos abertos,
Aprendendo a sua linguagem.
Dia após dia, os dois se encontram,
A menina e o corvo, no seu bosque encantado,
E juntos eles descobrem segredos antigos,
Que só os corações puros podem desvendar.
Nesta jornada singular, descobrem a magia,
Que une o ser humano à natureza inteira.
E assim seguem, lado a lado, coração a coração,
A menina e o corvo, em perfeita comunhão.
João Soares, 29.03.2024
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