Nesta quinta-feira, 23 de novembro, celebra-se o Dia da Floresta Autóctone, e a ZERO fez uma avaliação ao estado de conservação dos habitats florestais de Portugal, de acordo com um reporte do ICNF, relativo ao período 2013-2018, e revela que “a situação é preocupante”.
Assim, para as três regiões biogeográficas – Atlântica, Mediterrânica e Macaronésica – verifica-se que das representações presentes (sete habitats ocorrem em mais do que uma região) apenas uma se encontra em estado de conservação favorável, 15 encontram-se em estado desfavorável-inadequado, e nove em estado desfavorável-mau.
De forma mais detalhada, a região biogeográfica macaronésica, que abrange as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, tem apenas o habitat prioritário Laurissilvas macaronésicas em estado de conservação favorável, enquanto as florestas endémicas de zimbros e as florestas de zambujeiros e de alfarrobeira estão em estado desfavorável-inadequado e o habitat prioritário turfeiras arborizadas se encontra em mau estado de conservação.
No que respeita à região biogeográfica Atlântica (noroeste de Portugal continental), a situação também não é melhor. Dos cinco habitats representados, dois encontram-se em estado desfavorável-inadequado e três em estado desfavorável-mau, com destaque para o mau estado de conservação dos carvalhais de carvalho-alvarinho ou de carvalho-negral e dos bosquetes de teixo.
Quanto à região biogeográfica mediterrânica, a com mais habitats representados, o panorama não se altera muito, com 10 habitats em estado de conservação desfavorável-inadequado e seis em desfavorável-mau, sendo os carvalhais de carvalho-alvarinho ou de carvalho-negral e os bosquetes de teixo repetem a má condição e juntam-se a estes os freixiais de freixo-de-folhas-estreitas, os carvalhais de carvalho-português e os bosques de sobreiro.
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