A criptomoeda Solana, uma das mais populares no ecossistema mundial dos ativos digitais criptográficos, e um protocolo considerado rival do Ethereum, o segundo mais popular do mundo, está a registar desvalorizações desde que começou a série de eventos que veio dar origem à insolvência da plataforma de corretagem FTX e do hedge fund associado, designado Alameda.
Na terça-feira, dia 8, dia do anúncio da compra da plataforma pela Binance - cancelada um dia depois por diversas inconformidades na gestão dos fundos e pela iliquidez do balanço - o token SOL, do protocolo Solana, valia cerca de 30 dólares, cotando uma semana depois perto dos 15 dólares - isto é, 50% abaixo do valor de há sete dias, segundo a página especializada Coinmarketcap. O valor dos tokens em circulação ronda atualmente os 5 mil milhões de dólares.
Segundo a Reuters, uma das razões desta queda - que, salienta a agência, é muito superior à registada pela Bitcoin e pela Ether na última semana, tendo ambas perdido cerca de 20% do seu valor - deve-se ao facto de a Alameda e a FTX terem um grande número destes tokens como colateral.
Por serem dos criptoativos mais líquidos, as duas entidades terão vendido no mercado um montante significativo destes tokens para garantirem dinheiro fresco de que necessitavam na altura antes da insolvência. Contactadas pela Reuters, nenhuma das entidades confirmou esta possibilidade.
O criador da Solana, Anatoly Yakovenko, anunciou entretanto que tinha uma almofada financeira que permitia à entidade operar por dois anos e seis meses. E que não tinha nenhuns ativos da FTX, ou custodiados na FTX, segundo a Reuters.
Citados pela agência, analistas dizem que este “corte” abrupto com a FTX e com o seu fundador caído em desgraça, Sam Bankman-Fried, pode ser uma bênção, dado o manancial de problemas que a associação ao milionário fundador da FTX poderia significar.
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