quarta-feira, 7 de junho de 2023

Sou agricultor de palavras

Harald Sohlberg - Bygdevei II (1916)

O chão será constituído por letras, sinónimos, antónimos, nomes, figuras de estilo, advérbios, adjectivos
E semeio imagens, comparações, hipérboles, sintaxes 
E recolho sensações, explicações de estados de alma, descrições psicológicas, descrições físicas
E faço consociações para evitar o uso de venenos. 
Se o campo for a ironia, o sarcasmo, o mal-dizer então semeio palavras  venenosas e tóxicas. 
Quanto a palavras invasoras depende do campo que estou a cultivar, monolingual ou extensivo.
Nós também no decurso da História deixamos palavras invasoras em diversos Países.
E há agricultores que são autênticos médicos da Língua Portuguesa, que acrescentam/substituem  prefixos e sufixos e utilizam outros métodos cirúrgicos dando sentidos novos e a Língua evolui.

João Soares. 7/6/2021

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