segunda-feira, 21 de março de 2022

Livro “Sexta-feira é o novo sábado: Como uma semana de trabalho de quatro dias poderá salvar a economia”



A redução da semana de trabalho de cinco para quatro dias tem vindo a ser discutida em vários países. A proposta parece ousada. No entanto, os argumentos contra esta são os mesmo que há cem anos se usavam contra a redução da semana de trabalho para cinco dias e o dia de trabalho para oito horas, que hoje nos parecem tão naturais. O livro de Pedro Gomes, economista e professor na Universidade de Londres, foi publicado em Agosto de 2021 no Reino Unido e chega agora a Portugal, num momento em que o tema entrou também na discussão política nacional. Nesta sessão, o autor irá apresentar e discutir os motivos pelos quais acredita que a sua proposta é não apenas possível mas também necessária.

Em "Sexta-Feira É o Novo Sábado - Como uma semana de trabalho de quatro dias poderá salvar a economia", Pedro Gomes demonstra que uma semana de trabalho de quatro dias traria uma poderosa revitalização económica para benefício de toda a sociedade. 

Esta ideia poderá parecer tão surpreendente e rebuscada como no século XVIII terá parecido a introdução do domingo como dia de descanso, mas Pedro Gomes mostra com grande agilidade intelectual como esta medida estimulará a procura, a produtividade, a inovação e os salários, reduzindo ao mesmo tempo o desemprego e os movimentos populistas.

Segundo Gomes, a introdução da semana de trabalho de quatro dias seria facilitada pela pandemia, que já veio alterar os nossos hábitos de trabalho, e entre quatro a seis anos seria suficiente para o Estado e o tecido empresarial e familiar se adaptarem. 

Baseando os seus argumentos num eclético leque de teorias económicas, factos históricos e dados, os raciocínios são expostos com clareza e simplicidade. Os argumentos advêm tanto da esquerda como da direita do espectro político, reunindo o que uma sociedade polarizada tem como denominador comum.

CRÍTICAS
«Oxalá este livro faça desmoronar a semana de trabalho de cinco dias sem que seja necessária uma outra guerra ou um novo coronavírus.»
Sir Christopher Pissarides, Prémio Nobel da Economia 2010

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