Lisa O'Neill - The Wind Doesn't Blow This Far Right
[Verse 1]
I've lately been thinking of an old friend
Who I haven't seen in a while
Last night I dreamed that the same friend
Passed without sayin' goodbye
[Verse 2]
Oh, to be wild like the roses
Oh, to be red with delight
My blood is red out of fury
The wind doesn't blow this far right
[Verse 3]
Some terrors are born out of nature
Some terrors are born overnight
Some terrors are born out of leaders
With their eye on a different prize
[Verse 4]
The thing is, some leaders are players
And players sometimes can be clowns
And clowns then sometimes can be dangerous
When they're there and yet they can't be found
[Verse 5]
The Big Mac, the big man, the big bomb
The power of money and lies
The power of fear in the people
The wind doesn't blow this far right
“The Wind Doesn’t Blow This Far Right”, de Lisa O’Neill, é uma canção profundamente simbólica e crítica, que aborda a indiferença, o isolamento e a desconexão humana perante o sofrimento e as injustiças do mundo.
O título — “O vento não sopra tão à direita” — sugere uma metáfora geográfica e política: há lugares (ou mentalidades) tão afastados da empatia e da consciência social que nem o vento — símbolo da mudança, da natureza ou da solidariedade — consegue lá chegar.
Na voz intensa e poética de O’Neill, a música denuncia a apatia de sociedades viradas “para o seu próprio lado”, insensíveis ao que acontece fora da sua bolha de conforto. A canção mistura dor, ironia e compaixão, evocando o poder da natureza e da humanidade esquecida.
Para o mim, esta canção pode ser lida como um apelo ecológico e ético: lembra-nos que a crise ambiental e social nasce da mesma raiz — a separação do humano em relação ao mundo natural e ao outro. O vento, que deveria unir e renovar, já não sopra onde reinam o egoísmo e a rigidez ideológica.
A leitura ecológica de “The Wind Doesn’t Blow This Far Right” permite reconhecer a ligação entre alienação social e degradação ambiental. A canção evidencia como a perda de empatia — tanto entre pessoas como entre humanos e natureza — conduz à estagnação ética e ecológica. Quando o “vento” da mudança deixa de soprar, o desequilíbrio instala-se: as comunidades tornam-se insensíveis ao sofrimento e às crises ambientais que as rodeiam. Lisa O’Neill, através da sua voz crua e simbólica, lembra que a reconstrução da harmonia exige reconectar o sentir humano à consciência planetária.
Sem comentários:
Enviar um comentário