sábado, 15 de outubro de 2022

Musica da BioTerra: Cocteau Twins- Lorelei


Letra

Can't look out, can't look in, can't kiss right
Get yourself, get right
Lift up your toes, in my mouth
We make love and we can go
And we can go and we can go
We're covered by the sacred fire
But when you cut me, you cut to the bone
(x2)

Without a doubt (x15)

We're covered by the sacred fire
But when you cut me, you cut to the bone

Can't look in, guilty boy, guilty girl
'Cause you're both cursed
Lift up your toes, in my mouth
We make love and we can go
(x2)

O mito da Loreley surgiu em 1801, quando Clemens Brentano, tido como o "pai" da beldade loira, relatou pela primeira vez sua história durante uma viagem pelo Reno. Anos mais tarde, também outro poeta romântico Alemão, Heinrich Heine  publicou, em 1823, outra versão da Loreley - "Die Loreley". 

Em 1837, o compositor Friedrich Silcher (1789–1860) usou esse texto para transformar em música. Como resultado, tornou-se uma das canções populares alemãs mais conhecidas do mundo. Sendo cantada até mesmo nas escolas japonesas.

Aqui reunimos as duas versões.

Na cultura popular, várias lendas se tornaram populares, e o enredo geralmente transmite muitos traços de uma cultura. E graças a esse certo fascínio por diversas histórias ao redor do mundo, acabei por me deparar com essa envolvente lenda. Segundo a mitologia germânica Loreley habita uma rocha na margem direita do rio Reno, próximo a Bingen.

Às vezes, ela pode ser encontrada empoleirada em cima da falésia com vista para o rio, onde as suas músicas encantadoras atraem os curiosos para a morte nas rochas abaixo. 

Loreley, a pequena sereia do Reno, deu o seu nome a uma triste e bela lenda alemã. Tratava-se de uma mulher extraordinariamente bela, que vivia na cidade de Bacharach-sur-le-Rhin. O seu maior prazer era sentar-se num rochedo perto da margem, e pentear o seu longo cabelo louro, contemplando o seu reflexo na água e cantando uma canção cujo refrão dizia:– Loreley, Loreley, Loreley!

A jovem era tão bela, que todos os homens se apaixonavam por ela. Todos sucumbiam aos seus encantos e ela não conseguia recusar os seus avanços. Era uma causa permanente de escândalos na pequena cidade, tanto mais que a maioria dos seus amantes, não suportando que ela não lhes desse o seu amor exclusivo, caíam em languidez, e às vezes suicidavam-se. Em breve, a Igreja soube do sucedido, e o Bispo persuadido que Loreley era uma criatura do demónio, instrui-lhe um processo de feitiçaria. Interrogou-a longamente em tom severo, mas Loreley respondeu-lhe com tal franqueza e inocência, que o austero Bispo, sentindo-se tocado no fundo do coração, deixou em liberdade a bela feiticeira. Esta todavia, pôs-se a chorar, dizendo:– Não posso continuar a viver assim! A minha beleza traz a desgraça a todos os homens. Quanto a mim, apenas amei um homem e foi o único que me abandonou.

O Bispo cheio de pena, propôs a Loreley que fosse para um convento, para se dedicar a Deus. Ela aceitou com o coração oprimido e pôs-se a caminho, acompanhada por três cavaleiros que lhe serviam de escolta. Chegados a uma falésia que dava para o Reno, ela disse-lhes:– Deixem-me contemplar, uma ultima vez, o Reno, para que possa lembrar-me dele na minha cela. Escalou o rochedo, e do cimo, viu um barco que vogava no Reno, então gritou: – Olhem este barco! O barqueiro é o homem que amo, o amor da minha vida! E em seguida, atirou-se ao Reno, sem que nenhum dos três cavaleiros a pudesse impedir. 

Desde esse dia, cada vez que um barqueiro do Reno entra no porto, julga ver Loreley, transformada em sereia e a chorar, sentada nos rochedos, penteando os seus longos cabelos de ouro. E ouvem-se ao longe vozes, que dizem: – Loreley! Loreley! Loreley! E são as vozes dos impotentes cavaleiros, que assistiram a morte de Loreley.

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