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1. Na Grécia Antiga
As guerreiras amazonas, uma sociedade compostas somente por mulheres que guerreiras e caçadoras, que se equiparavam ao homem em agilidade e força física, arco e flecha, habilidades de equitação e artes de combate, citadas na mitologia grega realmente existiram? Ou são fictícios, assim como os outros mitos gregos?
As grandes guerreiras amazonas são retratadas em uma série de poemas épicos e lendas antigas, como os Trabalhos de Hércules, a Argonáutica e a Ilíada.
A sociedade das guerreiras amazonas era quase totalmente fechada para os homens, com exceção de encontros para fins reprodutivos.
Heródoto, um grande historiador do século V AEC, “pai da história”, como é conhecido, afirma em seus escritos ter localizado a capital amazônica como Themiscyra, uma cidade fortificada às margens do rio Thermodon perto da costa do Mar Negro, no que hoje é o norte da Turquia. As mulheres dividiam seu tempo entre expedições de pilhagem até lugares distantes como a Pérsia e, mais perto de casa, fundando cidades famosas como Esmirna, Éfeso, Sinope e Pafos. A procriação limitava-se a um evento anual com uma tribo vizinha. Os meninos eram mandados de volta para os pais, enquanto as meninas eram treinadas para se tornarem guerreiras.
Corajosas e ferozmente independentes, as amazonas, eram comandadas por sua rainha e empreendiam regularmente extensas expedições militares aos confins do mundo.
Para os gregos antigos, não havia duvidas: as guerreiras amazonas existiam ou existiram em alguma época. Entretanto, os historiadores sempre acreditaram que as amazonas documentadas pela primeira vez pelo poeta Homero no século VIII AEC, eram pura fantasia. Até que em 1990, os arqueólogos começaram a identificar esqueletos femininos antigos enterrados em túmulos de guerreiros.
Muitos dos restos mortais femininos encontrados tinham ferimentos de combate, como pontas de flechas embutidas nos ossos. Muitos dos esqueletos eram enterrados com armas que combinavam com as utilizadas pelas amazonas em obras de arte gregas antigas.
“Graças à arqueologia, agora sabemos que os mitos amazônicos, antes considerados fantasia, contêm detalhes precisos sobre as mulheres nômades das estepes, que foram as contrapartes históricas das míticas amazonas”, disse o prefeito, que também é autor de ” The Amazons: Lives and Legends of Warrior Women Across the Ancient World“(Princeton University Press, 2014), disse ao Live Science.
Povos Citas
Os esqueletos pertenciam à guerreiras citas, um antigo povo nômade mestre da equitação e do arco e flecha. Eles viveram no que hoje é o sul da Sibéria, conforme a revista Foreign Affairs.
Os povos citas eram muito conhecidos como guerreiros vorazes, com grande apreço por tatuagens e vinho.
Segundo o Museu Britânico, os citas não eram exclusivamente mulheres, como no mito grego das guerreiras amazonas; eles simplesmente incluíam mulheres que viviam como os homens. Era natural que algumas mulheres citas, não todas, se juntassem aos homens na caça e na batalha. Mulheres guerreiras ativas de 10 a 45 anos foram encontradas em muitos cemitérios citas.
Mulheres guerreiras na história
Os citas não eram o único povo a ter mulheres participando da guerra e da caça, bem como os gregos não eram os únicos a contar histórias sobre mulheres guerreiras.
Haviam muitas histórias emocionantes, algumas reais, outras fictícias, sobre mulheres parecidas com as amazonas da Roma antiga, no Egito, Norte da África, Arábia, Mesopotâmia, Pérsia, Ásia Central, Índia e China. E em muitas culturas era normal que mulheres fossem à guerra. Estas cultura vão desde o Vietnã às terras Viking e na África e nas Américas.
Um grande exemplo está no rio Amazonas, que percorre 3.165 quilômetros do território brasileiro. Segundo a Enciclopédia Britânica o soldado espanhol Francisco de Orellana, batizou o rio com este nome após relatar batalhas ferozes com tribos de guerreiras, a quem comparou ele com amazonas da mitologia grega.
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2.No Brasil
Lenda das Amazonas
Amazonas foi o nome dado às mulheres guerreiras da Antiguidade que habitavam a Ásia Menor e cuja existência alguns historiadores consideravam um mito. Segundo a lenda, elas removiam um dos seios para melhor envergar o arco, deixando o outro para amamentar seus rebentos, que, se nascessem do sexo masculino, eram impiedosamente sacrificados. Amazonas, aliás, quer dizer sem seios (mazos) em grego. No século XVI, essa designação foi dada a mulheres com as mesmas características, cuja existência histórica é discutida e que combateram os conquistadores espanhóis no baixo-Amazonas.
Os índios falavam em Icamiabas, que significa "mulheres sem maridos". As Icamiabas viviam no interior da região do Rio Nhamundá, sozinhas. Ali, eram regidas por suas próprias leis. A região era denominada por estes aventureiros de País das Pedras Verdes e era guardada por diversas tribos de índios, das quais a mais próxima das Icamiabas era a dos Guacaris. Dizia-se que as Icamiabas realizavam uma festa anual dedicada à lua e durante a qual recebiam os índios Guacaris, com os quais se acasalavam. Depois do acasalamento, mergulhavam em um lago chamado Iaci-uaruá (Espelho da Lua) e iam buscar, no fundo, a matéria-prima com que moldavam os muiraquitãs, com os quais presenteavam os companheiros. Os que recebiam, usavam orgulhosamente pendurados ao pescoço.
No ano seguinte, na realização da festa, as mulheres que tinham parido ficavam com as filhas e entregavam os filhos para os Guacaris. De qualquer forma, quando se pronuncia Amazônia, não se pode deixar de pensar em muiraquitãs e em mulheres guerreiras, mas também amorosas, como, aliás, são as mulheres da Região Amazônica.
Motivos semelhantes levam esse grande contingente populacional a se deslocar para Alter-do-Chão, uma vila turística localizada na margem direita do rio Tapajós e ligada por via rodoviária à cidade de Santarém. O rio Tapajó possui característica única entre os afluentes do Amazonas: suas águas são cristalinas e, em frente à vila, com a descida das suas águas durante o verão, surge uma lagoa cor de esmeralda cercada por bancos de areia branca apropriadamente denominada de Lago Verde.
O lago, também chamado de Lago dos Muiraquitãs, era ponto de passagem obrigatório das índias Amazonas.
Era no Lago Verde, considerado sagrado pelos indígenas, que as Amazonas recolhia a nefrite (um mineral esverdeado), para produzir seu muiraquitãs, pequenos artefatos talhados na referida pedra em forma de sapos, tartarugas e serpentes, e ao qual se atribuem virtudes de amuleto. Os muiraquitãs eram oferecidos à mãe lua, em troca de favores. Diz a lenda que no fundo do lago há uma pedra mágica escondida. É essa pedra que dá ao lago a sua cor azul nas primeiras horas da manhã, mas que se transforma num verde intenso, durante o dia. Na realidade, isso pode ser o efeito do sol penetrando as águas transparentes e iluminando o fundo do lago, rico em nefrita.
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