sábado, 29 de outubro de 2022

Nacionalismo rima com multilateralismo?

No que levamos de século XXI, o Nobel da Paz foi atribuído a organismos das Nações Unidos por cinco vezes, uma tendência que relembra importância da solidariedade global. Diana Soller e Madalena Mayer Resende estiveram na TSF a analisar o Nobel da Paz, o multilateralismo, o nacionalismo e a condenação do partido Aurora Dourada na Grécia no programa Mapa Mundo, uma parceria com o Instituto Português de Relações Internacionais.


"O multilateralismo está hoje num estado lamentável", a afirmação é de Madalena Mayer Resende para quem o prémio Nobel da Paz serve para lançar o alerta sobre as dificuldades que as organizações multilaterais têm sentido para desenvolver o seu trabalho. Para a investigadora Diana Soller, o prémio Nobel veio lembrar que é lamentável que, apesar de todo o desenvolvimento tecnológico, a fome ainda seja um problema no mundo.

Na abertura da 75ª Assembleia Geral da ONU, o secretário-geral, António Guterres, referia-se à Covid-19 como o quinto cavaleiro de um possível apocalipse global. Para Madalena Mayer Resende, as Nações Unidas vão sobreviver ao crescimento das tensões sino-americanas, "a questão é em que estado?", acrescenta a investigadora.

Diana Soller garante que o futuro do sistema internacional passa pela conciliação entre multilateralismo e aquilo que a investigadora define como "nacionalismo benigno", que conclui a investigadora, "tire espaço aos partidos violentos e não democráticos".

"No momento em que a Globalização perde face ao regionalismo, a Europa não está mal posicionada para liderar um polo de multilateralismo regional", assegura Madalena Mayer Resende advertindo no entanto que, "caso a China se mantiver como única alternativa e rival ao mundo ocidental, então a Europa vai sofrer nesse processo

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