Augusto Cury - "os sonhos oxigenam a inteligência e irrigam a vida de prazer e sentido”
"Esta pintura vem de um projeto de história musical, Bana Kuma, no qual trabalhei entre 2013 e 2014 com Chris Berry. O nome da personagem é Yakina. A sua mensagem ou lição é que antes de podermos criar mudanças externas, devemos primeiro estabelecer as bases internas. Tudo...tudo começa com um pensamento. O pensamento rapidamente se transforma em intenção se lhe adicionarmos energia. E uma intenção forte estabelecerá as bases para que ocorram ações futuras e manifestações reais. E num nível mais subtil, precisamos plantar as sementes apropriadas para produzir o fruto desejado...Por outras palavras, todos podemos encontrar uma maneira de retribuir. Parecia pertinente para esta época e para todos os tempos, na verdade. Respeitemos todos os começos" - Leif Wold (EUA)
Determinação, coragem, alfabetizar os mais pobres e abrir os horizontes através dos livros e do gosto pela leitura é a conclusão geral quando terminei a leitura deste livro. Kentucky, à época da Grande Depressão, não era um estado fácil.
Esta leitura fez-me lembrar especialmente a série netflix «When Calls the Heart», a crise mineira, os inícios do século XX, as mulheres corajosas que têm de enfrentar tudo no mundo, muitas sozinhas, viúvas, cheias de filhos, fome e pobreza, solteironas e mulheres "diferentes", párias da sociedade.
Empregos, vidas, situações que é simples para um homem e tido como garantido, é extremamente difícil para uma mulher conseguir, que é tida como pertença do homem, mera máquina de ter filhos, de arrumar e lavar, e ai da mulher que se atreva a ser diferente ou a desafiar as pressões sociais, tais como a obrigatoriedade de ser casada e de ter filhos, caso contrário, se não se casar é uma rejeitada da sociedade, ou mesmo galdéria, e se não tem filhos não vale nada como mulher...
E o que mais me deliciou nesta leitura foi a irmandade das bibliotecárias a cavalo, amizade verdadeira, com as respectivas discussões, alegrias e tristezas, sem falsidades, os livros mencionados e o drama destas pequenas comunidades, pobres, incultas e muitos analfabetos, extremamente religiosos - a roçar o fanático - que olhavam para todos os livros que não fossem a Bíblia com desconfiança. Também me encantou a coragem destas mulheres de não só a percorrerem quilómetros sem fim, fizesse chuva ou sol, a cavalo, por trilhos muito perigosos, para irem aos locais remotos onde vivam os mais pobres para lhes levar livros, muitas vezes sendo maltratadas, ofendidas, mal recebidas, lidarem com a desconfiança e conseguirem dar a volta a estas pessoas para darem uma oportunidade à literatura, especialmente conseguirem a autorização dos pais para que os seus filhos pudessem ler livros, aprenderem a ler e incentivar a deixar os filhos irem à escola, é fabuloso, verdadeiramente mulheres com M grande!
Eu estou apaixonado pela natureza há muitos anos. Ela e eu em paz. Seguimos juntos. Que 2024 seja um ano de paz e a cuidar do planeta Terra, a nossa casa comum. Bom Ano
Diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Audrey Azoulay, condenou o homicídio do jornalista moçambicano João Chamusse e pediu uma investigação às circunstâncias do crime.
Numa posição divulgada por aquela organização das Nações Unidas, a que a Lusa teve hoje acesso, Audrey Azoulay pede uma investigação sobre as circunstâncias da morte daquele profissional, no dia 14 de dezembro, em Maputo, e afirma "que a impunidade para tais crimes não deve ser tolerada e os criminosos devem ser levados à justiça".
"A Unesco promove a segurança de jornalistas por meio da conscientização global, capacitação e coordenando a implementação do Plano de Ação das Nações Unidas sobre a Segurança de Jornalistas e a Questão da Impunidade", recorda a organização.
O Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) anunciou em 22 de dezembro a detenção de mais dois suspeitos de envolvimento no assassínio do jornalista moçambicano João Chamusse.
"Eles foram detidos na posse dos telemóveis e do computador pertencentes à vítima", declarou Henrique Mendes, porta-voz do Sernic na província de Maputo, durante uma conferência de imprensa.
João Chamusse, de 59 anos, foi encontrado morto no dia 14 de dezembro no quintal da sua residência, em Nsime, na província de Maputo, sem roupa e com um ferimento na nuca.
As autoridades acreditam existirem elementos fortes que provam o envolvimento dos indiciados, de 23 e 18 anos, incluindo o instrumento contundente que terá sido usado para assassinar João Chamusse.
"Um deles, que é confesso, alega que terá realizado alguns trabalhos na casa da vítima e não foi pago. Por isso, optou por ajustar as contas com vítima, ele era um vizinho da vítima [...]. O outro suspeito foi detido na posse de um dos telemóveis da vítima, em resultado do trabalho que fizemos", observou o porta-voz do Sernic.
Segundo as autoridades, as outras três pessoas que tinham sido detidas suspeitas de estarem envolvidas no caso na semana passada foram entretanto libertadas.
Piloto comercial de formação, pela Escola Aeronáutica de Lisboa, João Chamusse era diretor editorial do jornal eletrónico "Ponto por Ponto" e comentador televisivo, caracterizando-se por uma abordagem crítica, irónica e, por vezes, cómica, sobretudo em temas de política interna.
Vamos desenterrar Timor-Leste e outros crimes do Kissinger? Morreu um grande criminoso.
Este livro foi direitinho para o lixo. Porquê? Foi Kissinger que enviou Carlucci entre muitos outros para Portugal. Não temos muito por onde fugir. Ou CIA ou China ou uma Federação Europeia.
É chato, mas republicanos hipócritas, criminosos e ultra-liberais, por favor, poupem-me!!
Sobre uma possível invasão espanhola, afirma Frank Carlucci : "Sempre tentei contrariar essa ideia e falei com o embaixador de Madrid em Lisboa, que concordou comigo. Espanha devia ser o último país a intervir em Portugal. Seria desastroso. Enviei várias mensagens ao meu Governo para não tentar envolver Espanha, mas não sei se Henry Kissinger [então secretário de Estado] prestou alguma atenção ao que lhe disse".
A Argentina foi sempre vítima de Kissinger. Já vem muito detrás 👉 The Conversation.
Críticas e Condenações
As críticas a Kissinger foram e são severas. O obituário de Kissinger na revista Rolling Stone tem como título “War Criminal Beloved by America’s Ruling Class, Finally Dies” (Criminoso de guerra amado pela classe dominante americana, finalmente morre).
Somos todos herdeiros da obra de vida de Jacques Delors: uma União Europeia vibrante e próspera.
Jacques Delors forjou a sua visão de uma Europa unida e o seu compromisso com a paz durante as horas sombrias da Segunda Guerra Mundial.
Com uma inteligência notável e uma humanidade sem paralelo, tem sido o defensor incansável da cooperação entre as nações europeias e, depois, do desenvolvimento da identidade europeia.
Uma ideia que concretizou graças, nomeadamente, à criação do Mercado Único, ao programa Erasmus e às fases iniciais de uma moeda única, moldando assim um bloco europeu próspero e influente.
A sua presidência da Comissão Europeia foi marcada por um profundo compromisso com a liberdade, a justiça social e a solidariedade – valores agora enraizados na nossa União.
Jacques Delors foi um visionário que tornou a Europa mais forte. O seu trabalho teve um impacto profundo na vida de gerações de europeus, incluindo a minha. Estamos profundamente gratos a ele.
Vamos honrar o seu legado renovando e revigorando continuamente a nossa Europa.
O Quilombo dos Palmares foi uma sociedade democrática da vida real, criada no Brasil no século XVII. Ela foi fundada por escravos fugitivos, que resistiram à intervenção portuguesa por quase cem anos.
Este filme traça as origens do Quilombo, que começou como uma comunidade de escravos libertos.
A colónia se torna um porto seguro para outros párias do mundo, incluindo indígenas e judeus. Ganga Zumba (Toni Tornado) torna-se líder do Quilombo, o primeiro livremente eleito no Hemisfério Ocidental.
Naturalmente, os governantes portugueses querem subjugar Zumba e os seus seguidores, mas os quilombolas estão prontos para seus pretensos opressores.
O fim deste Admirável Mundo Novo não é nada agradável, mas os seguidores de Zumba e dos seus ideais vão para as serras, onde até hoje honram a sua memória.
O roteirista/diretor Carlos Diegues aproveita todas as oportunidades disponíveis para comparar a ascensão e queda do Quilombo com a situação "atual" no Brasil. Ele trata seu tema épico com bastante surrealidade e ênfase na caracterização polifónica que fará os espectadores se lembrarem de filmes como Aguirre, Ira de Deus e Filhas do Pó.
Ele pegou uma história incrível e não estragou, é um filme de cores sobre a resistência à escravidão no qual aprecia-se ecos do movimento Cinema Novo reverberando em algumas cenas. Embora às vezes quase enlouquecedoramente opaco, no final, uma pungência total é alcançada.
Quilombo de certa forma é um filme com um visual muito à frente do tempo para a época em que foi lançado, a forma como tratavam o candomblé e principalmente os orixás em muitas cenas nessa obra fora do convencional.
A trilha sonora matadora sem preenchimento nos faz ficar com vontade de lutar contra proprietários de fábricas opressores. A trilha sonora cumpre o papel graças ao grande Gilberto Gil.
Um espetáculo plástico com grande elenco e bons momentos. Tony Tornado e Zezé Mota roubam a cena. Além de Grande Otelo em participação pequena.
A mina de lítio do Romano, em Montalegre, está prevista para locais que o lobo-ibérico escolhe, há 30 anos, para se reproduzir por terem condições únicas. A exploração pode mesmo fazer desaparecer toda uma alcateia já a sofrer de furtivismo, destruição de habitat e com sucesso reprodutor muito baixo, alertam os conservacionistas.
O lobo-ibérico (Canis lupus signatus) é uma espécie protegida e o único membro que resta da família dos grandes predadores de Portugal. Estará reduzido a entre 50 a 60 alcateias.
Até aos anos 30 do século XX, o lobo-ibérico distribuía-se por todo o país, até ao Algarve. Com o passar dos anos, foi sendo empurrado para norte, concentrando-se hoje em núcleos no Alto Minho, Trás-os-Montes e numa região a Sul do Douro.
Este carnívoro sempre enfrentou dificuldades para a sua sobrevivência, mas nos últimos anos essa fasquia tem vindo a subir. Mais recentemente, as notícias da luz verde dada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) à Mina de Lítio do Romano, em Montalegre, trouxeram um problema extra a juntar ao furtivismo e à perda dos seus territórios.
Em 21 de Dezembro, a plataforma Lobo-Ibérico, recentemente criada por quatro conservacionistas – incluindo três biólogos que têm dedicado a sua vida ao estudo e à conservação do lobo-ibérico – alertou que esta mina poderá ditar o fim de toda uma alcateia: a alcateia do Leiranco. Esta alcateia, sublinham, é “um dos grupos reprodutores de lobo com maior estabilidade que existe fora de áreas protegidas na região central de Trás-os-Montes”, com um território de cerca de 150 quilómetros quadrados.
Os conservacionistas alertam que a área de concessão da mina com 30 hectares – incluindo as zonas de exploração a céu aberto e a refinaria – poderá afectar cerca de 20% do espaço vital necessário para a sobrevivência deste grupo reprodutor. A isso junta-se a perturbação humana, sonora e visual “numa envolvente considerável”.
Segundo a plataforma, a área de exploração mineira localiza-se numa das principais zonas de actividade e refúgio daquela alcateia, “uma vez que se sobrepõe, na sua íntegra, com locais utilizados pelo lobo para se reproduzir ao longo das últimas três décadas, onde a presença de crias tem vindo a ser detectada entre 1995 e 2021”. A área prevista para a mina tem, então, “condições para refúgio e reprodução do lobo que são únicas e sem paralelo” na região, “face à reduzida disponibilidade de locais alternativos adequados”.
Os conservacionistas alertam que o projecto terá “um impacte negativo de elevada magnitude sobre o lobo-ibérico, levando à destruição do actual local de cria, à expectável redução no sucesso reprodutor e a alterações no uso do espaço que, no seu conjunto, poderão impossibilitar a sobrevivência deste grupo reprodutor de lobos”.
A plataforma recorda ainda que estes lobos poderão ser afectados por outros projectos de exploração mineira na região, como a Mina do Barroso, no concelho de Boticas, a menos de 15 quilómetros de distância, e por parques eólicos, centrais solares, albufeiras, aproveitamentos hidroeléctricos e rede viária.
“Os locais de reprodução do lobo-ibérico, espécie protegida por Lei, têm de ser áreas de conservação importantíssimas para salvaguardar”, comentou esta sexta-feira Francisco Álvares, contactado pela Wilder. Este biólogo estuda a espécie desde 1994, actualmente no BIOPOLIS-CIBIO, e é um dos membros da plataforma Lobo-Ibérico.
Além do mais, o Plano de Acção para a Conservação do Lobo-ibérico em Portugal, aprovado em 2017, define como objectivo geral assegurar as condições necessárias de integridade e tranquilidade das áreas de reprodução do lobo, prevendo vários objectivos operacionais e acções prioritárias. No entanto, adverte a plataforma, “até à data ainda nada foi implementado”.
Francisco Álvares acrescenta que, segundo a monitorização que tem sido feita aos lobos da região, “este ano poucas alcateias se reproduziram e a mortalidade foi enorme por causa do furtivismo”. “Os lobos têm cada vez menos sucesso reprodutor”, alerta. Além disso, “tem havido muita perturbação por causa da abertura da rede primária de acessos”, no âmbito dos trabalhos para combater os incêndios florestais, “feita em plena época de reprodução do lobo, com crias”.
Na sua opinião, além da conservação dos locais de reprodução do lobo, já identificados, importa trabalhar a médio e longo prazo, nomeadamente “melhorando as florestas nativas para poderem albergar uma comunidade diversa e abundante de presas silvestres”.
O lobo-ibérico tem em Portugal, desde 1990, o estatuto de ameaça Em Perigo. É a única espécie da fauna portuguesa que tem uma legislação específica, pela qual é protegida. É uma espécie Em Perigo de extinção, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal Continental, com cerca de 300 indivíduos, menos de metade dos quais são animais reprodutores capazes de contribuir para a continuidade da população.
Só para noctívagos. Adoro madrugadas. Sinto uma paixão intensa. É um momento em que consigo conversar comigo mesmo. Parece que estou a sós com o meu coração. Penso no passado, imagino o futuro. Tudo aquilo que parece não se engrenar durante o dia, ganha encaixe ao som do silêncio. Escrevo muito. Ouço imensas músicas melancólicas. Um momento envolto na escuridão ou luar, porém, com a mente clara e repleta de luz.
Somethin' filled up My heart with nothin' Someone told me not to cry
Now that I'm older My heart's colder And I can see that it's a lie
Children, wake up Hold your mistake up Before they turn the summer into dust
If the children don't grow up Our bodies get bigger but our hearts get torn up We're just a million little god's causin' rain storms Turnin' every good thing to rust I guess we'll just have to adjust
With my lightnin' bolts a-glowin I can see where I am goin' to be When the reaper he reaches and touches my hand
With my lightnin' bolts a-glowin' I can see where I am goin' With my lightnin' bolts a-glowin' I can see where I am go, goin'
Out there's a gentle sway Beyond the waves of madness Just like the end of days The wailing shadows call us
Inch by inch I've lost my breath
I promise to be good I won't let you down The killing time is over now When the moonlight gets too loud I'm your lost and found The killing time is over now
Maybe not (Hey!) Maybe not (Hey!)
The streetlight bright outside Spits through the open window Voracious hunger hides Where does this precious time go?
Inch by inch I've lost my breath, breath
I promise to be good I won't let you down The killing time is over now When the moonlight gets too loud I'm your lost and found The killing time is over now
(The killing time is over now)
The killing time is over now (Hey!) (Maybe not)
Inch by inch (Maybe not, hey!) I've lost my breath, breath
Through riveting and moving personal recollections of both Palestinians and Israelis, 1948: Creation & Catastrophe reveals the shocking events of the most pivotal year in the most controversial conflict in the world. It tells the story of the establishment of Israel as seen through the eyes of the people who lived it. It is simply not possible to make sense of what is happening in the Israeli-Palestinian conflict today without an understanding of 1948. This documentary was the last chance for many of its Israeli and Palestinian characters to narrate their first-hand accounts of the creation of a state and the expulsion of a nation.
An estimated 700,000 Palestinians fled or were expelled and hundreds of towns and villages were depopulated and destroyed in Israel. Because of this, on May 15, Nakba Day or "Day of the Catastrophe" is commemorated, the day after the Israeli Independence Day. For Palestinians, this is a day of commemoration of the displacement during the Israeli Declaration of Independence in 1948.
1948 is a powerful record of this important time. The film crew conducted over 90 interviews, poured over 20,000 pages of history, collected more than 2,000 photographs from three dozen sources, combed through hours of archival film and gathered dozens of documents from Israeli military archives.
1948 Features:
First-hand accounts of 1948 from Israelis and Palestinians
Renowned historians Charles D. Smith, Rashid Khalidi, Benny Morris, Avi Shlaim, Ilan Pappe, Nur Masalha and Sharif Kanaaneh.
Military orders and intelligence documents
Over 200 archival photographs and film clips
Awards
Winner - Rebuilding Alliance's "Storytellers: Media & Education" Award
Screenings and Events:
The Middle East Studies Association Film Festival, DC
Palestine Solidarity Week, Memphis, TN
The American University in Cairo, Egypt
Reel Palestine Festival, Dubai, UAE
AMP Conference, Chicago, IL
University of Oxford, UK
Georgetown University, DC
Boston Palestine Film Festival, Cambridge, MA
San Diego Arab Film Festival, San Diego, CA
University of Maryland
University of Illinois, Champaign-Urbana, IL
UC Berkeley, CA
San Francisco State University, CA
San Diego State University, CA
Carnegie Library East Liberty, Pittsburgh, PA
Jewish Voice for Peace, New York at CUNY
Kuwait Engineering Association, Kuwait
California State University - San Bernardino, CA
Eastern Michigan University, Ypsilanti, MI
Islamic Association of Greater Hartford, CT
North Carolina State University, Raleigh, NC
California State University, Fresno, CA
Academic and Expert Reviews:
"Despite these issues, 1948 makes its undeniable intervention into the contemporary media scape as an asymmetrical balancing of Zionism’s unbalanced symmetry between Palestinian and Jewish suffering, and on this basis the film represents a landmark in the cinematic treatment of the topic." - Arab Studies Quarterly
"Arguably, the most important contribution that 1948 provides are the interviews with the survivors and witnesses which, due to the ages of the participants, could be the last chance to record their stories; the value of these oral testimonies cannot be understated... 1948: Creation and Catastrophe presents the duality of the elation surrounding the creation of the state of Israel and the catastrophe of the loss of life and homeland that resulted from the displacement of the Arab Palestinians." - History in the Making, California State University San Bernardino Journal of History
"[1948] is terrific! Heart-wrenching... a very important film that illuminates many things that most people (including me) did not know but need to know." - Lawrence R. Frey, PhD, Dept. of Communication, University of Colorado Boulder
“The access you had to Israeli 'old' soldiers interviews gave a great new angle to the story, the very clear and professional graphics, the wise use of archive and sound effects and the straight forward clear narration, made the storytelling of the 1948 story both informative and dramatic… a combination of a great team work and great work.” - Rawan Damen
"[1948] is the best film I've ever seen on Palestine. I think it's truly excellent, has an amazing collection of archival photos and film clips, and interviews quite a number of Palestinians who remember 1948 and Israelis who participated in the war/ethnic cleansing. It's a real masterpiece." - Kathleen Christison, Author and Political Analyst on Israeli-Palestinian Conflict
"Straightforward in style but dense with information, Andy Trimlett and Ahlam Muhtaseb's documentary on the partition of Palestine and the subsequent Arab-Israeli War incorporates often harrowing firsthand testimony from both sides. Essentially, however, this is the story from the Palestinian perspective – which in itself is worth the attention of anyone who wants to understand the world today." - The Sydney Morning Herald
"1948 is exactly the kind of film many people would do well to watch. Informative and timely (the release of the film marks 70 years after the creation of the Israeli state), especially when seen in light of the ongoing claims of anti-Semitism rife within the labour party, or recent protests outside the University Union by University of Leeds Palestinian Solidarity Group. An understanding of the conflict is essential and 1948: Creation and Catastrophe provides an insightful and emotional coverage of its very beginnings." - Don Pickworth, The Gryphon (University of Leeds)
"In 1948: Creation & Catastrophe, Andy Trimlett and Ahlam Muhtaseb offer first-person accounts of survivors, along with commentary from perpetrators of the Nakba... The expertise of the interviewed historians and analysts from both sides of the divide in the documentary is impressive." - Hatim Kanaaneh, Middle East Eye
Andy Trimlett has a Master’s degree in Middle East Studies from the University of Washington and a Bachelor’s degree in International Security and Conflict Resolution from San Diego State University. He has a decade of experience in public television, having served as senior producer, associate producer, editor and camera operator on a wide range of productions. He has worked on PBS programs in the United States, Hungary and Austria, winning a regional Emmy for a 30-minute documentary he co-produced about property tax law in California.
Ahlam Muhtaseb, Co-Director/Executive Producer
Ahlam Muhtaseb is a professor of media studies at California State University, San Bernardino. Her research interests include digital communication, social media, and diasporic communities. She has published her scholarship on digital communication and other communication sub-topics, and has presented her scholarship to national and international conventions and scholarly meetings. Her most recent project is the documentary 1948: Creation & Catastrophe, a film on the year 1948 and its catastrophic consequences which has originated from her field work in the Palestinian refugee camps in the Lebanon, Syria, and Palestine. In addition, most of her recent research focuses on digital media and social movements online (cyber activism), and Arab and Muslim images in the media.
É unânime. Portugal sente a sua perda, independentemente da côr política. Será difícil daqui para a frente encontrar novo(a) senador(a) com o seu gabarito. Odete Santos ultrapassou barreiras partidárias. Sempre me impressionou a sua força interior, em defesa das minorias, dos pobres e excluídos, em defesa dos trabalhadores, na despenalização da IVG, pelos direitos das mulheres. Quando esteve no Parlamento, todos a escutavam com atenção. Viva a sua integridade. Viva a sua paixão pela política, pelas artes, pela justiça. Viva a sua empatia nos momentos mais duros da nossa História. Uma mulher com sentido profundo na defesa dos direitos humanos.
Falava sem rodeios nem contemplações. O PCP afastou-a precocemente da cena política, porque era refilona e livre.
Tem de ser imensa a nossa gratidão em memória desta grande mulher.
Nós, cidadãos, deveríamos calcular não só a pegada de carbono derivada do nosso consumo, mas também a gerada pelo nosso dinheiro quando este é utilizado para financiar o investimento ou as necessidades de capital de giro destas indústrias: exigir que os nossos bancos sejam transparentes na gestão do nosso próprio dinheiro é algo que devemos considerar como puro bom senso, especialmente se também sentirmos que esse dinheiro está a ser utilizado para atividades que contribuem para nos prejudicar ao aumentar o impacto da emergência climática, o que acaba por se refletir em catástrofes ambientais mais frequentes que causam fortes impactos em nosso património ou em nossas vidas.
De acordo com o estudo, os bancos que mais financiam a indústria dos combustíveis fósseis tendem a ser os maiores, e não os locais. Mas num momento como este, depois de uma COP28 profundamente hipócrita realizada num petroestado e em cuja declaração final não houve nenhuma referência minimamente séria ao fim dos combustíveis fósseis, nós, cidadãos, deveríamos exercer pressão para que os bancos onde depositamos o nosso dinheiro não não o utilizou para financiar quem realiza essas atividades. A redução do financiamento à indústria petrolífera seria, juntamente com a redução dos subsídios governamentais indecentes , uma das formas mais eficientes de reduzir a produção de combustíveis fósseis e fazê-los perceber a necessidade de mudar. Os bancos geralmente fornecem mais financiamento a esta indústria prejudicial do que dedicam às energias sustentáveis ou alternativas .
É cada vez mais importante que a indústria dos combustíveis fósseis seja pressionada a partir de todas as frentes possíveis, incluindo, claro, a financeira: na medida do possível, temos de transformar a indústria dos combustíveis fósseis em verdadeiros párias de quem ninguém quer aproximar-se. Não pense que só influenciam as decisões de bilionários e magnatas com muito dinheiro: qualquer valor depositado numa conta é importante e, como cliente, você merece que seu banco lhe informe sobre o destino do seu capital de giro e sobre as empresas para o qual financiam. Se os bancos virem um risco real de perder depósitos porque fornecem financiamento à indústria dos combustíveis fósseis, poderão repensar esses investimentos, reduzindo assim a capacidade dessa indústria de continuar a aumentar a sua produção.
Já vi grandes mudanças começarem com coisas muito menores.
Antes de chegar ao Parlamento, André Ventura saltou da Autoridade Tributária (AT) para a Finpartner, uma empresa de contabilidade e assessoria fiscal com intensa actividade nas áreas da engenharia fiscal via offshore e vistos gold, o que não deixa de ser engraçado, à luz da narrativa em torno da “pátria” e das posições anti-emigração que agora defende. Porque isto da pátria não é para qualquer gajo que chegue de barco de borracha em fuga da miséria. Isso seria cristão demais para um farsante como Ventura. Tratando-se de um oligarca russo, angolano ou chinês, que aterre em Lisboa no seu jacto privado, então já somos capazes de ter aqui alguma coisa para lhe vender. Nacionalidade portuguesa pelo preço certo em euros.
Isto do trabalho, na óptica do André Ventura, tem muito que se lhe diga. É que eu ainda sou do tempo em que, em 2019, o líder do Chega deu uma entrevista a uma estação televisiva de uma igreja qualquer, onde afirmou, com a convicção a que nos habituou, que, mal fosse eleito, deixaria todas as suas outras ocupações para se dedicar a tempo inteiro a servir o país. Porque defendia, convictamente, que os deputados o deviam ser em exclusividade de funções. Claro que, uma vez eleito, Ventura continuou a servir os interesses da Finpartner, durante quase mais dois anos, durante os quais teve acesso a informação privilegiada resultante da sua posição no Parlamento, que pode ou não ter entregue ao seu principal empregador. E desengane-se quem achar que Ventura saiu da Finpartner por imperativo de consciência. Saiu, isso sim, porque a contradição se tornou insustentável. E porque os próprios militantes do Chega começaram a ficar indignados. Tivessem deixado Ventura tranquilo na sua vida, e ainda hoje lá estaria.
Indo um pouco mais atrás, até 2014, recorde-se que André Ventura assinou um parecer, enquanto inspector tributário ao serviço da AT, que contribuiu para isentar uma empresa de Lalanda de Castro, ex-patrão de José Sócrates, do pagamento de 1,8 milhões de euros de IVA. Este caso foi investigado no âmbito do processo dos Vistos Gold, por suspeita de favorecimento de Lalanda e Castro, que também está referenciado na Operação Marquês, Panama Papers e é acusado de corrupção no processo Máfia do Sangue. E sim, este Ventura que serviu de peão na manobra de evasão fiscal de Lalanda e Castro, que prejudicou todos os portugueses, é o mesmo Ventura que demoniza todos os beneficiários do RSI, incluindo crianças.
Em 2021, as contribuições dos imigrantes subiram para um valor recorde: 1293 milhões de euros. Paralelamente, as prestações sociais de que beneficiaram ficaram-se pelos 325 milhões, o que significou um saldo positivo de 968 milhões para os cofres da Segurança Social.
Em 2022, novo recorde. Desta vez, as contribuições ascenderam a 1861 milhões, as prestações sociais caíram para 257 milhões e o saldo disparou para os 1604 milhões.
Mais um ano, mais uma chapada na retórica desonesta da extrema-direita xenófoba e racista.
Mais uma chapada na narrativa canalha que faz dos imigrantes o bode expiatório da agenda do ódio.
Mais uma chapada na instrumentalização do medo e da ignorância, da demagogia da divisão, do cheio nauseabundo do isolacionismo nacionalista.
A verdade, digam o que disserem os descendentes de Salazar, é que precisamos destas pessoas. Porque são eles quem aceita os trabalhos precários e mal pagos na construção civil, no turismo, na restauração e no serviço doméstico. Sem eles, estes sectores colapsariam, ou ficaram perto do colapso.
Porque falta mão-de-obra, e porque os portugueses não querem esses trabalhos. Preferem emigrar.
Portanto, sim, estes imigrantes, sejam brasileiros, paquistaneses, indianos ou nepaleses, fazem falta à economia portuguesa.
E contribuem para contas públicas mais saudáveis. Muito mais saudáveis.
Portugal precisa deles.
O resto é conversa de populistas que não têm mais do que ódio e ditadura para oferecer ao país.
Um artigo altamente recomendado da Reuters, “ EUA e China correm para proteger os segredos dos computadores quânticos ” , explora a corrida entre a China e os Estados Unidos para poder começar a usar a computação quântica para quebrar sistemas de criptografia criptográfica, pelo poder de forma praticamente ilimitada e, inversamente, considerando como proteger os seus repositórios de informação estratégica de tecnologias capazes de decifrá-la.
O artigo e o infográfico que o acompanha são abertos e vão um pouco além da simplicidade com que muitos usam o argumento de que “assim que chegarem os computadores quânticos, a criptografia será inútil e todos poderemos acessar toda a informação”. na realidade, a chamada criptografia quântica não é tão simples nem tão imediata como alguns tentam propor, não se reduz simplesmente a um suposto ataque de força bruta com poder ilimitado, e claro, o avanço da tecnologia já propõe modelos de pós -computação quântica capaz de resistir a este tipo de desenvolvimentos (que, por outro lado, ainda estão longe de serem estáveis ou de poderem ser utilizados de forma sistemática).
Estamos a falar de uma disciplina da qual o seu proponente mais representativo, Richard Feynman , chegou ao ponto de dizer "Acho que posso dizer com segurança que ninguém entende a mecânica quântica", uma afirmação que provavelmente ainda é verdadeira hoje, trinta e seis anos depois. após sua morte. . É claro que veremos avanços nesta área e tempos como o atual, em que as superpotências tentam acessar todo tipo de informação criptografada com a ideia, sobretudo, de poder armazená-la para descriptografá-la quando os computadores quânticos e as metodologias para isso estão suficientemente desenvolvidos. Alguns afirmam, de facto, que tudo o que circula nas redes é encriptado – uma percentagem crescente de todo o tráfego, dada a popularização do protocolo HTTPS com atores como Let’s Encrypt , que permitem que até o tráfego gerado por esta humilde página seja encriptado – pode em algum momento será decifrado, o que leva alguns a ficarem obcecados em capturar tudo para quando esse dia chegar. Será por causa do trânsito!
Porém, devemos propor uma visão dinâmica da tecnologia, e entender que assim que a criptografia quântica atingir uma certa maturidade, veremos a implementação, por tudo que a justifique, da criptografia pós-quântica. O chamado Dia Q é frequentemente referido como o dia do advento da quebra de código através da computação quântica e alguns, de facto, situam-no em algum momento entre o próximo ano e meados do século , mas o desenvolvimento de metodologias capazes é normalmente ignorado para resistir ao tipo de ataque imposto pela computação quântica , uma área em que já existem numerosos desenvolvimentos que não são implementados, simplesmente porque representam uma mudança complexa e ainda não são considerados necessários.
Já há alguns anos, sempre que menciono algo relacionado à criptografia, tenho que responder à pergunta sobre o que acontecerá quando a computação quântica atingir a maturidade, e minha resposta sempre foi a mesma: as tecnologias não amadurecem da noite para o dia muito menos – e, quando o fazem, por sua vez, permitem-nos confiar no seu desenvolvimento para fazer avançar todas as disciplinas relacionadas. A objeção, portanto, não é tão simples nem tão imediata. Ainda temos criptografia por um tempo.
Quando o Dall·E foi introduzido, e logo depois, outros algoritmos generativos de processamento de imagens, como Midjourney ou Stable Diffusion, seus problemas rapidamente se tornaram aparentes : as empresas que os criaram acumularam enormes coleções de imagens marcadas com descrições e as usaram. para treiná-los.
Onde eles conseguiram essas enormes coleções de imagens? Fundamentalmente, raspar páginas da web que os continham, especialmente repositórios de imagens. A reclamação do repositório Getty Images contra o Stable Diffusion reflete claramente o problema: a coleta de suas imagens era tão evidente que em muitos casos as imagens geradas continham versões distorcidas de sua marca d'água, porque o algoritmo a interpretava como outra parte da imagem.
O problema jurídico era óbvio: passamos anos dizendo que se algo for público na web pode estar sujeito a raspagem . Existem precedentes legais de todos os tipos que afirmam o direito de alguém acessar um site aberto ao público e utilizar todo o seu conteúdo para os fins que achar conveniente. Pela sua complexidade, o caso em questão pode levar anos e acabar no Supremo Tribunal Federal e, enquanto isso, os artistas cujas imagens foram utilizadas para treinar algoritmos veem como suas criações podem ser facilmente imitadas, ou como alguém pode simular seu estilo para faça novas imagens.
Batizado de Nightshade em homenagem à Atropa belladonna , planta que causa alucinações, o algoritmo permite a publicação de fotografias alteradas que geram no algoritmo descrições diferentes do seu conteúdo real, o que faz com que o algoritmo fique confuso em seus resultados e ofereça imagens que não o fazem. existem. Eles são o que o usuário solicitou.
O resultado equivale a envenenar os repositórios com imagens que continuam a cumprir a sua função – o utilizador normal pode vê-las e escolhê-las para ilustrar o que quiser, respeitando as condições estabelecidas pelos artistas – mas que, se ingeridas por um algoritmo, dão dar origem a "alucinações" que distorcem o seu funcionamento. Quanto mais “envenenadas” as imagens, mais imprevisível se torna o algoritmo, obrigando as empresas a estabelecer mecanismos de monitorização dos conteúdos que utilizam para formação, aumentando consideravelmente os seus custos.
Na prática, um alerta para quem cria este tipo de ferramentas, que está por trás de muitos dos problemas que notamos na sua utilização: se você alimentar o seu algoritmo com lixo, ele vai gerar lixo. Em muitos casos, estamos a falar de uma indústria que está a tentar ir demasiado rápido, que precisa de oferecer resultados muito rapidamente para se justificar perante os seus investidores, e isso significa que estes acabam por utilizar informações inadequadas que nunca deveriam servir de base a qualquer treinamento, o que torna seus algoritmos potencialmente menos confiáveis. Basicamente, “entra lixo, sai lixo ” . Nessas coisas, como no ensino de uma criança, a pressa não é o melhor conselheiro.
Na prática, nada pode impedir um artista de tratar suas criações como bem entender, da mesma forma que até agora se acreditava que nada poderia impedir uma empresa de raspar todo o conteúdo de um repositório e utilizá-lo para treinar um algoritmo. Mas sobre estas questões há poucas verdades absolutas, e quando surge um novo uso, é comum que aqueles conceitos que assim pareciam sejam revistos, como comprovam as intenções de alguns artistas – e sobretudo, daqueles que gerem os seus direitos de autor –. a serem compensados quando suas imagens forem usadas para treino de algoritmos.
Aqualtane, Princesa Africana da região do Congo da família Kinlaza, foi aprisionada após um conflito entre o Reino do Congo e Portugal onde liderava um exército de 10 mil homens, traficada como escrava para o Brasil, foge para o quilombo e se torna uma das líderes. Mãe de Ganga Zumba e avó de Zumbi dos Palmares, grandes líderes quilombolas. Graças aos seus conhecimentos organizacionais e na arte da guerra, foi altamente relevante para a consolidação da República de Palmares.
Política, líder religiosa, social e comunitária, luta pelos direitos humanos.
Cidade de Medellín (Colômbia) criou um corredor verde de 1,3 Km
As cidades abrigam mais de metade da população mundial e são responsáveis por mais de 70% das emissões de gases com efeito de estufa . Portanto, têm um papel fundamental a desempenhar na travagem e na adaptação à dupla crise da perda de biodiversidade e das alterações climáticas. Chegamos a tempo de atingir as metas do Acordo de Paris, mas isso só será possível se reduzirmos as nossas emissões atmosféricas em 43% nos próximos sete anos. Caso contrário, enfrentaremos as consequências das inundações e das secas, que são cada vez mais frequentes e fazem-se sentir em todo o mundo.
Uma forma de tornar as cidades mais sustentáveis e resilientes é incorporar a natureza na sua gestão e design. Estas soluções protegem, restauram e gerem o ecossistema de forma sustentável, garantindo a biodiversidade, melhorando a qualidade do ar e garantindo maior segurança alimentar e hídrica. As soluções baseadas na natureza são diversas e vão desde a ecologização das cidades até à restauração de zonas húmidas e recifes e à melhoria da gestão das águas pluviais. Não são apenas positivos para o ambiente, mas também para o bem-estar e a economia. Na verdade, têm potencial para gerar mais de 59 milhões de empregos em todo o mundo .
Um grande número de cidades está a adotar soluções inovadoras baseadas na natureza. Por exemplo, Guangzhou (China) embarcou numa viagem em 2017 para se tornar uma cidade esponja com o objetivo de combater a degradação ambiental. Ao aplicar este conceito, Guangzhou e muitas outras metrópoles chinesas reduziram o risco de inundações e melhoraram a gestão da água. Outras cidades, como Toronto (Canadá), implantaram uma política que exige que os novos edifícios tenham telhados verdes, o que pode reduzir a temperatura e o consumo energético dos edifícios, além disso, de proporcionar um habitat para a fauna urbana e melhorar a qualidade do ar. Por sua vez, Medellín (Colômbia) criou um corredor verde de 1,3 quilómetros que oferece ao bairro fácil acesso a áreas verdes.
Este ano, o Dia Mundial do Metropolitano , comemorado todo dia 7 de outubro, focou no “poder da natureza”. Com este tema, foi feito um apelo aos governos para que trabalhem para além dos limites administrativos das suas cidades e coloquem a natureza no centro da ação local. Mais de 240 pessoas, incluindo representantes políticos, reuniram-se em Istambul (Turquia) para trocar experiências sobre como melhorar a resiliência das suas áreas metropolitanas. Este evento global , organizado pela MARUF, Metropolis e ONU-Habitat, foi seguido por eventos noutras cidades como Kinshasa, Austin, Barcelona, Vale de Aburrá e Cidade do México.
Uma das grandes conclusões dos debates é que os desafios que as cidades enfrentam não podem ser resolvidos apenas a nível municipal. Os limites de uma cidade já não reflectem a realidade quotidiana dos seus habitantes, pelo que os governos precisam de olhar para além das divisões geográficas e institucionais tradicionais. A vida é construída em escala metropolitana. Consequentemente, deve ser governado na mesma escala em que é vivido: é um exercício de corresponsabilidade que permite reduzir a desigualdade territorial, superando assim a narrativa binária de ganhar e perder territórios.
Além disso, a perspectiva metropolitana reconhece que as cidades não são fundamentalmente diferentes dos seus arredores. Nem são contrários à natureza. As grandes cidades dependem do seu entorno para aceder a recursos naturais como água, energia ou alimentos e, ao mesmo tempo, têm um grande impacto no seu ecossistema. No cenário global, as cidades são atores-chave nos assuntos mundiais devido ao seu âmbito, tamanho e importância cultural.
Os novos combates no centro do Sudão obrigaram 300.000 pessoas a fugir
No extremo leste do Chade, mulheres com roupas coloridas tentam cozinhar numa fogueira improvisada, em frente às tendas dos refugiados. Fazem parte das famílias da região de Darfur, no oeste do Sudão, que conseguiram fugir para o outro lado da fronteira, em direção ao Chade. Estão vivas, mas ficaram sem nada:
"Eu e o meu marido temos quatro filhos. A vida é muito difícil. Aqui recebemos um saco de 10 quilos de comida todos os meses, mas isso não chega. A comida simplesmente não é suficiente", contou à DW uma testemunha que não quer ser identificada.
As organizações internacionais de ajuda humanitária não têm fundos para fazer face à catástrofe humanitária. Só no Chade vivem pelo menos 800.000 refugiados do Sudão, diz Pierre Honnorat, do Programa Alimentar Mundial.
"Precisamos urgentemente de financiamento para esta crise. É urgente porque primeiro temos de comprar os alimentos e trazê-los para o Chade e depois transportá-los até aqui, para a fronteira, para que as pessoas aqui recebam pelo menos uma refeição por dia."
Sete milhões de refugiados
No Sudão, os dois homens mais poderosos do país estão em conflito desde abril passado. De um lado está Abdelfaftah al-Burhan, o chefe do Exército e presidente do Conselho Soberano do Sudão, do outro, o seu antigo adjunto, Mohamed Hamdan Dagalo, que comanda as chamadas Forças de Apoio Rápido.
Os combates alastraram-se a todo o país, afetando até zonas residenciais. A situação no Sudão não podia ser pior, disse recentemente Jan Egeland, diretor do Conselho Norueguês para os Refugiados, numa entrevista à emissora alemã ARD.
"Entristece-me que o mundo esteja a ignorar um dos maiores desastres humanitários da nossa geração. Sim, há a guerra na Ucrânia, a crise em Gaza. Mas como é que o mundo pode esquecer, em apenas alguns meses, que mais seis milhões de pessoas tiveram de fugir daqui? As mulheres estão a ser violadas, os hospitais estão a ser bombardeados, os campos de refugiados estão a ser bombardeados!"
Segundo os relatos, a situação é particularmente difícil na região de Darfur, no extremo oeste do Sudão. As milícias das Forças de Apoio Rápido voltam a ser acusadas de crimes brutais contra os direitos humanos. Vinte anos depois, a crise vivida no Darfur em 2003 parece estar a repetir-se, lembra Jan Egeland.
"O Darfur está atualmente a sofrer uma limpeza étnica maciça", começou por explicar o diretor do Conselho Norueguês para os Refugiados, que trabalha nas Nações Unidas há 20 anos.
"O Darfur era uma questão importante, o então Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush e o primeiro-ministro britânico Tony Blair estavam determinados a ajudar a população. Hoje, está a acontecer novamente o mesmo em Darfur - centenas de milhares de pessoas estão a ser deslocadas, milhares já foram massacradas - e ninguém parece ter consciência disso."
Comunidade internacional ignora Sudão?
A crise parece não ter fim à vista: até agora, todos os esforços de mediação internacional para um cessar-fogo falharam. Diz-se mesmo que algumas potências estarão a alimentar o conflito no Sudão, que é rico em matérias-primas - as milícias controlam várias minas de ouro no país.
As relações entre o Governo sudanês e as Nações Unidas são cada vez mais tensas. O enviado especial alemão Volker Perthes foi declarado "persona non grata" e demitiu-se. E o Sudão apelou à ONU para encerrar a missão de estabilização no país.
"Uma civilização inteira foi destruída, 24 milhões de pessoas precisam de ajuda. Se o que está a acontecer no Sudão estivesse a acontecer noutro lugar e não em África, estaria no topo da agenda política. É a guerra mais esquecida do nosso tempo."
Desde abril, a guerra entre o exército e as RSF já causou pelo menos 12 mil mortos e mais de sete milhões de deslocados no Sudão
Desgraça de uns, sorte de outros. As maiores transportadoras marítimas do mundo registaram um salto na capitalização bolsista desde que começaram os ataques das milícias houthis. Agora, os barcos têm de contornar África para chegar à Europa, o que torna tudo mais caro.
Na senda da guerra entre Israel e a organização terrorista islâmica Hamas, as milícias houthi do Iémen começaram a atacar, há semanas, barcos no Mar Vermelho com drones e outras armas. Em meados de novembro, o grupo sequestrou um cargueiro, o "Galaxy Leader", propriedade de uma empresa israelita. Os houthis ameaçam agora atacar qualquer navio a caminho de Israel, se não for autorizado o transporte de mais alimentos e medicamentos para a Faixa de Gaza.
Os ataques dos houthis à navegação internacional são tão ferozes que quatro companhias de navegação internacionais anunciaram que vão passar a contornar uma das mais importantes rotas marítimas do mundo: o estreito de Bab al-Mandab, que liga o Golfo de Aden ao Mar Vermelho.
Os ataques dos Houthi a navios mercantes enquanto navegam através do Mar Vermelho estão a aumentar as acções de empresas que transportam tudo, desde bens manufacturados a petróleo e mercadorias.
A capitalização de mercado combinada das maiores companhias marítimas de capital aberto do mundo aumentou cerca de 22 mil milhões de dólares desde 12 de Dezembro, quando os ataques realmente aumentaram.
O aumento deve-se ao facto de um grande número de navios optar por evitar a área de conflito, onde os custos de seguro estão a aumentar. Isso significa que não podem usar o Canal de Suez do Egipto para fazer a ligação entre a Ásia e a Europa e, em vez disso, têm de navegar milhares de quilómetros ao redor de África para fazerem as suas entregas.
As maiores distâncias ocupam as frotas por mais tempo, reduzindo a oferta de navios. Os atrasos também causarão algumas perturbações, uma vez que os navios chegam aos seus destinos mais tarde do que o esperado e, em seguida, atrasam o regresso às suas próximas cargas, prejudicando ainda mais o abastecimento dos navios.
A Keuhne+Nagel, um gigante da logística global, disse quarta-feira que 103 navios porta-contentores foram desviados em torno de África, um número que espera aumentar. Alguns proprietários de petroleiros também insistiram em opções em seus fretamentos para evitar o sul do Mar Vermelho, enquanto a BP Plc e a Equinor ASA também se esquivaram da área.
A capitalização de mercado combinada das empresas do Solactive Global Shipping Index subiu para quase US$ 190 bilhões na quarta-feira. Em 12 de dezembro, era de US$ 166,2 biliões.
Existem também centenas de companhias marítimas privadas que poderão beneficiar se a perturbação no Mar Vermelho aumentar os custos de frete.
Para os que dizem que a nossa Comunicação Social é de esquerda é uma mentira que tantas vezes dita, se torna verdade. O conjunto de comentadores políticos nas nossas televisões são todos de direita e até extrema-direita. Todos militantes com comentário semanal na TV portuguesa são do PS, PSD, CDS e + Liberdade (Adolfo Mesquita Nunes e João Miguel Tavares) 19- David Dinis