Reflexões autobiográficas
Acidente de viação
No dia seguinte ia fazer 4 anos de idade. Uma amiga minha estava no outro lado da rua e eu na porta da minha casa. Chamou-me alegremente. Atravessei com toda a alegria do mundo. Não vi nada. Disseram-me que fui cuspido pelo carro a uma distância de dois metros. Acordei no hospital (ainda me lembro) com uma anca e a minha cabeça engessadas. Estive 7 semanas hospitalizado e mais de um ano de fisioterapia.Broken
Morte de filha (minha irmã)
Vivia apenas com a minha mãe e no andar de cima a minha irmã, marido e seus dois filhos. A minha irmã foi sempre doente do coração. Nunca teve casa própria na vida anão ser aquela, com quintal, lugar de garagem...apenas viveu nela mais feliz pouco mais de três anos. Tinha 41. Um forte AVC deitou-a no hospital. Foi operada pela 2ª vez ao coração. Os médicos dantes já lhe tinham dito que pelo facto de ter optado por ter filhos aumentaria esse risco. Teve-os e amou-os como poucas mães. Poucos meses depois da operação, as idas ao hospital foram frequentes, de semana a semana passou a idas à urgência quase diárias até que por fim ficou no hospital e de lá não mais saiu. Num dos últimos dias disse a mim e à minha mãe: "Deus mostrou-me o paraíso e não vou viver para estar nele". Eu tinha 20 anos, no segundo ano da faculdade. Quase não fiz cadeiras nenhumas. Os meus irmãos longe do lugar onde vivia e a minha mãe louca de dor. Sei bem o que é o luto de uma filha e o meu luto da minha irmã e irmão mais velhos. Broken
No dia seguinte ia fazer 4 anos de idade. Uma amiga minha estava no outro lado da rua e eu na porta da minha casa. Chamou-me alegremente. Atravessei com toda a alegria do mundo. Não vi nada. Disseram-me que fui cuspido pelo carro a uma distância de dois metros. Acordei no hospital (ainda me lembro) com uma anca e a minha cabeça engessadas. Estive 7 semanas hospitalizado e mais de um ano de fisioterapia.Broken
Morte de filha (minha irmã)
Vivia apenas com a minha mãe e no andar de cima a minha irmã, marido e seus dois filhos. A minha irmã foi sempre doente do coração. Nunca teve casa própria na vida anão ser aquela, com quintal, lugar de garagem...apenas viveu nela mais feliz pouco mais de três anos. Tinha 41. Um forte AVC deitou-a no hospital. Foi operada pela 2ª vez ao coração. Os médicos dantes já lhe tinham dito que pelo facto de ter optado por ter filhos aumentaria esse risco. Teve-os e amou-os como poucas mães. Poucos meses depois da operação, as idas ao hospital foram frequentes, de semana a semana passou a idas à urgência quase diárias até que por fim ficou no hospital e de lá não mais saiu. Num dos últimos dias disse a mim e à minha mãe: "Deus mostrou-me o paraíso e não vou viver para estar nele". Eu tinha 20 anos, no segundo ano da faculdade. Quase não fiz cadeiras nenhumas. Os meus irmãos longe do lugar onde vivia e a minha mãe louca de dor. Sei bem o que é o luto de uma filha e o meu luto da minha irmã e irmão mais velhos. Broken
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