Em Portugal, a maioria do plástico que compramos, e pensamos que estamos a reciclar quando o separamos do vidro, do papel e do lixo comum, acaba, longe da vista, enterrado ou queimado em incineradores potencialmente tóxicos, adiando o problema para o futuro.
Os europeus produzem, em média, 35kg de resíduos de embalagens de plástico por ano. E a tendência está a aumentar. De acordo com a OCDE, o consumo de plástico triplicará até 2060. Ao contrário do que muitos pensam, a maioria das embalagens não é reciclada. Em vez disso, acaba em aterros sanitários ou em incineradores potencialmente tóxicos. Estima-se que, no máximo, 40% das embalagens de plástico produzidas na Europa sejam recicladas.
Exportada legalmente para Espanha, para onde vai a maioria das 2250, 78 toneladas de resíduos de plástico de que Portugal se viu livre no ano passado. Em Espanha, a mesma carga pode ter sido vendida para outro país qualquer. E, pelo caminho, ser apanhada por uma das lucrativas “máfias do lixo”, que as retira da vista e das estatísticas oficiais.
O plástico é produzido a partir do petróleo e do gás, combustíveis fósseis que estão na origem da crise climática. Investigadores dos Estados Unidos prevêem que a produção e a eliminação de plástico serão responsáveis por 15% das emissões globais de CO2 até 2050. O plástico está também a acelerar uma catástrofe ambiental sem precedentes.
A verdadeira resposta deve ser evitar os resíduos de plástico. (…)Isso seria o início de um caminho para uma economia circular mais pequena, com menos produção e de onde sairia menos plástico. Porque é difícil viver sem plástico, devemos ser conscientes, e quando compramos coisas, evitar plásticos, e usar pequenos truques como levar sacos de casa, usar garrafas de vidro.
Investigação: Público
Sem comentários:
Enviar um comentário