Através do resumo da tese de Mestrado do meu amigo Gonçalo Pereira, que analisou a influência da Quercus na criação de notícias na área do Ambiente no nosso País, podemos perceber essa evolução, com base numa investigação sólida, entrevistas e em bibliografia (ver caixa) de autores, jornalistas e de outra áreas, que se debruçam sobre esta temática essencial na comunicação sobre e para o Ambiente e igualmente preponderante na formação de leitores.
Transcrevo esta passagem que me parece particularmente interessante.Aqui podem ler mais, no resumo disponível pelo Clube de Jornalistas.
Diríamos que a associação (Quercus) ganhou capacidade de reagir em dois tempos: por um lado, no domínio da informação rápida, consumida em um ou dois dias e especialmente vocacionada para uma alerta ou uma denúncia. Foi claramente para este tempo de intervenção que a Quercus imaginou as «acções dramáticas», acontecimentos totalmente exteriores à agenda política mas dotados de irresistível apelo para os jornalistas (o caso da abordagem ao navio de pavilhão cipriota no porto de Matosinhos foi motivo de 29 despachos no espaço de quatro dias!)
Por outro lado, à medida que ganhou notoriedade, a Quercus sentiu necessidade de se revelar como uma entidade capaz de se sentar à mesa com parceiros políticos ou industriais. Por outras palavras, em meados dos anos 1990, a Quercus começou a desenvolver insistentemente a sua «face de gabinete». Cultivou assim a vertente de uma associação com capacidade técnica para lidar com dossiers políticos e dotada de background científico para analisar processos complexos. Nasceu aí o segundo tempo de intervenção da Quercus, forçosamente mais disperso e mais “sério” aos olhos dos jornalistas.
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