O padre Mário Rui Pedras, prior de São Nicolau e orientador espiritual do líder do Chega, André Ventura, foi um dos quatro padres de Lisboa afastados na sequência da investigação da comissão independente. O sacerdote diz-se objeto de "abjeta e monstruosa difamação".
Mário Rui Pedras, padre de São Nicolau e Santa Maria Madalena e orientador espiritual do líder do Chega, André Ventura, é um dos quatro padres afastados pela diocese de Lisboa na sequência das investigações da comissão independente aos abusos sexuais na igreja.
O prelado, por sua vez, em carta dirigida aos fiéis, negou totalmente as acusações, dizendo-se alvo de "calúnia" e de uma "abjeta e monstruosa difamação".
Na carta, Mário Rui Pedras afirma: a situação nasce de "uma denúncia anónima", em que "alguém refere ter sido vítima de abusos por mim perpetrados, os quais teriam ocorrido na década de 90, quando frequentava o 8º ano, num colégio da periferia de Lisboa".
"Ao longo da minha vida sacerdotal não pratiquei o que quer que fosse de censurável, seja pelo prisma da lei canónica, pelo prisma da lei civil ou da ética comportamental", garante o padre, que jura ter ficado "chocado" com a acusação.
Tratando-se de uma denúncia anónima, acrescenta, "não dá a conhecer a identidade de quem a haja feito; não refere o nome da inventada vítima (quem denunciou anonimamente poderia indicar um qualquer nome); não se indica o local onde os falsos abusos teriam sido perpetrados; não fornece qualquer pista para levar a cabo uma investigação, referindo, por exemplo, o nome de potenciais testemunhas que tivessem algum conhecimento sobre o tema. Nada. Uma denúncia anónima, falsa, caluniosa, sem qualquer elemento útil ou prestável para investigação".
Agora, Mário Rui Pedras, que é padre há 41 anos, afirma que irá "fazer tudo o que estiver ao alcance para desmascara" quem [o] difamou", recorrendo inclusivamente à justiça.
"Analisarei quais as vias possíveis para reclamar judicialmente a reparação que me é devida, sabendo, todavia, que o caráter anónimo da denúncia poderá comprometer este meu propósito", escreve,
Quanto à investigação da igreja, Mário Rui Pedras afirma que foi ele próprio que se colocou "à disposição do Patriarca de Lisboa, para que tomasse as medidas cautelares que entendesse adequadas, no âmbito da investigação prévia que agora se iniciará e dos procedimentos que se lhe sigam". Leia aqui a carta na íntegra
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