Três associações ambientalistas – Associação Natureza Portugal (ANP/WWF), Associação de Ciências Marinhas e Cooperação (Sciaena) e Associação Sistema Terrestre Sustentável (Zero) – decidiram juntar esforços e lançar a campanha “Não sufoque a natureza”, em defesa do uso das máscaras sociais reutilizáveis. Ainda há alguns dias as associações têxteis alertaram o governo e o primeiro-ministro para a questão do impacto ambiental das máscaras descartáveis, um problema que está identificado há muito e vai agora ser alvo de uma campanha para alertar para a iminência de uma catástrofe ecológica.
A base da inciativa, segundo conta o jornal Público, é uma conta de multiplicar muito simples: o uso de uma máscara descartável por dia resulta em três biliões de máscaras descartáveis que todos os anos irão parar, na melhor das hipóteses, aos aterros – ou então ficarão esquecidas um pouco por todo o lado, como já todos constatámos.
A campanha centra-se assim na necessidade de os cidadãos usarem máscaras reutilizáveis ao invés das descartáveis. E, para além das razões ecológicas, existe também a racionalidade da poupança: em termos de gastos, as máscaras descartáveis, por muito baratas que sejam, acabam por tornar-se mais caras, dada a necessidade da sua constante substituição.
As máscaras reutilizáveis acabam por ser financeiramente compensatórias para os utilizadores – que podem ainda atrever-se nos caminhos da matemática financeira se dividirem o custo unitário de uma máscara pelo número de lavagens possíveis, para chegarem a um valor comparativo fiável.
Desde abril passado que a associação Zero detetou o problema ecológico associado às máscaras descartáveis e pediu mesmo ao Governo esclarecimentos sobre o que o Estado pretendia fazer sobre o assunto. Na altura, a a secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, apelar para que as máscaras descartáveis fossem deitadas no lixo comum e não colocadas nos ecopontos para reciclagem.
Sem comentários:
Enviar um comentário