Porque não? Uma solução de estado único. Fazer com que Israel e Palestina se unam numa única república, com cidadania que não seja baseada numa religião que os une mais que os separa.
Semita é o termo que designa um conjunto linguístico composto por vários povos.
A origem da palavra Semita está na Bíblia, mais precisamente no livro do Génesis quando se trata da história de Noé. Nas escrituras judaicas, um dos filhos de Noé era chamado Sem, o que é uma versão grega para o nome hebraico Shem. A derivação do nome de tal filho de Noé, Semita, passou a identificar um conjunto de povos que possuem traços culturais comuns.
Os Semitas tiveram origem no Médio Oriente, onde ocuparam vastas regiões indo do Mar Vermelho até o planalto iraniano. São povos típicos de ambientes com clima seco, o que os caracteriza pelas práticas do pastoreio e do nomadismo. Esses antigos povos identificados pela fala semítica envolvem os arameus, assírios, babilónios, sírios, hebreus, fenícios e caldeus.
O passar do tempo apresentou diversos desafios aos povos semitas, que precisaram migrar em busca de melhores condições ou de sobrevivência. A grande expansão semita no mundo deu-se através dos povos árabes em consequência da criação do Islamismo, datado do século VII. O reverenciado profeta muçulmano Maomé conseguiu unir as diversas linhagens dos povos árabes de forma pacífica sob os dogmas da religião Islâmica. Com a nova configuração apresentada, esses fiéis se lançaram em conquista de um novo mundo, conquistando regiões da Espanha até ao Oceano Pacífico. Todavia o poderio desses povos que marcou um extenso império acabou-se por ser subdivido em diversos estados devido a conflitos, sobretudo, com cristãos e turcos. Os árabes, em várias ocasiões, acabaram submetidos a outros poderes.
Os Semitas estão intimamente ligados com a origem das três grandes religiões monoteístas no mundo: o Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo. A religião judaica nasceu entre os povos hebreus, no Mediterrâneo, durante os conflitos entre cananeus e moabitas. Os judeus também se espalharam pelo mundo muito devido à invasão dos povos romanos no século I da era cristã. Essa grande dispersão que se deu é reconhecida como a Diáspora Judaica, que resultou na formação de grupos de judeus pelo mundo e no estabelecimento de novos contatos culturais. Assim sendo, as características originais mantiveram-se mais fortes apenas entre os grupos que permaneceram no continente asiático.
Além das migrações promovidas pelos islâmicos e pelos judeus, diversas outras também ocorreram entre os povos semitas. Tornou-se impossível falar de um grupo étnico homogéneo, pois a grande movimentação incorreu no encontro entre diversas culturas que originou novas características, como é o caso do grande número de línguas que passaram a compor a família semítica.
Os povos árabes e os hebreus são os que mais se destacam dentro da linhagem Semita, mas, como já dito, diversos outros comungam de uma mesma origem. Esses vários povos passaram por diversos conflitos especialmente com povos de origem europeia no decorrer do tempo. O século XIX marcou uma nova fase de expansão colonialista dos europeus, que buscavam fontes de matérias-primas para seus produtos industrializados e zonas de influência que pudessem garantir o consumo de suas produções. Essa ambição marcou-se, sobretudo, com conflitos entre culturas diferenciadas, nos quais os Semitas estavam diretamente envolvidos.
O século XX também foi marcado por muitos conflitos com os povos de origem Semitas, mas também entre eles mesmos, como é o caso dos embates entre árabes e hebreus. A criação do Estado de Israel, após a Segunda Guerra Mundial, gerou um clima de muita instabilidade e confrontos na região do Médio Oriente.
O muito popularmente difundido termo anti-semita é utilizado em muitas ocasiões como sinónimo de condutas ou posturas contra os judeus. Mas, é importante frisar, que, no rigor do termo, denota comportamentos de oposição aos povos remanescentes da origem semítica.
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